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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

CONVERSAS IMPROVÁVEIS COM O 'CANIS LUPUS FAMILIARIS' BALTAZAR...

Tal como sucede com os episódios das novelas, vou relembrar o essencial do perfil do pequenote Baltazar, sobre o qual já falei AQUI e ainda AQUI

 

(...) é um pequenote - um Canis lupus familiaris - da raça Yorkshire Terrier, chamado Baltazar, uma coincidência algo desagradável que por motivos mais que óbvios me fez hesitar perante o projecto. 

É de um Concelho algo distante - Guimarães - e não conhecendo 'canezmente' a minha terra, ele sabe sobre ela coisas que até a mim me deixam de boca aberta, dada a distância entre as nossas duas cidades.

 

Na nossa primeira conversa, para além do habitual 'quebrar de gelo' com algumas alusões a Valongo pelo meio,  falamos sobretudo de uma empresa socialmente irresponsável chamada SEC, um assunto infelizmente ainda em aberto, ou não andassem por aí umas 'máquinas voadoras' com salários roubados no bojo e as vítimas do roubo a tentar caçá-las...

 

Hoje porém, parto para esta nova 'conversa improvável' com as expectativas voltadas para a Câmara mais... eventualmente corrupta do grande Porto e onde é regente um homónimo, salvo seja, do meu interlocutor, também ele alegadamente um expert em corrupção e artes afins.

 

Ora bem...

 

Como diz o outro, 'quem vai ao mar avia-se em terra' porque com o Baltazar nunca se sabe e já não é a primeira vez que uma conversa acaba em merda - peço desculpa pelo termo, mas não encontro outra designação mais soft para o 'produto' - portanto, atenção ao habitual saquinho e já agora, ao biscoito da praxe para a recompensa...

 

(Não, não é desse biscoito que falo! Esse não é recompensa é castigo!).

 

É portanto devidamente precavido, que me apresento para conversa com o pequenote que confortavelmente refastelado na relva lá de casa, me aguarda de cauda a abanar de forma entusiástica - desconfio que a dona o avisou relativamente ao biscoito da friskies, passe a publicidade, que trago no bolso...

 

- Olá Baltazar, há quantas luas não nos víamos!

- WOOF! Luas? Eu sou canis lupus familiaris! Os meus primos não familiaris é que se orientam pelas luas. Comigo podes falar em unidades de tempo...

- Carago Baltazar! Cada dia que passa, tu ficas mais erudito!

- WOOF! Farejo que não vieste ver-me para fazer conversa fiada! Não queres entrar já no 'corta e cose'? - foi para isso que vieste, não foi?

- Bolas! Baltazar, assim deixas-me completamente sem graça. Nem consigo fingir!

- WOOF! Apesar de seres um 'padrinho emprestado' e de não me visitares tantas vezes quantas eu desejaria - gosto dos miminhos que me trazes e farejo um nesse bolso - já te vou conhecendo razoavelmente. Como dizem os da tua espécie, 'p'ra mim vens de carrinho', portanto, chuta p'ra cá o biscoito e podes começar a desbobinar as perguntas do costume sobre Valongo, enquanto eu me oriento aui com o biscoito. Mas pergunta apenas sobre aquilo que não seja do domínio público, que não estou para ladrar muito!

 

(Parêntesis para o 'menhamenham' do pequenote seguido da lambidela de agradecimento e para reflectir sobre esta última frase - 'que não seja do domínio público' - agora é que tu me lixaste, Baltazar!).

 

- Ok, ok, contigo é pão pão queijo queijo, portanto, avancemos. Desta vez pequenote, vou propor-te um pequeno jogo. Eu digo uma palavra e tu tentas desenvolver. De acordo?

- WOOF! Combinado. Como já deves ter percebido há muito, não há nada de relevante em Vallis Longus que me escape e sobre o qual eu não tenha já faladrado com a canzoada amiga de lá.

- Hélio...

- WOOF! É um gás monoatómico, incolor e inodor...

- Hei! Calma aí! Tenta outra saída. Eu ajudo: 'Rebelo'.

- WOOF! Podias ter dito logo! Então é assim: 'emplastro' do (outro) Baltazar, presidente da AIEV - sabes o que significam estas iniciais?

- Sim, sim, Associação Industrial e Empresarial de Valongo, uma 'sucursal' da Câmara, envolvendo alguns empresários do regime agrupados numa pseudo-Associação criada em Abril para 'sacar' fundos europeus destinados à formação - entre outras habilidades do género...

- WOOF! Exacto. Membro da Direcção do Grupo Dramático e Recreativo da Retorta, juntamente com o candidato 'laranja' João Paulo Rodrigues a quem a Câmara perdoou taxas urbanísticas no valor de mais de 58 mil EUR relativas à construção de um edifício alegadamente destinado à Associação, mas que foi  vendido a seguir a um privado, sem que tivesse ocorrido o reembolso dos benefícios afinal não justificados...

- LADA...

- WOOF! Lei do Acesso aos Documentos da Administração (Lei 46/2007 de 24 de Agosto). A Lei que a Câmara a todo o custo tenta não cumprir. Disse-me um rafeiro da Avenida, que andou por lá um advogado alfenense do teu grupo a tentar saber sobre o favorecimento ilícito da tal da Retorta - parece que até já usou o Livro de Reclamações e tudo, porque esse acesso lhe foi negado, com a alegação de que o assunto estava nas mãos do BolotaO mesmo rafeiro ouviu ladrar que o meu homónimo, salvo seja, mais o 'biscoito', perdão, o 'emplastro', se preparam para plantar no processo algumas escapatórias forjadas à última hora...

(Já agora, explica-me como é que se pode plantar alguma coisa numa pasta de papéis...).

- Ó pequenote! afinal não és assim tão culto... 'plantar' é usado aqui no sentido figurado e significa introduzir sub-repticiamente...

- WOOF! Entendi. 

- Vou soltar outro tema: 'NORTWATT'...

- WOOF! Essa é fácil: o mesmo que Rui Marques, amigo de Melo e Baltazar, reparação do lago do Parque Urbano de Ermesinde, electrificação do 'indoor soccer' de Sobrado, electrificação do Parque de S. Lázaro em Alfena, da ponte sobre o Rio Ferreira em Campo e de tantas e tantas obras contratadas por AJUSTE DIRECTO onde tem ganho muitos milhões e repartido alguns tostões...

- Tema seguinte: Sobrado...

- WOOF! Zé Amaro, festa PSD deste fim de semana e paga pela Câmara, palco montado hoje 17 de Setembro, com recurso a meios e pessoal da Câmara, sob a supervisão de Carlos Mota, presidente de Junta, PSD.

- Oliveira...

- WOOF! Essa devia ter escolha múltipla, mas arrisco: Isabel Oliveira, sobrinha (ou filha) de Fernando Melo, admitida de forma irregular num concurso martelado que foi mandado repetir pelo Tribunal (mas que a Câmara não cumpriu). Envolvida num processo de desvio de dinheiros da Biblioteca (parece que ficou tudo em águas de bacalhau) e transferida (sem habilitações para tal) para o Arquivo Histórico Municipal, onde ocupou o lugar da única Arquivista com formação nesta área, a qual teve que zarpar rumo à equipa multidisciplinar.

- Boa, pequenote! Estou espantado com o teu detalhe...

- WOOF! Contei com a ajuda de um rafeiro que vive com o prejudicado no concurso e também de um caniche pertencente ao vereador menor da Câmara. Este último ladrou-me que o dono fez um acordo com o meu homónimo, salvo seja, o qual lhe prometeu arranjar um lugar para o amigo comum - o tal do concurso martelado - a troco do silêncio do vereador pequenote, perdão, menor.

- Ah! Então, foi por isso que vimos o Zé na apresentação da candidatura do herdeiro em Ermesinde!

- WOOF! Talvez, mas ninguém me ladrou sobre essa parte...

- Adiante! Tema seguinte: Trindade...

- WOOF! Pai, Filho, Espírito Santo...

- Kákákáká! Desculpa pequenote, mas não consegui conter-me... Nada disso! Queres tentar outra?

- WOOF! Acho que já descobri! Maria Trindade Vale, vice presidente da Câmara e candidata na mesma posição ao próximo mandato, dona da ADICE (Associação para o Desenvolvimento Integrado da Cidade de Ermesinde) que é um dos 'caminhos de fuga' do dinheiro da Câmara, através dos ajustes directos. Conhecida também por ter uma garagem clandestina de dois pisos não licenciada e que já fez de conta que demoliu, mas não demoliu, embora tenha informado por escrito os Serviços da Câmara de que demoliu... É também conhecida como comadre de Marco António Costa - por o ser de facto - e consta-se que existe entre os dois um contrato qualquer de prestação de serviços - ladraram-me qualquer coisa relacionada com 'táxi', mas não consegui descodificar esta última parte...

- Em cheio, pequenote! E essa última parte eu acho que sei o que é, mas por enquanto não digo...

 

Aqui chegados, já com quase um quilómetro de relva percorrido, dou por mim ligeiramente adiantado em relação ao Baltazar. Paro, olho para trás e vejo-o naquela posição...

 

- Eh! Pah! Baltazar! Podias ao menos ter avisado! Estás literalmente a andar-me à merda. Já vi que a nossa conversa vai ter de ficar por aqui...

 

Procuro o saquinho no bolso... cá está ele! Toca de apanhar a 'poia' do Baltazar, que apesar de pequenote, faz jus ao nome quando se alivia em forma sólida...

 

E pronto!

 

Foi mais uma conversa improvável - uma sessão  de 'corta e cose', como lhe chama o meu amigo canis lupus familiaris - sobre as vicissitudes de Valongo, sobre homónimos, salvo seja e sobre outros artistas do nosso burgo.

 

 

 

publicado às 14:14

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