"VALONGO, S.A." - FERNANDO MELO E "A MULHER DE CÉSAR"...
Não sei se Fernando Melo é um (bom ou mau) exemplo para alguém, nem me aventuro por terrenos onde a sua honestidade (como pessoa ou como autarca) seja a "unidade de medida" para o catalogar.
Concedo mesmo de barato, que até prova em contrário ele possa continuar a ser um verdadeiro exemplo em termos de "Excelência Autárquica 2004" - como aliás faz questão de exibir em todos os documentos oficiais da Câmara.
Só que Fernando Melo tem - como a "mulher de César" também tinha - um "problemazinho", um "pequeno detalhe" mas que faz toda a diferença: Sendo o que diz ser, aparenta o que diz não ser, isto é, aparenta exactamente o que os outros dizem que ele é...
Depois, o contexto em que se movimenta - contexto que ele próprio criou ou influenciou - só podia conduzir-nos, mesmo que não quiséssemos, à apreciação (obviamente subjectiva) que a maioria dos munícipes faz sobre ele.
Sejamos claros: Se Fernando Melo administrasse uma empresa familiar e gerisse um Orçamento privado como há tantas no nosso País, teria todo o direito a empregar todos os membros do seu agregado familiar, a conceder-lhes todas as "mordomias", a dar-lhes toda a primazia na ascensão nas respectivas carreiras. Mas Fernando Melo não é Presidente do Conselho de Administração da "Melo, noras & sobrinhos, S.A". Fernando Melo é o Presidente da Câmara Municipal de Valongo, detentor de um cargo Público e gere um Orçamento que resulta do dinheiro de todos nós!
Daí o cuidado (ou maior cuidado) que deveria pôr na imagem que faz passar para quem o vê "do lado de fora".
Curioso, é como eu estou neste momento em que a maioria absoluta "já era", para ver como alguma "oposição" vai enfrentar o problema do compadrio e da corrupção que (dizem) mina os alicerces do nosso "edifício Municipal"...