EM CELORICO DE BASTO, HÁ (AINDA) VIDA PARA ALÉM DE SÓCRATES!
Não... Hoje não vou escrever sobre os deficit democráticos (da Madeira, do Continente, de Valongo que é a minha Terra) nem das "faces ocultas" ou das "Operações furacão"... Tornar-me-ia fastidioso, uma vez que quase toda a gente já disse quase tudo sobre o assunto - incluindo aqueles que são parte do problema, mas persistem em nos convencer que são parte da solução!
Não que não me apetecesse voltar à "vaca fria" das escutas da "face oculta" e das graçolas trocadas entre os amigos José Sócrates e Armando Vara, onde pelo meio ganhou corpo um alegado "atentado contra o Estado de Direito".
De qualquer forma, a dúvida existencial que a todos nos tem atormentado nos últimos tempos - estaria José Sócrates isento do "pecado original" com que todos nascemos e que nos torna à partida potenciais corruptos - foi desfeita num ápice pelo nosso PGR: "Não recai sobre o nosso primeiro-ministro a suspeita de qualquer crime (nem é de supor que venha a recair em qualquer circunstância, à luz da actual Legislação) - o entre parêntesis é meu - pelo que se determina o arquivamento das certidões extraídas".
Assunto arrumado. Sócrates e a Virgem Maria (para os católicos) nasceram isentos do "pecado original" e no caso do primeiro, bem podem tentar os seus detractores - "assassínios de carácter", "decapitação do PS", "inventonas", o que queiram, porque é para o lado que ele "dorme melhor"!
E por falar em "pecadO" (neste caso até bem pouco original) não resisti a fazer um copy-paste da notícia roubada aqui que me aqueceu a alma e me renovou a esperança num futuro melhor. O amor é lindo!
Em Carvalho, uma freguesia de Celorico de Basto, as opiniões dividem-se entre populares incrédulos e aqueles que consideram o comportamento do padre Rui uma “atitude de homem”. A maioria está no entanto, chocada.
Quase que esta história se poderia igualar à de Eça de Queiroz de O Crime do Padre Amaro não fosse o jovem padre ter fugido com a rapariga. A fuga foi o resultado de uma recusa: o padre Rui – com 26 anos e apenas 16 meses de sacerdócio - fugiu com Fátima, de 18.
Desapareceram no final da semana passada, depois de o jovem padre ter pedido “permissão” à família afectiva de Fátima para se casarem. Foi nessa família que sentiu a recusa.
Segundo o Correio da Manhã, Fátima teve uma infância difícil, tendo perdido o pai muito cedo. Sem condições de a criar, a mãe biológica entregou-a à Segurança Social, que a foi encaminhando para famílias de acolhimento até que ficou vários anos numa família que a tratava como filha e que recusou o casamento com o padre.
O sacerdote esperou então que Fátima completasse os 18 anos – que fez um dia antes da fuga -, escreveu uma carta de despedida ao arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, e fugiu com ela, ao que tudo indica, para Espanha.
Rui Manuel Saraiva Pereira - pároco em Basto, Santa Tecla e Borba da Montanha – foi ordenado padre em Braga, no dia 20 de Julho de 2008.
O meu comentário sobre a notícia:
E anda o Papa Ratzinger a negociar com a Igreja Anglicana a sua integração no seio da Igreja Católica, quando a mesma obriga os seus padres (um "bem" cada vez mais escasso segundo dizem) que "por acaso" e ao contrário dos anglicanos, são (apenas) homens, a abandonar o sacerdócio - só porque não conseguem abdicar do amor de uma mulher!