JOSÉ SÓCRATES E ARMANDO VARA SEM... VERNIZ!
Antes que alguém me atire isso à cara, eu digo-o desde já: Já sei que é feio escutar atrás da porta uma conversa privada entre duas pessoas... já sei!
Mas também sei como é difícil a alguém que saiba que essas duas pessoas estão a falar de um assunto que lhe diz respeito - e a governação do País diz respeito a todos nós - ou a tramar um esquema qualquer para atentar contra o Estado de Direito, resistir a escutar, ou mesmo se puder, a espreitar para o interior da cena do crime...
De qualquer forma e mesmo que o senhor Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e o senhor Procurador Geral da República tivessem razão quanto à inexistência de matéria criminal nos diálogos edificantes entre Sócrates e Vara, não deixa de ser curioso o tipo de conversas que duas pessoas com estatuto relevante na governação do País (um deles ainda e o outro pelos vistos, temporariamente suspenso) são capazes de ter.
Isso diz bastante sobre eles próprios como políticos ou gestores públicos de relevo, mas mais do que isso, diz tudo sobre o tipo de pessoas que são.
Bisbilhotemos então (e mais uma vez) as famosas escutas e fiquemos a conhecer um pouco melhor o tipo de pessoas que conversam privadamente sobre aspectos da vida do País: