A "BATALHA NAVAL"

Ao que tudo indica o nosso Ministério Público andou este tempo todo a "dar tiros na água"...
Quem parece que acertou em todos (os tiros) foram Paulo Portas e o contra-almirante Rogério d'Oliveira...
Claro que tanto o Paulo como o Rogério, têm explicações bem fundamentadas para a bondade do negócio:
O primeiro diz que a compra "foi feita pelo melhor preço" e o outro só foi pago por "um serviço prestado com base num contrato".
E claro está, que Portugal, que necessita dos submarinos, "como do pão para a boca" de todos os que sofrem as maiores privações de sempre nesta hora de crise, também saiu a ganhar (!) porque segundo os "negociadores", o consórcio ganhador era de todos o mais baratinho...
Obviamente estarão os dois a dizer a verdade: O Paulo Portas assegurou o "melhor preço" (para o consórcio alemão) e o contra-almirante cumpriu (apenas) um contrato - não com o seu País, que provavelmente não lhe pagaria de acordo com a sua competência técnica - mas com os alemães que precisariam de um assessor que cumprisse uma função idêntica à do cavalo de Troia inventado por Odisseu e construído por Epeu para a conquista da mesma...
Claro que esta é uma batalha naval muito peculiar: Existem Hortas que não são de couves nem de nabos, Espíritos Santos que não são de orelha e sobreiros que dão patacas em vez de bolotas e com contendores deste jaez, adivinha-se um resultado mais que provável para a peleja: um empate técnico que salve a face a todos - PS incluído, que a corrupção , como se pode mais uma vez constatar, é um problema transversal a todos os Partidos do "arco do poder"...