ALFENENSES "PERIGOSOS" SOB VIGILÂNCIA APERTADA DA GNR...

Ouvimos todos os dias notícias sobre crimes violentos,episódios de "carjacking", mortes "por dá cá aquela palha" e quase sempre à mistura com estas notícias, chegam-nos os ecos dos protestos das forças da ordem, contra a escassez de meios - humanos e materiais - contra as condições degradantes de algumas esquadras, contra a falta de treino para poderem enfrentar com êxito as situações cada vez mais complexas com que se deparam todos os dias.Inevitavelmente e quase sem darmos por isso, aderimos às queixas dos polícias e dos militares da GNR e colocamo-nos do seu lado nas reclamações que fazem. Afinal, quanto mais e melhores meios tiverem, mais protegidos estaremos...
Até que um dia, por azar deles e nosso, deparamos com a parte menos boa do seu trabalho: a prepotência, a perseguição gratuita a caça à multa a actuação anti-social e tudo isto regra geral, praticado contra pacatos cidadãos e não contra os prevaricadores e os criminosos.
Ao contrário da lentidão com que por vezes respondem a situações de emergência para que são solicitados, hoje estiveram muito activos no "desimpedimento" da rotunda da A41 por volta das 14:30, altura em que começavam a surgir as primeiras viaturas para a marcha lenta contra as portagens nas SCUT.
Carro que tentasse parar na berma, era quase instantaneamente abordado por uma das pelo menos três viaturas da GNR que mantinham o perímetro sob vigilância apertada e intimado a abandonar a rotunda. Afinal, que vigiavam eles? A segurança da "caótica" circulação de um automóvel por minuto, ou a tranquilidade do nosso primeiro ministro a centenas de kilómetros de distância?
Tão diligentes hoje os nossos GNR e "invisíveis" quase todos os dias da semana, em que em plena hora de ponta, não vemos por ali paradas pelo menos meia dúzia de viaturas a fazer não sei o quê, à espera não sei de quê ou de quem!
É nestas alturas, que inevitavelmente e quase sem darmos por isso, deixamos de aderir às queixas dos polícias e dos militares da GNR e nos tornamos menos solidários em relação às suas reivindicações...
E isto não é bom - nem para eles nem para nós.