VALONGO E O ETERNO "RIVAL" - MAIA...

Tenho andado a escrever menos (neste espaço)? Sim tenho. Tem esse facto algo a ver com desinteresse da minha parte relativamente à coisa pública do nosso burgo? Obviamente que não! Existe alguma relação, ainda que remota entre este pequeno interregno e a "pública ameaça" do nosso homem de leis de que me iria processar por ofensas(!) à sua pessoa e/ou família? Nem de perto nem de longe! E por duas razões a saber:
Primeira: Nunca me deixo condicionar por ameaças.
Segunda (mas nem por isso menos importante que a primeira): Nunca ofendi quem quer que fosse neste espaço e não seria com ele que iria abrir uma excepção. Por maioria de razão, muito menos o faria com a sua família que me merece tanto respeito como a minha própria.
Acontece que às vezes, "valores mais altos se alevantam" e foi apenas isso e só isso que motivou este breve "apagão"...
Mas agora que apanhei uma pequena "aberta" volto aqui ao terreno para escrever estas breves linhas e dar conta de que parece que andam para aí umas "alminhas" com tempo a mais e trabalho a menos, ou vice-versa - daquelas que costumam ser encontradas à saída da cabeleireira, à entrada do supermercado, à porta do Banco e sítios similares - a barafustar contra a "insensatez" da oposição (leia-se Coragem de Mudar e Partido Socialista) que chumbou na reunião de Câmara a tentativa de dar suporte legal através do PDM à denominada "zona industrial de Alfena".
Diz concretamente uma dessas "alminhas" (a quinta Dama ao que parece...) que assim, "vai acontecer de novo o que sucedeu com o Maia Shoping, que era para ser em Valongo, mas ficou do lado da Maia" e que montes de empresas interessadas(!) - a "quinta Dama" fala concretamente no Grupo Zara - vão uma vez mais de armas e bagagens para a Maia, onde a oposição tem mais juízo e blá-blá-blá...
Pois é... Mesmo admitindo que fosse verdade e não balela para enganar meninos esse possível interesse da Zara e outras "aras", resta um facto incontornável: a ilegalidade do tal empreendimento! Mas não seja por isso que a Zara deixe de vir para junto de nós: Basta escolher entre os muitos sítios (ainda) disponíveis no actual Parque Industrial - Projecto emblemático do gabinete de arquitectura mais mediático do nosso Burgo e actualmente "às moscas"!
Agora, se me dissessem que a tal "futura zona industrial", em vez de se resumir a um mero esquema de especulação imobiliária cavalgado por privados e destinado a transformar um investimento inicial de tostões num resultado final de milhões em favor de interesses que podem ser muito respeitáveis mas não têm nada a ver com o interesse público, se destinava em vez disso à criação de um "ninho de empresas" - ou algo do género - liderado pela Câmara, com regras bem definidas que privilegiassem acima de tudo o interesse público - sobretudo, que integrasse a favor desse interesse público a enorme margem que no caso dos privados é conseguida com a valorização dos terrenos - então a conversa já poderia ser diferente.
Até lá, vamos assistindo de tribuna a estas naturais manifestações de "azia" das alminhas do costume.