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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

O DIA EM QUE TUDO COMEÇOU...

Quando falamos de nós, somos por vezes tentados a centrarmo-nos demasiado nos acontecimentos ou episódios mais marcantes - talvez porque sejam estes que permanecem mais à flor da nossa memória...

No meu caso, aconteceu exactamente isso - comecei a descrição por aquela que eu costumo chamar a minha fase vermelha - embora como sucede com todas as pessoas normais, também tenha existido na minha vida infância, adolescência, a maçada da Escola Primária e depois da Secundária e por aí fora...

Por exemplo e para não fugir à regra, comecei por nascer - num dia que o calendário apresenta hoje sublinhado e a negrito...

Atravessei os anos do coração palpitante, parando nos mesmos apeadeiros, por mais ou menos tempo conforme as circunstâncias de cada momento, mas nunca o suficiente para desenvolver raízes - embora num deles tenha chegado ao cúmulo de me  expressar através da linguagem dos Poetas - coisa que hoje é por todos pacificamente aceite como perfeitamente ridicula !...

Como também muitas vezes sucede, também neste caso, a fonte da minha criatividade poética, não me dedicava a atenção que eu julgava merecer, fazendo-me sofrer atrozmente a dor da rejeição...

Segui em frente portanto. Fim do Secundário, início da vida profissional em circunstâncias um pouco especiais para a época, uma vez que me obrigaram a cortar o cordão umbilical que até então me tinha mantido preso a célula familiar, para me fixar por intervalos de 6 dias por semana à distância de quilómetros de solidão e saudade.

Sobre esta fase que eu referencio interiormente como a fase da 1ª vez ou do batismo de fôgo, falarei mais tarde - até porque tenho de procurar uma formulação minimamente convincente para o facto ter atravessado incólome 17 longos anos!...

publicado às 10:05

MUNDO REAL (O REGRESSO...)

Chegou uma altura em que me cansei literalmente de viajar pelo espaço inter-galáctico arrastado pela ânsia constante e compulsiva de encontrar as novas realidades apregoadas até à exaustão, pelos convincentes vendedores de sonhos que em dado momento do meu percurso terreno se encontravam profusamente disseminados à minha volta...

Diziam-me ser necessário - e POSSÍVEL - reconfigurar o mundo, à luz de uma nova doutrina e construir novas sociedades onde os homens fossem mais iguais - ou menos diferentes...

"De cada um, segundo as suas capacidades, a cada um segundo as suas necessidades..."

A REALIDADE que me rodeava colidia definitiva e violentamente com este princípio: - os mais fortes , os mais capazes, os mais poderosos, eram os donos (NATURAIS) do PODER.

Aos outros- os mais fracos, os menos capazes e sem qualquer PODER, estava absolutamente vedada, qualquer tentativa  de aceder ao mesmo.

Daí que nem fosse muito difícil convencer-me a embarcar na nave dos sonhos e partir!

Só necessitei de algum tempo para me programar, carregar baterias, ligar os propulsores:(MDP/CDE, Jornal Opinião, Jornal Àvante, PCP, Sindicatos, SUV-Soldados Unidos Vencerão- as acções defensivas do PREC-onde as armas nem sempre se resumiam às palavras mais ou menos inflamadas)

E fui!

Aportei numa imensa galáxia, onde era suposto tudo ser DIFERENTE.

Mas com o passar dos dias e apesar do esforço que fazia, só conseguia ver SEMELHANÇAS!

VANGUARDA,  GLORIOSOS DIRIGENTES (ELITE, CLASSE DE PRIVELEGIADOS...).

De cada um segundo as suas capacidades, a cada um segundo as suas necessidades (As CAPACIDADES de muitos eram de facto imensas, mas as NECESSIDADES de poucos eram tão grandes, que ABSORVIAM quase toda a riqueza por eles produzida!

Estava na Pátria do Socialismo - a Gloriosa URSS - e não descortinava vestígios do mesmo.

Apesar de tudo, insisti na busca, ao longo dos quase 7 meses que por lá andei, mas o que via todos os dias, era um Pôvo sofredor privado muitas vezes do essencial, em benefício da sua Gloriosa classe dirigente e de muitos largos milhares de estrangeiros - entre os quais eu me incluia - que por lá permaneciam num inegável e gigantesco esforço de catequização política...

Mesmo assim, fiz um esforço suplementar, para me deixar convencer e corresponder ao investimento que vinham fazendo comigo e lá parti de novo - após alguns meses de intervalo em trabalho sindical - desta vez, rumo a um País, artificialmente encravado dentro de outro País - a igualmente Gloriosa  RDA

Caí definitivamente em mim e desisti !

E como desejei voltar! (não por saudades do que havia deixado, mas por acreditar que o SONHO, apesar de tudo, continuava a ser possível, sem a necessidade de importar modêlos, que ainda por cima, se resumiam a conceitos teóricos e não testados  - ou pior do que isso - subvertidos e falseados)...

 Foi bom enquanto durou:  um pouco mais que um SONO, bastante menos que uma VIDA, que essa, prossegue por enquanto com horizontes bem mais terrenos - MAS ONDE APESAR DE TUDO, É AINDA POSSÍVEL ALIMENTAR O SONHO...

 

 

 

 

publicado às 10:32

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