O MINISTRO AMBIDESTRO OU... SINISTRO?
A minha poesia em "Terra Molhada"
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A minha poesia em "Terra Molhada"
A propósito das minhas s últimas postagens acerca do ministro Rui Pereira (vénia…) recebi hoje uma chamada telefónica que fez acender na minha mente uma primeira luzinha vermelha de preocupação e que passo a transcrever:
- Trrim-trrim-trrim…
- Sim faz favor – respondo.
- Daqui fala o Secretário-adjunto do Secretário do adjunto do Chefe de Gabinete do Senhor Ministro…
-Do Interior, deixe-me adivinhar – interrompo eu (vi logo que teria a ver com os meus últimos posts…)
- Do Interior não – precisou a personagem - isso era antigamente, agora diz-se da Administração Interna!
-Pois…Interior, Administração Interna, é tudo a mesma…
- Nem se atreva a concluir a frase! Mas deixe-me ir directamente ao assunto que motivou este telefonema: O senhor poderá eventualmente incorrer em vários ilícitos criminais, se persistir nos ataques a membros do Governo – no caso concreto, ao Senhor Ministro - desde logo, pela forma como escreve, extremamente agressiva e desrespeitadora e depois, pela utilização de fotografias que embora não sejam da sua autoria, o responsabilizam da mesma forma que ao seu autor, quando as coloca no seu Blogue!
-??? -tento eu clarificar…
- Por exemplo, no seu último post, pareceu-nos perceber que foi sua intenção chamar burro ao Senhor Ministro… Ora sua Excelência tem como sabe, formação Superior fidedigna, com diplomas genuínos e insuspeitos, logo burro só se for…
(Agora é a minha vez de o interromper e de lhe gritar para o bocal do telefone) - nem se atreva a concluir a frase! (mal sabe ele, que eu não tenho qualquer curso Superior...)
- Pois, pois…adiante então! Já no post anterior, o senhor parodia Sua Excelência, com uma montagem fotográfica de muito mau gosto (antes que me interrompa, já sei que não é sua!)
-??? – Tento novamente…
- É assim: O Senhor Ministro, apesar de ter a tutela das polícias, nunca foi um belicista – aliás, foi exactamente por causa desta sua renitência em relação ao uso das armas (nomeadamente por parte da polícia) que ele tentou o mais que pôde protelar a encomenda das novas pistolas, mas os lobbies poderosos, nomeadamente o dos Sindicatos, não permitiram protelar por mais tempo. Posso até garantir-lhe, sem receio de quebrar nenhum "Segredo de Estado", que quando era pequeno, o Senhor ministro sempre preferiu brincar com barbies e peluches e chegou mesmo a jogar à macaca com as raparigas da sua escola, ao contrário de outros rapazes da sua idade, que optavam por brincar aos cowboys com pistolas de plástico. Por aqui já vê como é inconveniente e injusta a forma como tenta brincar com o perfil de Sua Excelência!
Depois, escolheu uma montagem fotográfica em que aparece um modelo de arma aparentemente do tempo do "Império soviético" e da "guerra fria"… e pior do que isso, uma arma normalmente usada ao nível da "tropa macaca"…
Ora se eventualmente o Senhor Ministro tivesse algum dia de pegar em armas, seria sempre uma de tipo superior e adequada ao seu nível de comando – eventualmente um “lança mísseis” terra-terra ou terra-ar!
- Pois, mas… – tento de novo interromper
- Não há mas nem meio mas, fica avisado e não haverá mais conversa! Passe bem!
- “tii-tii-tii…”
- Ai o c… f… da p… que desligou a chamada! – Vocifero eu comigo próprio…
(Já agora e para não correr riscos desnecessários e ser acusado de ofensas ao bom nome do Senhor Secretário-adjunto do etc., etc., aqui fica a descodificação de “c… f… da p…”: “c” de camarada, “f” de filho e “p” de Pátria – como somos todos os nados e criados neste cantinho)
Como podem verificar caros bloguistas, mesmo quando nos parece que o nosso blogue é pouco visitado, podemos sempre ser confrontados com surpresas como esta em que todo um Ministério nos lê, nos vigia – e nos privilegia de forma tão personalizada como a que transcrevi…
PS: Qualquer semelhança com realidade é (por enquanto...) pura coincidência...
Simplesmente patéticos: o patético discurso, o patético ministro, na patética entrevista concedida ontem à RTP a propósito do aumento da criminalidade violenta, que à sorrelfa o Governo ia admitindo como tendo sido "apenas" de 10% relativamente a 2007, mas que hoje já chegou a um consenso interministerial de que se situará "à volta" de 15% - nada de muito significativo...
A competente e acutilante Judite, bem se esforçou: fartou-se de lançar vezes sem conta o anzol com o isco a condizer, só que as enguias não se pescam assim (a associação mais próxima com peixes que me ocorre fazer relativamente ao ministro das polícias, é com uma enguia!)
O homem torcia-se, rabeava, escorria moncos pelos cantos da boca - não sei se por efeito do nervosismo com que sempre costuma reagir quando alguém o confronta com a sua indesmentível inaptidão para lidar com questões tão sensíveis como são as ligadas à sua área de responsabilidade, se por força da verborreia a que normalmente recorre para encobrir a dita inaptidão.
Falou em medidas - muitas medidas! - aquisição de armas (para canhotos e que tiveram de ser trocadas, originando um significativo atraso na entrega da primeira tranche que chegará apenas em Setembro?) em concursos para admissão de milhares de polícias, reforço do Orçamento do Ministério para o próximo ano (esta última sim, uma novidade e uma inflexão, a ser verdadeira, em relação ao que estava previsto e chegou a ser anunciado...
Só se esqueceu de cotejar as novas (e por enquanto, apenas futuras) admissões de polícias, com as saídas que têm entretanto ocorrido - os polícias também se reformam, também morrem!
Neste balanço de "perdas" (presentes) e (eventuais e futuros) "ganhos", ficamos todos - os cidadãos comuns que não têm direito a segurança pessoal ou carros com vidros à prova de bala - a perder.
Com políticos assim, com ministros assim, com um Governo que é apenas e só a soma de todas as incompetências das partes e com um Presidente, pessoal e Institucionalmente solidário com tudo isto, é caso para gritarmos "Àqui-del-Rei" - obviamente sem conotações monárquicas, porque apesar de tudo, prefiro ver a República a caminhar toda rota, do que assistir ao espectáculo deprimente de ver o actual "herdeiro (fiquei na dúvida se não deveria pôr a palavra no plural...) do trono do Reino de Portugal", a bambolear-se na praça, sem nada vestido!
Parafraseando o "falecido" Scolari, apetece-me perguntar: "...e o burro sou eu?"
A minha poesia em "Terra Molhada"
O Partido “X” pede a demissão do ministro “A”…
Parece que o próximo Orçamento Geral do Estado vai - uma vez mais - privilegiar as áreas mais rentáveis em termos de votos: É que não nos podemos esquecer que 2009 é ano de cobrar promessas!
Ora como a manta não é elástica, alguém tem de ficar destapado e apanhar frio...
Ensino superior, upa-upa, nada de cortes!
Educação, idem, idem - que as novas tecnologias, o e-Escola sem sistema operativo aberto e amarrado à Microsoft, não fica barato!
Economia, upa-upa também, que o Pinho está doente e precisa de ser tratado (refiro-me obviamente ao pinheiro português que tem aquela doença de nome esquisito, para que não haja confusões...) e isso vai seguramente afectar a nossa economia - IKEA(s) Moviflor(s) etc., - passe a publicidade, que por causa do Pinho estragado, necessitarão de ser robustamente apoiadas!
É a vida... por isso há que fazer opções e para já sabe-se, que pelo menos uma área vai ficar com os pés destapados: a da Administração interna - a das polícias...
Nada de grave, porque afinal, a criminalidade violenta tem estado sobretudo virada para os roubos aos...ladrões (bancos, gasolineiras, etc.)!
E se é verdade que algumas pessoas inocentes, têm sido envolvidas, atingidas e mesmo abatidas no meio dos assaltos, isso tem de ser considerado apenas como danos colaterais (na óptica dos assaltantes) ou como falta de adaptação das pessoas a uma nova realidade dos tempos modernos (na óptica de um Procurador-adjunto e afirmada há dias numa entrevista a um canal de TV)
Mesmo assim, o ministro desta área, que tem provado ser ao longo destes últimos meses, uma pessoa empenhada, responsável e atenta, promete dar um contributo pessoal extra! Daí que talvez a fotografia junta deixe a breve prazo de constituir pura ficção!
Já agora se precisarem, também posso dar uma mãozinha - fiz a tropa no tempo da guerra colonial e tinha boa pontuação na pontaria - nunca acertei em nenhum terrorista, mas juro que fiz de propósito (afinal eu é que estava lá a mais)!
A minha poesia em "Terra Molhada"
Já sei que meio mundo (refiro-me obviamente ao mundo que lê aquilo que eu escrevo) vai pura e simplesmente dizer “e o que é que nós temos a ver com isso?” mas mesmo assim quero tornar público que hoje é um dia especial!
A minha poesia em "Terra Molhada"
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