MAR SALGADO...
A minha poesia em "Terra Molhada"
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A minha poesia em "Terra Molhada"
Vivemos num País (num mundo) completamente louco:
Entre a realidade e a ficção e uma vez mais, parece distar apenas o “tal”pequeno passo – o do pequeno e irreverente WALL-E!
Que ele ao menos consiga limpar toda a porcaria antes que o novo Big-Bang inicie tudo de novo...
É... hoje sem qualquer razão plausível ou motivo palpável, estou em baixo - tradução livre: em "DIA NÃO"!
Não porque o mundo esteja assim "tão pior" do que já estava ontem e em muitos outros dias que ficaram para trás - e seguramente estará em muitos mais que terei pela frente!
(Eu acabei de dizer que terei muitos dias pela frente? Mas alguém pode prever isso e sobretudo, que sejam "muitos"?)
Há amigos por aí, flutuando no espaço intergalactico da Net - há que eu sei! - mas não me apetece fazer-lhes "psst"...
Há alguns outros, a quem gostaria de fazer "psst-psst", mas sei que não lhes apetecerá falar comigo e vão seguramente fingir que não ouviram...
Coisas da vida, que é feita por vezes de encontros e desencontros e hoje comigo, é só desencontros...
Como eu adorava ir lá fora, olhar o céu, ver as estrelas e não as nuvens carregadas que as ocultam e que nesta altura do ano, não era suposto estarem no céu (ou em mim?)
E se entre as miríades de estrelas (que eu deveria ver, mas não consigo) estivessem mais duas, constituídas pelo brilho inconfundível de dois inconfundíveis olhos, então... provavelmente, seguramente, definitivamente, este meu dia (mesmo sendo já noite...) virava "DIA SIM"!
Mentira versus verdade – ou a absoluta necessidade de contextualizar definições...
São tempos de dúvida (e de revolta) estes em que me movo: algemado, manietado, amarrado à pendular ditadura dos analógicos ponteiros ou da digital precisão dos números de um qualquer, inevitável e omnipresente relógio…
A minha poesia em "Terra Molhada"
Os nossos inimigos - quando os temos - são verdadeiramente dignos da nossa admiração!
Eles agridem-nos, ferem-nos, mutilam-nos, podem mesmo matar-nos (na parte física de nós). Mas por mais que isso possa frustrar os seus maquiavélicos propósitos, esse é o tipo de agressão que menos nos dói!
Quando os conhecemos, a sua maldade nunca nos desilude, nunca nos criam falsas expectativas, são exactamente aquilo que esperamos deles: o pior possível!
Agora o ataque mais brutal, mais doloroso, aquele que nos magoa mesmo, sem deixar marcas visíveis nem cicatrizes no nosso corpo, que quase nos mata por dentro de forma quase sempre imperceptível a terceiros e por isso mesmo nos impede de receber ajuda, que nos colhe verdadeiramente de surpresa sem nos conceder a mínima hipótese de reacção defensiva, é o que parte dos nossos amigos - porque com estes, ao contrário dos primeiros, nós nunca estamos na defensiva...
E às vezes são tão profundos os danos, que nem vale a pena equacionar qualquer possibilidade de cura. Resta-nos nesses casos (que felizmente não são todos) o recurso a alguns cuidados paliativos que nos possam aliviar o sofrimento.
Alguém de quem não recordo o nome, disse um dia mais ou menos o seguinte: " Fazer um verdadeiro amigo pode levar anos, mas para o perder, bastarão apenas alguns segundos!"
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Política - 06-08-2008
José Sócrates vai receber medalha de ouro da cidade de Faro
José Sócrates vai receber a medalha de ouro da cidade de Faro, mas o líder do PSD de Faro, Justino Ramos defende que Sócrates não merece.
A decisão de atribuir o galardão foi da autarquia socialista, que considera a criação do curso de Medicina na Universidade do Algarve um bom motivo para a atribuição da medalha de ouro. Ainda assim, Justino Ramos não concorda e diz que o Primeiro-Ministro não fez o suficiente para merecer o principal galardão de Faro.
A proposta da Câmara, de atribuição da medalha de ouro ao primeiro-ministro, não teve o voto dos sociais-democratas de Faro. José Sócrates recebe a medalha de ouro de Faro das mãos do autarca José Apolinário numa cerimónia marcada para o dia 7 de Setembro.
(Rádio Clube Português 06-08-2008)
Mas claro que O Justino tem razão! É óbvio que o nosso Primeiro não foi o primeiro - por isso não merece!
Onde é que já se viu alguém correr de fato e gravata - e ainda por cima ganhar a medalha de ouro?
Só se correu sozinho - ou então os restantes eram coxos!
(Imagino que quem vai pagar as favas vai ser algum assessor, por se ter esquecido do fato de treino...)
PS: A imagem anterior (José Sócrates no seu melhor), tinha sido"roubada" juntamente com a notícia, do site da Radio Clube Portugues - que pelos vistos não considerou "politicamente correcto" que eu a usasse... Optei portanto por "roubar" esta ao "colega" bloguista Zédalmeida do blog Pitecos: http://pitecos.blogs.sapo.pt a quem agradeço desde já...
" Computadores de cem dólares para criança pobres
sábado, 21 de outubro de 2006
Será lançado em 2007 um computador portátil que, a princípio, custará pouco mais de US$100, equipado com uma tela que terá sistema de adaptação aos ambientes claro e escuro, com possibilidade de interligar-se a outras máquinas e que possuirá um dispositivo para alimentação através de energia humana. As máquinas deverão ser compradas pelos Governos Federais para distribuição entre crianças de escolas públicas dos países.
O projeto do computador popular, que está sendo implementado pelo Michigan Institute of Technology (MIT), dos EUA, tem como mentor principal Nicholas Negromonte, fundador do laboratório de mídia do MIT e que está à frente da instituição sem fins lucrativos laptop.org/" target=_blank>One laptop per child, em português, um laptop por criança, que tem por finalidade principal levar educação para crianças de países de terceiro mundo, fazendo sua verdadeira inclusão digital, através de computadores portáteis de baixo custo.
De acordo com entrevista concedida ao Estadão no ano passado e colocada no ar pelo softwarelivre.org, Negroponte disse que ninguém pensa em lápis comunitários, pois cada criança tem o seu. O lápis na educação é uma ferramenta barata o suficiente, de forma que todos possam ter acesso, sendo usada ao mesmo tempo para trabalhar e brincar, fazendo, conseqüentemente, a criança pensar. Para ele, um computador pode servir para as mesmas coisas, mas de uma forma muito mais poderosa. O pesquisador afirma ainda que uma criança “ser dona” de um computador, como é de uma bola ou uma boneca, é extremamente importante, pois a maquininha será tratada com amor e carinho.
A Quanta Computer, de Taiwan, que já produz computadores portáteis para a Dell, HP e IBM, foi escolhida como fabricante, para que se possa garantir o baixo preço. De acordo com o Terra, o laptop pode ser dobrado em mais posições do que os notebooks normais, podendo ser usado no colo ou transportado como uma lancheira. A alça é o cabo de força, e em locais onde não haja eletricidade, o laptop poderá ser carregado manualmente, através de uma manivela. A máquina ainda terá um revestimento emborrachado para ser ultra resistente a impactos.
O computador terá sistema operacional baseado nos softwares livres, processador de 500 Mb de memória flash, portas USB e tecnologia wi-fi, para acesso sem fio à Internet.
Brasil, Nigéria, Tailândia, Egito e China, deverão ser os primeiros países beneficiados com a nova tecnologia alternativa "
Notícia do Portugal Diário (IOL): “Foi anunciado como o primeiro computador português, mas não é bem assim. O Magalhães é originalmente o Classmate PC, produto concebido pela Intel no sector dos NetBooks, que surge em reacção ao OLPC XO-1, que foi idealizado por Nicholas Negroponte.
Será, no fundo, um computador montado em Portugal, mais propriamente pela empresa JP Sá Couto, em Matosinhos. Tirando o nome, o logótipo e a capa exterior, tudo o resto é idêntico ao produto que a Intel tem estado a vender em várias partes do mundo desde 2006. Aliás, esta é já a segunda versão do produto.
Este computador ultraportátil já está à venda em vários países, inclusivamente o Brasil, mas nem sempre é conhecido pelo mesmo nome. A ideia não é portuguesa, mas irá dar postos de trabalho na montagem dos componentes. Também permitirá manter bem viva a acção das empresas de comunicações, que irão fazer mais alguns milhares de contratos de acesso a Internet. São 500 mil portáteis disponíveis para as crianças dos seis aos dez anos. Um agrado para os mais novos, que com certeza também satisfará os pais.
Na Indonésia o «Magalhães» é conhecido pelo nome de «Anoa», na Índia é o Mileap-X series, na Itália é o Jumpc e o no Brasil é conhecido por Mobo Kids. O Governo do Vietname percebeu o sucesso da oferta e já o colocou nas escolas a preço reduzido. Uma ideia agora adoptada por José Sócrates.”
É caso para perguntar: a eficiência do Marketing à volta do lançamento deste computador, que “vendeu” a ideia ao público de estarmos perante o 1º computador ultraportátil português, foi portuguesa? Ou também foi importada à Intel?
Pois é...
Que tínhamos um Governo capaz de nos prometer o paraíso só para nos convencer a ir à boda (e depois sair à sorrelfa e obrigar-nos a pagar a factura do restaurante...) isso já sabíamos!
Que tínhamos um Governo que nos diz que o limiar de pobreza se situa nos 400€ mensais e depois permite que um trabalhador que descontou 41 anos para a Segurança Social e se reformou aos 57 anos na sequência de um desemprego de longa duração, receba uma reforma de 292€ (é apenas um exemplo que eu conheço pessoalmente, de entre milhares que existem por esse País fora...) também já sabíamos!
Agora que esse Governo se alie aos promotores de uma mentira como a que os dois textos acima permitem constatar - no caso concreto aos organizadores da mediática operação de marketing a que a segunda "notícia" se refere e em que seguramente foi gasto muito do dinheiro dos portugueses na ajuda da sua promoção... isso já é um pouco demais!
Não vai ser seguramente à custa de repetir a mentira de que vamos ter o primeiro computador social de baixo custo e muito menos de que vai ser totalmente fabricado em Portugal, que isso vai passar a ser verdade!
AFINAL HAVIA OUTRO... também portugues
(A publicidade é por conta da casa...)
Tsunami Moover T10 O mais novo modelo da TSUNAMI é o primeiro portátil nacional a integrar a nova tecnologia de processador Intel Atom N270. As linhas modernas e as características técnicas deste Moover T10 não deixam adivinhar o preço deste equipamento direccionado para um novo segmento de mercado: os Netbooks, uma agradável surpresa para quem procura tecnologia, mobilidade e design a baixo custo. A TSUNAMI alargou a linha Moover com a introdução do sedutor e ultra portátil T10 no mercado nacional. Prático e muito elegante, tem no preço uma agradável surpresa. Por apenas 399 euros, o consumidor pode desfrutar de um moderno notebook, por dentro… e por fora. Monitorizado por um processador Intel Atom N270 a 1.6GHz, o mais recente modelo da linha Moover é o primeiro portátil nacional a utilizar esta versão, uma lufada de ar fresco para os que procuram aparelhos completos, a preços competitivos. Leve e elegante, traz consigo o Windows XP Home como sistema operativo, trabalha com um disco de 80GB e 1GB DDR2 em memória. Com dimensões de 260x180x19-31,5mm e 1kg, o TSUNAMI Moover T10 apresenta um display de 10” WSVGA de 1024x600 de resolução. A placa gráfica e o chipset escolhidos para este modelo foram, respectivamente, a Intel UMA Share System Memory e o Intel 945CMS + ICH7M. O TSUNAMI Moover T10 vem equipado com uma webcam de 1.3 M pixel e Wireless 802.11bg, três portas USB, ligação Ethernet, um Card-Reader 4 em 1 e uma saída de vídeo. Disponível a partir da segunda semana de Agosto 2008. PVP: 399€ IVA incluído. |
21-07-2008 00:00 |
Adoro os jovens - a sua irreverência, o seu inconformismo, a sua "fuga" às convenções...
Devo até confessar que adoro a ignorância que quase todos demonstram (às vezes com ostensivo orgulho...) relativamente à maior parte da actualidade política -quer à que vai ocorrendo por esse mundo fora, quer à que se refere a este nosso rectangular cantinho - e que os seus promotores ou actores (quase sempre os próprios políticos) consideram invariavelmente, muito relevante...
Apesar da minha provecta idade, fica aqui publicamente expresso que me sinto bem mais próximo deles (dos jovens...) do que de muitos velhos às vezes bem mais novos do que eu!
Mas com toda esta proximidade - ou apesar dela - eu não sou de forma alguma acrítico relativamente à forma como os nossos jovens se posicionam na vida!
- Desgosta-me constatar o alheamento da maioria deles (estarei a ser exagerado?) em relação às grandes Causas sociais.
- Desgosta-me ver demasiados deles e demasiadas vezes (estarei a ser exagerado?) demasiado envolvidos neste consumismo exacerbado - e pior que isso - abstraindo-se, fingindo não querer ver como os grandes promotores deste consumo quase irracional e selvagem, estão a destruir o nosso planeta à custa de práticas de produção e comercialização irresponsáveis e verdadeiramente predadoras...
- Desgosta-me ver que muitos deles (estarei a ser exagerado?) se preocupam mais em ver a marca da etiqueta dos ténis, da t-shirt, do top ou do biquíni que querem comprar, do que o país onde foram produzidos (quantas vezes à força de trabalho escravo ou próximo disso, pela quase ausência de direitos dos respectivos trabalhadores...
- Desgosta-me ver tantos deles, demasiados mesmo (estarei a ser exagerado?) esquecerem-se da existência de fome no mundo e de que há organizações como a AMI, UNICEF e outras, que dão tudo e quase precisam fazer milagres com o pouco que têm e que muito poucos (sempre poucos por mais que sejam...) lhes vai fazendo chegar...
Em duas penadas, vou colocar o seguinte cenário ficcionado - só podia mesmo ser ficção:
Uma loja de vestuário multimarcas, por exemplo Zara e Roskof (passe a publicidade á primeira, porque a segunda não existe...) com produtos idênticos (e preços obviamente pouco idênticos).
Na mesma loja, em espaço gentilmente cedido pela respectiva gerência um pequeno balcão da AMI, UNICEF ou outra qualquer solidariamente empenhadas em ajudar o próximo, com a finalidade de recolher contribuições nesse sentido.
Pergunta de retórica (a resposta todos a adivinham):
- Quantos jovens optariam pelo escaparate da Roskof para escolher o casaco ou o top, entregando a diferença de preço relativamente ao mesmo produto do escaparate da Zara, no tal balcãozinho solidário?
Gosto tanto dos jovens, de me sentir igual a eles, mas obviamente faço excepções e relativamente a este exemplo ficcionado, orgulho-me de ser diferente!