OS "NÃO CRIMES" DE SÓCRATES...
Que "alívio" Francisco Assis! Assim fica tudo muito mais fácil para você! Assegurar a defesa do chefe, depois do "amigo" Pinto Monteiro ter declarado Urbi et Orbi que Sócrates não é suspeito de nenhum crime vai ser canja!
(E antes que me esqueça, chamo a atenção para as "aspas" que pelo sim pelo não, não vá o diabo tecê-las, coloquei na palavra amigo)
Mas voltemos ao assunto:
Sócrates (que por acaso e azar nosso, é o primeiro-ministro de Portugal) e o seu amigo (sem "aspas") Armando Vara, não estavam (quando gastaram horas ao telemóvel) a combinar, pelos vistos, nenhum crime. Quando muito, podem ter trocado algumas graçolas (como eu próprio o fiz algumas vezes) sobre a quantidade de "botox" do rosto da Manuela Moura Guedes, sobre a incómoda e ocasional gaguez ou as aflitivas reticências do Vasco Pulido Valente, ou ainda sobre a péssima qualidade daquele "Jornal das Sextas" da TVI...
Eu próprio detestava aquele Jornal (Oh! como detestava!) mas nunca me ocorreu furar os pneus do carro da Manela ou do Vasquinho quando se dirigiam para o edifício para preparar a emissão nem cortar o fornecimento da Luz à TVI "em cima das oito" nas noites de Sexta, ou coisa semelhante!
Podiam ainda ter falado - nas tais horas de conversa - em ajudar o "amigo Joaquim". Podiam... - se o se os senhores da Polícia e do MP o asseguram... - mas se o fizeram, isso tinha apenas a ver com umas "dicas" ao "amigo Joaquim" para um melhor desempenho à frente do Grupo Controlinveste e ainda sobre a calendarização dos jogos de futebol na Sport TV para o ano 2009 e algumas sugestões inócuas em termos de conteúdos "cor de rosa" do JN e DN e outras empresas do "amigo Joaquim"...
E eu também acredito no Pai Natal!
Portanto, Sócrates não cometeu nenhum crime. E no entanto...
Ocorre-me recontar aquela "parábola" do casal de namorados a quem os pais da moçoila faziam uma "marcação cerrada" para evitar surpresas desagradáveis:
Apesar de nunca a perderem de vista, apesar de o namoro estar delimitado ao hall da casa, permanentemente ao alcance do olhar da mãe que na sala aproveitava para bordar uns "naperons" sempre com "um olho no burro e outro no cigano", apesar de tudo isso, a rapariga apareceu grávida!
"Como é que foi, como não foi, deve ser engano, não pode ser!" a verdade é que era mesmo... verdade!
Ainda no consultório médico onde a mãe a tinha levado para saber "a razão daqueles estranhos enjoos matinais" e depois de muito "espremida" a rapariga lá admitiu que na penumbra do hall da casa, o rapazola conseguiu "dar uma volta pelas redondezas" mas sem nunca ter franqueado a "portada"...
-"Ai! Senhor Doutor! Será que pode ter sido desta maneira?"
Pelos vistos pôde!
Acredita Vexa. Senhor primeiro-ministro, que o rapazola foi obrigado a casar com a moçoila, não lhe valendo de nada a desculpa esfarrapada da intacta "virgindade" da mesma?