Com a devida "vénia" aqui se transcreve um comunicado da CDU-Valongo a propósito do acto de verdadeira malvadez - e não coloquei "aspas" na palavra - cometido pela maioria actual da nossa Câmara e da Junta de Freguesia de Ermesinde, no largo da antiga Feira à Travagem.
Apesar de terem "reconhecido" de forma hipócrita numa das reuniões públicas de Câmara, as razões da população local e de muitos Valonguenses em relação às pretensões da Junta em avançar com este atentado agora consumado, apesar de numa primeira fase o terem "travado", a verdade é que mais uma vez se comprova que não podemos de forma alguma deixar de rédea solta este tipo de malfeitores, entregando nas suas mãos decisões que põem tantas vezes em causa o nosso futuro e a qualidade de vida que vamos deixar para os nossos filhos. Com eles, o melhor mesmo é fazer como diz o Povo: "um olho no burro outro no cigano" - sem ofensa para os ciganos, obviamente...
ATENTADO AMBIENTAL NA FEIRA VELHA DE ERMESINDE
A Câmara e a Junta de Freguesia de Ermesinde, ambas PSD-PS, passando por cima da discussão institucional em curso, e dos pedidos e posições públicas que lhes chegaram no sentido de reconsiderarem a situação, fizeram no fim de semana passado abater duas dezenas de plátanos de grande porte no Largo da Feira Velha, à Travagem.
Em poucas horas, tudo o que a Natureza havia levado mais de 60 anos a fazer crescer, veio abaixo por decisão de três ou quatro indivíduos eleitos pelo povo para construírem alguma coisa, mas que afinal já demonstraram que o que sabem bem fazer é destruir. O objectivo do massacre é simplesmente a construção de mais lugares de estacionamento automóvel no local.
A Junta de Freguesia fez hoje publicar na sua página da Internet um comunicado cheio de hipocrisia e de mentiras, dizendo que as árvores abatidas estavam doentes e justificando o seu abate com a pretensa necessidade de garantir a limpeza (!) do Largo, a segurança e a felicidade dos moradores (!!).
Ao mesmo tempo, promete a Junta a plantação de outras árvores noutros locais, “para compensar”. Olhando para os anos passados e concluindo que a Junta de Freguesia de Ermesinde nunca plantou árvore nenhuma, podemos calcular a valia de tal promessa.
Se tivermos em conta a larga destruição dos arvoredos verificada em toda a freguesia neste fim de Inverno, a que eles chamam “a poda”, juntando-lhe mais este atentado de grandes dimensões na Feira Velha, o abate, há menos de um ano, das tílias na Rua Dr. Luis Ramos (para parque de automóveis), os projectos de mais prédios e mais atentados à integridade do parque urbano de Ermesinde, só podemos concluir que Ermesinde está cada vez mais pobre em termos de património arbóreo e ambiental. E isto pela mão da Junta e da Câmara que, ao invés de o promoverem, antes destroem cada ano que passa o ambiente já de si pobre, da cidade de Ermesinde.
Eis o comunicado hipócrita da J.F. (leia-se junta de facínoras) de Ermesinde, tentando justificar o injustificável...
Requalificação do Largo da Feira Antiga
Na sequência da intervenção que a Câmara Municipal de Valongo tem projectada para o Largo António Silva Moreira (Largo da Feira Antiga), a Junta de Freguesia de Ermesinde vai proceder à poda das árvores existentes no referido local. Em virtude de algumas dessas árvores se encontrarem com patologias graves que colocavam em causa a integridade física dos residentes e seus imóveis, a Junta de Freguesia entendeu eliminar cerca de duas dezenas de árvores localizadas nos espaços periféricos do Largo.
Esta intervenção visa, essencialmente, resolver alguns dos problemas que afectavam o quotidiano da população ali residente, nomeadamente os estragos provocados pela queda das folhas das árvores, bem como a destruição do arruamento e passeios, provocada pela grande dimensão das raízes.
É intenção da Junta de Freguesia de Ermesinde criar condições para que os moradores daquela zona se sintam mais seguros e, consequentemente, com mais qualidade de vida.
Consciente do contributo que as árvores (sempre que saudáveis) dão para o bem-estar da população, a Junta de Freguesia de Ermesinde assume perante os Ermesindenses o compromisso de replantar o mesmo número de árvores agora abatidas num local que permita a coexistência entre o meio urbano e a natureza.