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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

ALFENA - NEM CONTANDO PELOS DEDOS...

 

Hoje em dia, já quase é considerado normal, que quem está no poder, qualquer que ele seja - governo, maioria Parlamentar, poder local, clubes de futebol ou da "bisca lambida", "grupo dos vinte amigos - considere as oposições um estorvo, uma maçada, uma dificuldade "desnecessária" que quem aprova as Leis, os Regimentos, os estatutos, as regras de funcionamento, bem podia "evitar"...

Não gostamos de atribuir "processos de intenção" a quem quer que seja - porque também não aceitamos que no-los atribuam - mas quase que arriscaríamos apostar que os nossos autarcas de Alfena não escapam a esta regra..

A Sessão Ordinária da Assembleia de Freguesia de ontem foi, pela segunda vez neste mandato ainda curto, convocada de forma irregular e ostensivamente desrespeitosa para com a oposição:

Quer a convocatória - que por acaso até foi assinada no dia 15 de Abril pelo Presidente da Assembleia - quer todos os documentos a entregar aos Deputados, deveriam ter sido enviados com um mínimo de oito dias úteis de antecedência.

Ora o que aconteceu, é que a convocatória, que normalmente é enviada por carta registada (*) tinha a data de registo do dia 18 de Abril. Como de acordo com o artº. 72º. do CPA (Código do Processo Administrativo) a contagem começou no dia 18 e parou no dia 28 (uma vez que o dia do evento a que a convocatória se refere não conta) como diria António Guterres, "é só fazer as contas"...

Relativamente aos restantes documentos, desses é melhor nem falarmos, uma vez que o atraso foi ainda maior.

A Coragem de Mudar - e porque esta falta de cuidado na organização de uma sessão ordinária de um Órgão que é o primeiro da Freguesia já é, como dissemos, a segunda vez que acontece - depois de ter feito chegar ao seu Presidente, através de carta registada, o seu protesto - tinha previsto comparecer na sessão apenas para entregar em mão a tal carta e abandonar imediatamente os trabalhos. Obviamente, tomaria a seguir todas providências legais relativamente às deliberações que viessem a ser aprovadas.

Porém, após um contacto directo entre o Presidente da Assembleia e o nosso 1º. Deputado, foi deliberado dar mais uma prova - e já temos dado tantas ao longo deste curto mandato - que não estamos "a estorvar", mas sim  a trabalhar pelos interesses dos alfenenses e pelo rigoroso respeito pelas leis do País, tendo sido desenvolvidos contactos também com o Executivo, em que colocamos uma única condição: viabilizaríamos a abertura formal da Assembleia, permitindo dar cumprimento à Lei que obriga a que esta Sessão ocorra obrigatoriamente em Abril, desde que fosse permitido a um membro da nova Direcção da Coragem de Mudar recentemente eleita, fazer a "Declaração Política" que a seguir se reproduz. Para isso foi transferido o período destinado à intervenção do Público, para o princípio da Sessão. Obviamente, puderam intervir também outros alfenenses neste período.

 

(*) Ainda não percebemos muito bem, porque é que a nossa Junta não utiliza um simples livro de protocolo para proceder à entrega de todos os documentos a que os Deputados têm direito: sempre se poupavam uns euritos


SENHOR PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ALFENA

RESTANTES MEMBROS DA MESA

SENHORES DEPUTADOS

SENHORES MEMBROS DO EXECUTIVO

CAROS ALFENENSES AQUI PRESENTES

 

Tendo ocorrido há alguns meses atrás, eleições para a escolha dos novos Órgãos Sociais da nossa Associação e tal como tem sido prática relativamente a outras forças políticas – neste caso, Partidos – quero apresentar em primeiro lugar e em nome da Direcção da qual faço parte e que integra os dois Deputados eleitos para este Órgão,  os melhores cumprimentos a todos.

E como igualmente tem sido prática, peço permissão para fazer a seguinte

 

DECLARAÇÃO POLÍTICA:

 

Ao contrário do que por vezes se faz constar e a repetição sistemática da acusação parece  pretender transformar em verdade, a Coragem de Mudar tem feito - e pretende continuar a fazê-lo no futuro – uma oposição responsável e não destrutiva.

 

Concorde-se ou não com as questões que temos vindo a levantar – e não nos custa sequer admitir que por vezes não tenhamos sido suficientemente explícitos na sua formulação – a nossa intenção primeira e única, é a da defesa dos interesses legítimos dos alfenenses, mas sempre com base no estrito cumprimento da legalidade democrática.

 

Mas tal como não gostamos que nos atribuam a nós processos de intenção, também não o faremos em relação a ninguém em particular, nem qualquer acusação de reserva mental, procurando dizer que não seja também esta a sua intenção.  Mas que muitas coisas têm falhado na concretização destes pressupostos, isso têm!

 

Um dos exemplos disso, é que mais uma vez esta Assembleia foi convocada de forma irregular e toda a documentação relevante que aqui deveria ser apreciada, foi entregue aos Srs. Deputados fora do tempo legalmente previsto.

 

Era nossa intenção inicial – anunciamo-lo em carta registada dirigida ao Senhor Presidente da Assembleia – não formalizar com a nossa presença a abertura dos trabalhos, mas acedendo ao seu pedido pessoal e porque se criaria aqui uma espécie de imbróglio legal, uma vez que a sessão da Assembleia deverá ocorrer obrigatoriamente em Abril, a Coragem de Mudar decidiu ser parte da solução e não do problema, aceitando participar na abertura dos trabalhos desde que  imediatamente suspensos para continuar numa nova data a anunciar. Estes os exactos termos acordados e aqui expressos.

 

Alfena, 29 de Abril de 2010

 

Pel’A Coragem de Mudar,

(Celestino Neves)



publicado às 21:19

ALFENA - "TIREM LÁ ESSE COELHO DA CARTOLA"...

 

O assunto é importante e actual!

Vale a pena por isso citar uma vez mais ALFENA DA LIBERDADE.

O texto que se segue diz tudo sobre o tipo de gestores a quem os alfenenses resolveram confiar a maioria absoluta para presidir aos destinos da sua terra.

Os UPA têm legitimidade democrática? Claro que têm! Mas será que a merecem? A resposta é claramente Não!


"Na vã tentativa de esconder o despeito que o roía por ter falhado a paternidade da cidade, disse o Dr. Arnaldo, ilustre Verador da Câmara de Valongo, na sessão do Executivo do passado dia 7, que o Centro de Saúde iria ser construido em terreno propriedade da Junta .

Há aqui qualquer coisa que me não soa bem! Não é verdade que, nos últimos anos, ainda o Dr. Arnaldo era Presidente da Junta, se procurou, desesperadamente, um local para o efeito? Não é verdade que não houve um único alfenense, tantos deles eleitores dos UPA, que disponibilizasse, gratuitamente, uma nesga que fosse, de terreno para tal fim? Não é verdade que, desorçamentada já a verba para a construção, ainda se especulava com um terreno na segunda fase da urbanização da Quinta das Telheiras? Não é verdade que se falava, então, num terreno alternativo, cuja localização ciosamente se escondia para, dizia-se, a malvada oposição não estragar o negócio? Negócio? E, de repente, como que por artes mágicas, quiçá por vicentino milagre, eis que a Junta se descobre dona e senhora de um espaço capaz.

Claro que, agora, deverá ser um pouco tarde, pois local poderá haver, mas não há, com certeza, dinheiro para lá construir. O Estado está falido e a Câmara também.

O que me intriga é circunstância de, precisamente agora, aparecer a Junta com um terreno SEU! Não consta ter havido qualquer doação nem qualquer compra e, assim sendo, ou o terreno sempre existiu e os UPA vêm enganando, de há muito, a população alfenense ou a existência do terreno não passa de um embuste".

publicado às 22:20

AL HENNA...

 

Numa das últimas reuniões públicas de Junta, o querido líder afirmou - relativamente à questão dos limites do nosso território - que "o processo de concertação com as restantes freguesias estava a correr bem"...

Fiquei preocupado: Isto não era o que costumava dizer o engenheiro Sócrates enquanto o "barco se afundava a olhos vistos"? Esperemos que não seja este o caso - até porque Sócrates se via obrigado a repetir a mentira até à exaustão pensando que com isso a transformaria em verdade e no caso concreto a que me refiro - o dos limites de Alfena - o esforço tem sido um pouco no sentido inverso: praticamente o querido líder deixou de falar nele nos últimos tempos!

Mas será que a tal "versão mais ou menos consensual" a que fez referência, está mesmo a avançar?

Hoje está absolutamente claro - hoje? já na famosa Assembleia de Freguesia que chumbou a proposta da criação de um grupo de trabalho para estudar esta questão o estava - que gente de mentes limitadas mas convencida de que é omnisciente, gente engajada a interesses financeiros absolutamente legítimos, mas nem sempre (ou quase nunca) coincidentes com o interesse comum, gente portanto, parcial, que se move em "causa própria", gente para quem tanto se lhe dá que a "nova zona industrial ou a Chronopost" ou outros eventuais e quase sempre virtuais empreendimentos sejam em Alfena, em Valongo ou em Sobrado, desde que sejam "por ali", desde que inteiramente privados - que só de ouvirem a palavra "públicos" se lhes eriçam os prolongamentos pilosos do cérebro e se lhes esvai a já escassa calma e serenidade tão necessárias quando se pretende contestar argumentos de sentido contrário.

AL HENNA existe, está aberta aos contributos de todos porque acredita que todos podem de alguma forma contribuir para a defesa do Património de Alfena - e às vezes, contribuir pode resumir-se unicamente à promoção do exercício do contraditório em torno de um tema sobre o qual possam existir eventuais divergências...

publicado às 16:40

VALONGO E ALFENA - "PROMETE APENAS O IMPOSSÍVEL"...

 

Ouvimos com frequência - sobretudo em política (...arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta arte aos negócios internos da nação - política interna, ou aos negócios externos -  política externa - Wikipédia) - esta frase batida mas que faz todo o sentido: "promete apenas o que possas cumprir"...

Bem... faz sentido com algumas excepções que um dia terão seguramente à sua espera o chamado "caixote do lixo da história"!

E uma das excepções - uma "pequena" adaptação, tem vindo a ser feita pelos nossos políticos mais próximos - Alfena e Valongo - e que pode ser dita desta maneira: "Se prometeres apenas o que podes cumprir, logo que o tenhas feito, dir-te-ão que não fizeste mais que o teu dever! Promete o impossível, aquilo que nunca poderás cumprir, mas faz com que acreditem que estás a fazer tudo para o realizar. Verás durante muito tempo à tua volta uma multidão de crédulos dispostos a defender-te e a encontrar sempre uma qualquer explicação para os teus "inêxitos"!

Perceberão o que quero dizer com (por enquanto) estes pequenos recortes da acta de uma reunião pública de Câmara:

 

 

 

 

 

 

 

 

 



publicado às 21:31

REVISÃO DO PDM DE VALONGO - FIM DA LONGA "HIBERNAÇÃO"?

 

Em Valongo, os assuntos pendentes são - passe a publicidade - como as pilhas Duracell: duram, duram...

O processo de revisão do PDM de Valongo, esse então é um verdadeiro "caso de estudo" em termos de

longevidade!

Às vezes, dá-me para remexer no meu "baú" de velharias e quase sempre - tal como agora aconteceu - encontro coisas curiosas, assuntos sobre os quais escrevi e que pelas leis naturais do tempo, seria suposto terem já passado à história há muito tempo, passe o pleonasmo.

Desta vez, o "achado" parece-me bem adequado (ainda) actual, para reforçar o que acabo de dizer e foi escrito e publicado neste mesmo espaço em 23 de Outubro de 2009.

Já agora, e para que nos possamos solidarizar com a Comissão de Acompanhamento da Revisão do PDM e com o seguramente penoso e intenso trabalho que tem desenvolvido desde o início do processo e cuja composição a seguir se indica, seria útil, oportuno e transparente que se desse a possibilidade a todos os valonguenses de poderem consultar as actas e relatórios das dezenas - centenas talvez - de reuniões realizadas.


 

 (...)Aviso n.º 20479/2008
Nos termos do disposto no número 1, do artigo 5.º da Portaria
n.º 1474/2007, de 16 de Novembro, é constituída a Comissão de Acompanhamento
da Revisão do Plano Director Municipal de Valongo, que
integra um representante das seguintes entidades e serviços:
- Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte,
que preside;
- Assembleia Municipal de Valongo;
- Câmara Municipal de Valongo;
- Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, IP;
- Agência Portuguesa do Ambiente;
- Administração de Região Hidrográfica do Norte, quando criada;
- Polícia de Segurança Pública;
- Guarda Nacional Republicana;
- Autoridade Nacional de Protecção Civil;
- Turismo de Portugal, IP;
- Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico;
- Direcção -Geral de Energia e Geologia;
- Instituto de Infra -estruturas Rodoviárias, IP;
- Estradas de Portugal, E. P. E. — Direcção de Estradas do Distrito
do Porto;
- Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, IP;
- Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte;
- Direcção -Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural;
- Delegação Regional do Norte do Instituto do Desporto de Portugal
- Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, IP;
- Instituto Geográfico Português;
- Administração Regional de Saúde do Norte;
- Direcção -Geral de Recursos Florestais — Circunscrição Florestal
do Norte;
- Direcção Regional de Economia do Norte;
- Direcção Regional da Cultura do Norte;
- Direcção Regional de Educação do Norte;
- Instituto Nacional de Aviação Civil;
- REFER — Rede Ferroviária Nacional;
- ICP — Autoridade Nacional de Comunicações;
- Rede Eléctrica Nacional;
- Câmara Municipal de Gondomar;
- Câmara Municipal da Maia;
- Câmara Municipal de Paredes;
- Câmara Municipal de Santo Tirso;
7 de Julho de 2008. — O Presidente, Carlos Cardoso Lage.


VALONGO, O PDM SENIL E OS "DIVIDENDOS" DAS EXCEPÇÕES...

"De vez em quando e de forma recorrente, a nossa vida autárquica agita-se com notícias sobre "alterações pontuais" feitas de forma cirúrgica para tornear os impedimentos de um PDM com "prazo de validade" já largamente ultrapassado, mas que apesar disso, continua em bolandas, à responsabilidade de uma Comissão de Acompanhamento constituída em 6 de Maio de 2008 e que ninguém sabe muito bem o que tem andado a fazer desde então relativamente às funções em que foi investida.

Até certa altura, eu imaginava os nossos valorosos autarcas a sofrerem horrores com esta ausência de resultados, cada vez que eram confrontados com a "colisão frontal" entre projectos bons para o Concelho e um PDM caduco "plantado no caminho" dos mesmos, a impedir a progressão das máquinas.

Mas houve um momento, em que se fez luz na minha mente e consegui compreender (como é que isto nunca me tinha ocorrido?) que esse "sofrimento atroz" não passava (não passa) afinal de pura encenação dado que a senilidade do PDM dá sempre uma margem de poder discricionário a quem tem de decidir sobre eventuais excepções alegadamente - ou mesmo sem ser alegadamente - com base no interesse relevante para o Município.

É que as excepções são sempre mais caras que a regra, para quem paga e mais rentáveis para quem decide sobre as mesmas!

Isto não explicará totalmente a estranha hibernação do PDM, mas que explicará muita coisa, disso não tenho dúvidas!

publicado às 19:49

ALFENA - "RESERVADO O DIREITO DE ACESSO"...

Há uma dúvida que me anda a apoquentar exactamente desde o dia em cometi a asneira - sim eu pertenço a uma classe maioritária de portugueses comuns que não são infalíveis - de me inscrever no sítio da Junta de Freguesia para "ter direito" a consultar alguns documentos relevantes.

Infelizmente, já tinha clicado no "ENTER" e já não havia nada a fazer...

E a dúvida é esta: Afinal quem é a "primeira figura" da nossa autarquia - o presidente da Junta ou o presidente da Assembleia de Freguesia, Órgão do qual emana o Executivo?

Eu "acho" que sei a resposta, mas gostaria de ver a confirmação por parte de alguém mais "entendido" em Leis...

É que se for como eu penso, será importante e urgente que o presidente da Assembleia confirme perante os alfenenses se foi consultado sobre a vergonhosa filtragem dos documentos referentes ao Órgão a que preside.

E já agora, pode fazer - ou pedir a alguém que o faça por si - uma consulta a colegas presidentes de Assembleias de outras Freguesia e averiguar em quantas é que ocorre esta autêntica aberração antidemocrática. Suspeito que irá ficar algo surpreendido!

Serão precisas ainda muitas mais desconsiderações por parte do Executivo, para o nosso caro presidente da Assembleia puxar finalmente pelos seus "galões"?

Todos sabemos que a falta de modéstia é um defeito grave, mas o excesso da mesma, menos grave evidentemente, também não deixa de o ser!

 

publicado às 23:25

TRADIÇÕES E CONTRADIÇÕES...

Nós portugueses - e penso que não apenas nós - temos por hábito comemorar quase tudo: a data do nascimento - a nossa, a dos nossos, a dos nossos amigos e a dos amigos dos amigos dos nossos amigos, a do cão, do gato, do periquito, a da morte de quem nos era próximo (e aqui com toda a propriedade!) a do primeiro mês de namoro(!) a do casamento, o dia disto, daquilo, daqueloutro e depois - ou melhor, antes - como é de bom tom e a sociedade de consumo exige que se faça, pegamos em nós e lá vamos dar voltinhas ao shoping, à boutique, à grande superfície em busca da prenda adequada ao momento específico, no caso de sermos nós as "vítimas", isto é, os convidados - que não é de bom tom aparecermos "de mãos a abanar" quando tocamos à campainha...

Embirro solenemente com este tipo de mentalidade, mas enfim, esforço-me por entrar no "espírito da coisa" - tentando sempre no entanto, minimizar os prejuízos, quando sou eu a vítima e por maioria de razão, multiplicando as mensagens subliminares no mesmo sentido, quando as vítimas são os outros.

Vem isto a propósito de uma data que vamos comemorar na próxima segunda feira. Uma data de facto marcante e esta sim, a merecer um grande esforço de todos na procura da melhor prenda que a todos nos deveríamos conceder!

Aqui sim, ninguém deveria aparecer perante o seu semelhante de mãos a abanar: "A cada um segundo as suas necessidades, de cada um segundo as suas possibilidades"...

Onde á que eu já ouvi isto? Deixou de fazer sentido? Não se dará o caso de a utopia poder ser apenas um degrau de acesso a uma nova realidade?

Pelos vistos, este ano -  a próxima segunda feira - tudo irá ser diferente (embora  no caso desta data, em cada ano que tem passado, ela já tenha vindo a perder importância) reduzindo-se o evento, em termos oficiais, a um encontro entre o actual e os anteriores inquilinos do Palácio e - ao que parece - à habitual e deprimente atribuição de umas medalhinhas assinalando um qualquer comportamento, feito, acto, ou ao conjunto dos três, tido ou praticado por alguma alminha mais mediática.

Bem sei que este ano não temos grandes motivos para comemorar e portanto, ainda bem que nos pouparam aquela "seca" da sessão solene no Parlamento.

Mas atenção! Há gestos que são premonitórios e quando determinadas personagens -  que até já faziam questão de se recusar, nem que fosse por cortesia a pôr o cravo vermelho na lapela - começam a retirar datas ao calendário, não é só para poupar no papel em que o mesmo é impresso, mas para que em futuras "edições" o mesmo deixe definitivamente de as incluir...

 

 

publicado às 10:52

ALFENA - À MARGEM DA LEI...

 

 


O que diz o Regimento da Assembleia de Freguesia - que ainda não foi alterado...

 

 

 


 

Não basta dar os parabéns a Alfena pela sua elevação a Cidade - sobretudo, se aqueles que "parabenizam", como dizem os brasileiros, em nada contribuiram nem para a compra da velinha a colocar no topo do bolo...

Não basta apanhar o comboio já em movimento e depois, com ar ufano, virem à janela mostrar-se aos alfenenses, quando nem sequer pagaram o bilhete de embarque.

Não basta dizerem-nos - como se a repetição de uma mentira algum dia pasasse a ser verdade - que estão a trabalhar por Alfena e que aqueles que não estão do seu lado, "só estorvam".

Mais importante que tudo isso, é respeitar os Alfenenses nos seus direitos - desde logo, respeitarem aqueles que concorde-se ou não com eles, foram à boca das urnas recolher a sua legitimidade.

E depois, é suposto que um "homem de Lei" conheça a dita - desde logo, o Regimento da própria Assembleia de Freguesia, Órgão do qual emana o poder que exerce...

Mais uma vez, a oposição - parte dela pelo menos - vai ter de exigir que o Presidente da Assembleia de Freguesia coloque os seus "galões" - porque ele sim, é a "primeira figura" da Cidade - e obrigue o Executivo a respeitar a Lei:

1) Enviando aos Deputados todos os  documentos que vão ser discutidos na sessão (irregularmente agendada) dentro do prazo legal.

2) Que cumpra o Estatuto do Direito da Oposição convocando atempadamente os referidos Deputados para aquilo que a Lei designa como "direito de consulta prévia".

Alfena merece ser uma Cidade MAIÚSCULA, mas não o será enquanto for governada por gente sem estaleca para a guindar a esse estatuto.


PS: E para que não ocorra a alguma das mentes brilhantes especializada na técnica da mistificação, tentar baralhar os Alfenenses com eventuais jogos de números, quando o Regimento fala em 8 dias, quer dizer de facto, 8 dias úteis! Como diria António Guterres, "é só fazer as contas"!

Sabemos que a Lei não é uma ciência exacta, mas em Alfena ainda o é menos...

 

 

publicado às 18:12

ALFENA E OS "LILIPUTIANOS"...

A história que nos contavam na nossa meninice  e acho que ainda contam aos meninos de hoje, falava de uma princesa - Branca de Neve - e de uns tais 7 anões...

Sabemos pouco e acho que para o caso não tem qualquer tipo de relevância acerca da estatura da donzela, mas a fazer fé nas imagens que os vários autores que escreveram e reescreveram sobre o assunto, deveria ter pelo menos o triplo da altura dos pequenotes. Por isso, é de supor que teriam todos de fazer algumas concessões para encontrar um ponto de compromisso entre eles relativamente aos espaços partilhados à e organização do trabalho, por forma a que ninguém se sentisse afrontado na sua pequenez nem tampouco - no caso da donzela - houvesse o risco de bater com a cabeça no tecto...

Não temos por enquanto esse problema na nossa cidade de Alfena porque embora não seja (ainda) uma cidade MAIÚSCULA, os "homens pequenos" - pelo menos os que dão mais nas vistas - são apenas quatro e a "Branca de Neve" também não possui uma estatura assim tão elevada. O ponto de equilíbrio entre todos, é (supostamente) bem mais fácil do que aquele que imaginamos fosse o da fábula.

Por isso é que defendemos desde há muito os espaços amplos e abertos, onde as pessoas - e as suas ideias - caibam sem se atropelar e onde os projectos possam ser expostos, defendidos, contestados ou quem sabe, aproveitados.

Por isso é que defendemos uma cidade MAIÚSCULA, diferente da ilha onde Gulliver foi parar após o seu naufrágio e onde o seu tamanho destoava de forma evidente com o dos indígenas - os liliputianos.

Já agora e ao contrário da preocupação do Rei de Liliput, que queria ver-se livre de Gulliver "porque devido à sua estatura avantajada, comia demasiado, comparativamente com os minúsculos habitantes da ilha" - Já nessa altura a defesa do Erário Público constituía uma preocupação dos Reis e governantes - por cá, curiosamente parece que o Rei não se preocupa com essas ninharias de comer muito ou pouco - apesar de ao contrário de Liliput, por aqui os "Guliver" serem mais que muitos...

Daí não existir nenhum mal em queremos ser uma cidade MAIÚSCULA - e sobretudo, uma cidade concreta, com fronteiras definidas e onde nenhum alfenense se sinta diferente nos seus direitos nem corra o risco de arrumar as pantufas no território do vizinho, ou de estacionar metade do carro numa freguesia e a metade restante na outra, enfim, uma cidade mais concreta, menos virtual, mais inclusiva, mais amigável, menos hostil e menos avessa ás ideias dos outros.

Principalmente, porque nem sempre - ou quase nunca - os "outros" têm ideias erradas!

publicado às 14:55

ALFENA - CIDADE MAIÚSCULA?

Se algum Alfenense em algum momento acreditou que a elevação de Alfena a Cidade iria mudar alguma coisa na sua vida - desde logo na parte que tem a ver com o trabalho dos nossos empenhados autarcas, seguramente que já começou a sentir uma profunda decepção ao verificar que "no pasa nada", ou dito de outra forma e subvertendo frase geralmente ligada ao futebol "em equipe que perde não se mexe".

Quando se chega ao desplante de considerar que a proposta do PS aprovada no Parlamento é o resultado do seu trabalho está tudo dito...

Alfena - como já escrevi anteriormente - é uma grande Paróquia, mas dificilmente será uma grande cidade.

Pela razão simples de que nunca foi sequer uma grande Vila nem o será pelo menos enquanto "eles" por aqui andarem mais ou menos "UNIDOS" e unânimes na forma de alimentar este estado de letargia!

Uma cidade onde a página da Junta não publica nada de relevante para os seus cidadãos, uma cidade onde onde se continuam a considerar "top secret" assuntos como o projecto relativo à Unidade de Saúde ou ao PUCCA, uma cidade onde um processo importante como é o da revisão do PDM continua a ser tratado em segredo - e aqui a Câmara enferma da mesma falha, considerando que apenas tem obrigação de divulgar informação sobre o mesmo quando este entrar na fase da discussão pública, o que não é de todo o que a Lei prevê - uma cidade onde quem critica "estorva", uma cidade onde quem se atreve a considerar ilegais alguns actos do supremo lider é ameaçado com processos crime e onde as denúncias dessas ilegalidades são apelidadas de "má fé" e os seus autores ameaçados igualmente com o tal procedimento criminal, uma cidade assim até pode ter o seu nome escrito em MAIÚSCULAS, mas enquanto não for uma cidade amigável, nunca será uma cidade MAIÚSCULA.

E da mesma forma, um lider que aceita numa reunião pública de Junta que um cidadão - por sinal correligionário seu - intervenha sobre um assunto da Ordem do dia para lhe pedir o nome dos "denunciantes do protocolo da carrinha" no sentido de fazer um comunicado para distribuir  à população atacando (a frase foi do próprio) os "malfeitores" que "não devem ser alfenenses",  um lider que aceita isso, sendo além do mais advogado e supostamente (admitámo-lo) conhecedor das "regras do jogo" da Justiça e mesmo assim é capaz de afirmar na mesma reunião pública - em relação à visita da PJ - que o processo "vai ser encerrado por estes dias" - por quem? Pela PJ (!) pelo Ministério Público? Mas afinal o processo não está em segredo de Justiça? - um líder destes, só pode liderar uma cidade à sua medida, mas nunca uma CIDADE MAIÚSCULA!

E porque não foi ordenado sacerdote, também não poderá liderar a GRANDE PARÓQUIA...

publicado às 21:02

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