Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

"MICRO PERCURSOS" MATINAIS - UMA FORMA DIFERENTE DE RECARREGAR BATERIAS......

Seja porque hoje o dia se apresenta "com cara de poucos amigos" e a contradizer o calendário, seja por qualquer outra razão que me escapa, não recebi nenhum pedido do género "vamos dar uma volta, ver o mar, ouvir as ondas, sentir a brisa salgada no rosto, cansarmo-nos quanto baste num qualquer percurso pedestre?"  - dos muitos que (felizmente) já existem ao longo de extensos segmentos da nossa orla marítima de norte a sul do País...

É verdade que grande parte das Câmaras têm esbanjado uma fatia significativa dos seus orçamentos a realizar obras de fachada, a construir rotundas a seguir a outras rotundas, a erigir estátuas e outros monumentos de homenagem póstuma a quem por mais que se tente, não se consegue descortinar merecimento bastante para justificar tal esbanjamento de dinheiros públicos.

É verdade, mas também se pode constatar que algumas ao mesmo tempo - ou apenas - têm feito obras válidas e úteis. E nestas, incluem-se sem margem para dúvidas, os muitos quilómetros de requalificação da nossa orla costeira.

Mas voltemos atrás...

Hoje na ausência das tais solicitações do costume nesta altura do ano, apeteceu-me aproveitar a manhã, fresca por sinal, para passear os olhos e percorrer - são apenas umas escassas dezenas de passos -  o meu micro quintal com mais atenção, ver na laranjeira solitária as laranjas que ainda restam da produção anterior, dividindo os ramos com as que estão a crescer.

Decidi com base em recomendações dos anos anteriores, que tenho que atacar - como eu detesto ter de reconhecer a inevitabilidade do uso de certos químicos! - uma praga que está a provocar "sofrimento" à árvore e aos próprios frutos em desenvolvimento.

Depois dediquei alguma da minha atenção à tangerineira e ao limoeiro...

Aqui, não detectei nada de preocupante e por isso, cumprimentei-os e passei à frente - ao pé de maracujá que me vai prodigalizando já há algum tempo e a um ritmo aceitável os seus frutos saborosos e muito disputados cá em casa.

De caminho, olhei de relance para as poucas dezenas de couves galegas que me possibilitarão lá mais para o final de Outono e durante o inverno uns quantos caldos verdes ou mesmo umas vulgares sopas à boa maneira portuguesa com o indispensável naco de presunto - estas devidamente espaçadas no tempo mais por força deste último componente que pelo efeito das inofensivas e saborosas leguminosas.

Subi ao terraço sobre a garagem onde a dona e senhora do espaço aéreo é uma videira de uvas "americanas". Sento-me por breves momentos no banco de jardim - aqui perfeitamente deslocado em termos estéticos, mas prodigalizando descanso equivalente - inspiro a plenos pulmões o cheiro característico dos frutos sobre a minha cabeça. Hoje não me apetece "correr riscos" na habitual - e também desigual - disputa com as centenas de abelhas que todos os anos se acham com direitos iguais aos meus a desfrutar dos mesmos.

Confesso que ontem lhes preguei uma pequena "rasteira": quando já era quase noite escura e elas já se haviam acolhido ao seio do respectivo enxame, fiz uma breve incursão e colhi a quantidade suficiente para dois dias de consumo moderado - temos também aqui, no caso das uvas "americanas" de as consumir com a necessária moderação.

Terraço, sombra, brisa fresca vinda de norte, obrigaram-me abandonar a posição estratégica e a rumar desta vez ao micro jardim - cá em casa, os espaços exteriores - quintal e jardim - são ambos do tipo micro (a classificação é da minha inteira responsabilidade).

Mesmo assim e apesar da referida característica micro, os cerca de 40 metros quadrados de relva, ainda conseguem acolher - para além de duas japoneiras médias, um pé de  estrelícias, uma sica e mais um ou dois arbustos ornamentais - a minha preferida do momento: uma oliveira centenária, este ano, excepcionalmente carregada de frutos, os quais em devido tempo e utilizando o mesmo processo que me foi transmitido por quem já partiu, não sem antes me ter ensinado, entre tantas e tantas outras coisas úteis, a "técnica caseira de curtir azeitonas", me vão possibilitar pela primeira vez desde há muitos anos, executar a operação a uma escala relevante - o ano passado, a "experiência" confinou-se a cerca de duas dúzias de frutos (!) tantos os que, por razões que me escapam, ela pôs à minha disposição....

E pronto, neste vagaroso deambular dei por mim com carga suficiente nas baterias, para transformar em texto o resultado das minhas observações e - respondendo ao apelo subliminar da "mensagem odorífera" inconfundível que me chegava dos lados da cozinha (desta vez vou-me antecipar ao chamamento da "patroa") - dei por findo o percurso, não sem antes e involuntariamente,  ter feito a comparação entre o resultado do mesmo e aquele que teria obtido no mesmo espaço de tempo, esparramado em dois metros quadrados de toalha, disputados com os vizinhos do lado num qualquer areal à beira mar ou à beira rio...

 

 

publicado às 11:39

PRIVATIZE-SE TUDO - INCLUINDO A MATERNIDADE QUE OS VIU PARIR (*)


Privatize-se tudo, e depois pague-se a renda aos novos donos, como acontece com tantos e tantos serviços públicos que funcionam nos mesmos locais que entretanto foram vendidos...

Já agora, fazendo uma "aterragem de emergência" em território alfenense, não se percebe muito bem porque fingem embandeirar em arco os nossos autarcas de trazer por casa com a assinatura do protocolo da cedência do terreno para a nova Undidade de Saúde, eles que já tinham deitado os foguetes, feito a festa e apanhado as canas a propósito da construção do novo hospital privado.

Quem não se lembra do "Alfena já respira saúde"?

A nova unidade de saúde familiar - se e quando for construída - vai servir apenas para atender da forma mais frugal e minimalista possível o número crescente de pobres de Alfena - por essas alturas e pelo ritmo a que isto caminha, a chamada classe média já não existirá por estas bandas.

Já o hospital privado, esse sim, terá seguramente um outro tipo de abrangência: os ricos de Alfena e dadas as boas ligações rodoviárias, também os ricos das redondezas que esses nem darão pelo roubo efectuado nas suas contas bancárias pelos pórticos das SCUT...


(*) Variante "soft" das palavras de Saramago e mais adequada ao actual contexto...

 

 

publicado às 00:28

A (MEGA) RUPTURA FINANCEIRA DE VALONGO...


 

Pois é...

Provavelmente os patrocinadores das várias campanhas de Fernando Melo e nesta última, também de Arnaldo Soares, nunca pensaram - porque nunca ninguém os "avisou" - que a moeda de troca que estavam habituados a receber e que como todos sabemos eram todos aqueles investimentos sem concurso público (os ajustes directos), espécie de cheque em branco onde os empresários amigos escreviam a quantia que "lhes parecia bem", a qual, como facilmente se imagina, já absorvia parte dos ditos patrocínios e incluía além do mais, uma "pequena almofada" destinada a amortecer as perdas a que a Câmara os foi habituando com o crónico atraso nos pagamentos iria um dia acabar...

O Dr. Melo numa certa reunião de pública em que se falava de saneamento financeiro, de dívidas e empresários em dificuldades devido à demora da autarquia em honrar os seus compromissos, até lhe "fugiu a boca para a verdade" ao ponto de dizer "que eles não tinham muito de que se queixar, porque quando apresentavam um orçamento para uma obra, já incluíam uma margem para cobrir esses atrasos"!

Isto não se faz Dr. Melo: dizer isto dos amigos que o suportam (suportar no sentido de amparar...) há tantos anos!

Claro que a gente sabe que as coisas funcionaram sempre assim durante o seu reinado...

Funcionaram. Mas chegou entretanto para as autarquias - como também chegou para os países da Europa que viviam há demasiado tempo com "respiraçação assistida" - a hora de ter de pôr as contas em dia e começar a pagar a "factura".

Negociado e rubricado um "plano de saneamento financeiro" da Câmara, com a ajuda da representação local do mesmo Partido que conduziu o País à (quase) bancarrota em que este se encontra, imaginaram estes autarcas de meia tigela e os investidores que os têm suportado que tudo estaria resolvido: A Câmara receberia um empréstimo de 25 milhões de Euros dividido por duas instituições bancárias, iniciaria os pagamentos aos fornecedores - começando se possível, pelos mais amigos, porque os 25 milhões não darão para cobrir todas as dívidas, nem nada que se pareça - o Dr. Melo continuaria a gerir o seu feudo da mesma forma de sempre, isto é, muito mal, o seu "cartão dourado" continuaria com  o plafond de números bem redondos e a possibilitar-lhe os desvarios habituais e a prodigalização das mordomias do costume aos amigos(as) também do costume...

Acontece que o paradigma do País mudou - ou está em vias de mudar - o governo finge que governa, mas no fundo, quem o faz é uma Troika vinda de terras estranhas e mais poderosas - e por isso, por muito que custe a Passos Coelho que até foi recebido apoteoticamente na Câmara, durante a campanha eleitoral, Valongo não vai ter nenhuma situação de excepção relativamente a erradicação da corrupção em que detém infelizmente,  um lugar cimeiro no "pódio". Vai ter de arranjar uma maneira de implodir as empresas municipais, vai ter de acabar com a esmagadora maioria dos vergonhosos ajustes directos, vai ter de cortar na componente salarial, vai deixar de fazer admissões - incluindo as de sobrinhos e afilhados do Dr Melo - e não está fora de hipótese, convém que todos tenham isso bem presente, a necessidade de despedir pessoas!

E isso vai doer, oh se vai!

Mas o pior de tudo, é que não vai doer só aos que merecem sofrer essa dor. Vai doer também àqueles a quem a Câmara habituou - e neste caso bem - a receber ajuda, sobretudo aqueles que dela necessitam e que imaginamos sejam a maioria dos que a ela têm recorrido!

A Câmara de Valongo está falida! Não ainda de portas encerradas e letreiro nos vidros da entrada, mas falida de facto e nem a omeleta mais simples consegue fazer-se sem ovos ou a mais pobre das sopas dos pobres se consegue confeccionar sem um mínimo de ingredientes para além da água...

Quem acreditou no Dr. Melo e no seu "projecto", quem acreditou no "bem falante" Dr. Arnaldo Soares e no seu "discurso redondo", vai finalmente e da pior forma possível, descobrir que "apostou no cavalo errado"!

(E já agora, se "destaco" de entre os restantes "executivos" o nome do Dr. Arnaldo Soares, é porque grande parte dos (actuais) desvarios têm a sua indisfarçável mãozinha - ele que foi para a Câmara com uma incumbência muito especial por parte do lobby da especulação imobiliária bem conhecido em terras de S.Vicente de Queimadela - a nossa cidade de Alfena - perito na chamada "técnica das escrituras sequenciais" em que o bem transaccionado se valoriza de forma exponencial sem que as cadeiras da Conservatória cheguem a arrefecer).

Tudo isto, por mais estranho que pareça, não vai deixar nenhum valonguense a dar pulos de alegria: porque podia ter sido evitado, podia ter sido travado nas últimas eleições!

Podia, mas não foi...

 

publicado às 13:06

A POPULAÇÃO DE ALFENA E A "LUPA" DOS UNIDOS (*)...

O "lobby" da carne assada não perde uma hipótese sequer de ajudar os seus representantes autárquicos - aliás eles próprios verdadeiros "lobbystas", para batalhar pela construção da Feira, agora também possível "multiusos" e "centro cívico" (comparam-no por exemplo ao Parque Urbano de Ermesinde...) sob o Viaduto da A41.

Veja-se a notícia que conseguiram "plantar no Jornal "O Verdadeiro Olhar", um Jornal de Paredes, mas que últimamente tem dado - e bem - algum destaque ao Concelho de Valongo:

 

Obviamente, não podia deixar de alertar o Director deste Jornal, para a iniquidade desta gente que, valendo-se do conhecimento ainda incipiente que o Jornal compreensivelmente tem sobre o que por aqui se passa, tenta assim apanhar mais uma boleia para fazer a promoção do  percurso que iniciaram há muito e que é o de transformar Alfena num paraíso de especulação imobiliária e num mega "circuito da carne assada e bebedores de cerveja", não hesitando para tal em apresentarem-se como "população de Alfena"!

O texto do comentário que enviei ao Director do Jornal, mais não é do que uma compilação do que já tenho escrito sobre o assunto e por isso me dispenso de aqui o repetir.

Alertei-o ainda para o processo que se encontra em Tribunal por parte dos anteriores proprietários do terreno e ainda, para as toneladas de "terra preta para jardim" que o Dr. Arnaldo autorizou que ali fossem depositadas, vindas de um desaterro particular que nós sabemos que ele sabe que nós sabemos onde fica (ficava) situação essa sim, a merecer urgente requalificação!

 

(*) Lupa: "A lupa é um instrumento óptico munido de uma lente com capacidade de criar imagens virtuais ampliadas" (Wikipédia)

publicado às 11:21

ALFENA (AINDA NÃO) RESPIRA SAÚDE...

 

E agora senhores Unidos, empenhados e dinâmicos autarcas de Alfena?

Passada a pompa e circunstância - aliás perfeitamente bacoca e fora de contexto, dado o histórico anterior de todo este processo - e a publicidade que fizeram à assinatura do protocolo para a "cedência" da parcela de terreno por parte do Sr. Toninho do Cabo destinada à construção da nova Unidade de Saúde da nossa Cidade, o que é que estão a pensar fazer para ajudarem a que a mesma se torne uma realidade concreta e não um mero projecto virtual?

É que à custa dos desvarios e asneiras anteriores, deixaram que o tempo se arrastasse, que as "vacas emagrecessem", que outras hipóteses tivessem ido "Leça abaixo" enquanto o País mirrava e o mais certo é que nos tempos mais próximos a única coisa que veremos crescer na dita parcela será o mato que esse não precisa do Orçamento Geral do Estado nem de PIDDAC para medrar.

Claro já todos conseguimos antecipar os episódios que se seguem:

Quer a Câmara do Dr. Arnaldo, quer a Junta do Dr. Palhau, vão tentar culpar a crise, a ARS-Norte (o governo directamente seguramente que não por razões óbvias) pelo impasse que se instalará e pela ausência de acções visando a efectiva construção da mais do que necessária infraestrutura.

Mas porque tão previsíveis que são estes "dinâmicos autarcas",  já estamos também a vê-los junto ao "muro das lamentações" (ali mesmo na casinha de bonecas, um edifício para o qual andam também a tentar encontrar uma alternativa) a "responsabilizar vezes sem conta a oposição que em devido tempo lhes inviabilizou o "negócio do século" com o grupo Eusébios à custa da espoliação dos co-herdeiros da Quinta do Bandeirinha...

Porque estou convencido que esta gente de "poucas leituras e cultura débil e mal direcionada" nem sequer conhecerá a célebre frase de Abraham Lincoln, vou "ajudá-los" citando-a uma vez mais:

"Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas por todo o tempo."

O que vale, é que cada vez mais alfenenses - que conhecem a frase - se vão libertando da fatal atracção centrípeta do "círculo vicioso"...

 

Nota relevante: Propositadamente coloquei no topo, a imagem com os dois lanços de escadas que os utentes, a maioria idosos, têm de vencer para acededer aos vários actos médicos ou administrativos: as inscrições, levantar ou pedir a receitas, as consultas (muitas são no andar superior) - isto, já depois de terem vencido com muito custo o calvário da subida desde a Rua de S. Vicente até à Unidade de Saúde!

 

 

 

publicado às 12:18

VALONGO "BALAS & BOLINHOS" - Take 2...

 

Voltando às "Balas & Bolinhos" e à polémica a que tem dado origem na página do Facebook do Dr. João Paulo Baltazar sobre a exibição pública desta "produção" sem quaisquer restrições à entrada de crianças, achei curiosa - confesso mesmo que me surpreendeu - a forma da "defesa" assumida pelo nosso vice presidente em relação à iniciativa...

Andei a dar umas voltas pela blogosfera e encontrei uns antecedentes curiosos sobre os produtores da tal "obra de arte cinematográfica"  - a Associação de Artes Cinematográficas de Valongo (AACV) - que funcionou  em instalações cedidas pela Câmara - digo funcionou, porque como se pode ver AQUI, em 2005 foram intimados a abandonar as ditas instalações, na sequência de críticas públicas feitas à autarquia por esta não lhes ter atribuído um subsídio de que eles se consideravam merecedores...

Muita água já correu entretanto sob as várias pontes de Valongo e fica-me agora a curiosidade de perceber como é que a aparente ruptura com a Câmara  em 2005, consegue desembocar, nesta defesa por parte de JPB, relativamente à produção "artística" em causa.

publicado às 10:44

AS "BALAS & BOLINHOS" DE VALONGO...

Há uma constatação cada vez mais recorrente - pelo menos na minha perspectiva muito pessoal - em relação às iniciativas ditas culturais que nesta altura do ano, com muitos emigrantes de visita às suas terras de origem, os municípios se sentem na obrigação de organizar um pouco por todo o lado:

Têm muito pouco daquilo que assumem ser - culturais...

Como seria de esperar, vou centrar-me naquelas que ocorrem neste nosso pequeno microclima de Valongo e numa muito em particular, que tenho seguido na página do Facebook do Dr. João Paulo Baltazar, o nosso vice presidente de Câmara e que tem gerado algumas críticas, exactamente porque apoiada/patrocinada pela Câmara: "Balas & bolinhos" - um filme português realizado por Luís Ismael em 2001 com o apoio da SIC Radical.

A sua principal característica - principal mas nem por isso relevante - longe de girar em torno da importância do conteúdo, tem mais a ver com a média de palavrões por palavras contidas nos diálogos, para além de algum conteúdo de cariz sexual, que não sendo propriamente explícito, anda lá bem próximo.

Até aqui, nada de especial. Estou convencido que a maioria dos valonguenses não é propriamente constituída por "meninos(as) de coro" e não lhes fará pior a eles que - a acreditar na versão disponível no Yutube - aos outros 17.972 visitantes da versão online, para além de todos os outros.

O problema - verdadeiro problema mesmo - é que foi exibido ao ar livre, sem restrições e para um público "diversificado", devendo entender-se por diversificado, a presença de muitas crianças.

O Dr. João Paulo Baltazar, embora pessoalmente declare que não considera de muito bom gosto os pais levarem as crianças a ver o dito filme, acha no entanto, que este "é apenas arte e que a responsabilidade quanto à presença de crianças em face do conteúdo, cabe inteiramente aos ditos pais".

Nada de mais errado! Pelas seguintes e principais razões:

1) Não se tratou de uma exibição caseira ou sequer privada e de acesso controlado;

2) A Autarquia apoiou logística e financeiramente a mesma;

3) Perante a Lei, não teria qualquer relevância o facto de qualquer pai, para tentar entrar com um filho de 8 ou 10 anos para assistir a um filme para adultos, se  dispor a assinar uma declaração, assumindo a responsabilidade por isso!

Por último, parece ser uma pecha muito portuguesa - e neste caso, Valongo não foge à regra - achar que o êxito de uma qualquer obra teatral ou cinematográfica é directamente proporcional ao número de palavrões ou cenas mais ou menos fortes que contenha!

É lamentável sobretudo por envolver uma autarquia e mais ainda, porque essa autarquia é a nossa!

publicado às 21:26

ALFENA/VALONGO - "COM PAPAS E BOLOS..."

O povo costuma dizer que "com papas e bolos se enganam os tolos"...

Em Valongo e Alfena tenta-se fazê-lo de uma forma um pouco mais criativa, adaptando o conhecido ditado no sentido de contornar uma "pequena dificuldade": a escassez cada vez maior de "tolos" para se deixarem enganar e a solução encontrada, é a multiplicação das festas, dos passeios seniores ou juniores, dos bailes e bailaricos, do convívio da bifana ou do porco no espeto, enfim, lança-se mão de tudo que possa ter alguma semelhança por mais ténue que seja, com animação cultural.

Semeados os subsídios possíveis e impossíveis - alguns concedidos de forma perfeitamente discricionária e pouco fundamentada - chegou a vez de colher, isto é, exigir que as Associações beneficiadas dêm agora a sua ajudinha para evitar que o Povo fique confinado a umas quantas "acrobacias e piruetas" mal feitas executadas pelos bobos da corte do costume. Assim sempre se ganha alguma qualidade para os vários espectáculos prodigalizados, por um lado e por outro, disfarça-se a completa ausência de trabalho concreto, de projectos relevantes, de Serviço Público que se veja.

Enquanto troam os bombos ou trepida a música de baile, enquanto o Povo, que em maior ou menor número, sempre adere a estas coisas, vai rodopiando no seu pezinho de dança, assiste à exibição da singela peça de teatro ou vai trincando o salgadinho ou a bifana de borla, esquece as promessas eleitorais que aqui, na Câmara e nas outras freguesias do nosso Concelho foram feitas por alturas do último acto eleitoral e que vão permanecendo lá bem no fundo "daquela gaveta" - que todos aqueles que nunca tencionam cumprir nada do que prometem, têm sempre uma "gaveta funda" destinada a este tipo de "arquivos"...

O pior, é que à custa destas "manobras de diversão", em Alfena de uma forma muito particular, a corrupção, a especulação, a sonegação de informação relevante ao Povo - incluindo aos eleitos que não fazem parte do grupo "absolutamente maioritário" que governa a nossa cidade - vai fazendo o seu caminho e vai dando sentido àquela conhecida frase "o poder corrompe. O poder absoluto corrompe absolutamente"...

 

publicado às 23:51

O "OURO" DE VALONGO - OU A ARTE DE COLOCAR "O CARRO À FRENTE DOS BOIS"...

 

"Hugo Chávez vai decretar a nacionalização do ouro. A medida foi tomada pelo facto de o metal estar a assistir a uma escalada meteórica nos últimos meses perante as fortes desvalorizações das bolsas devido à crise da dívida soberana.
Assim, o presidente da Venezuela anunciou que já está a preparar um decreto para nacionalizar a indústria mineira do ouro, o mais rapidamente possível, refere o Dinheiro Vivo."


Tivesse o nosso poder local competência legislativa e aqui estaria uma boa ideia para ser aproveitada pelo nosso "soberano" de Alfena.

Claro que é manifestamente improvável que seguisse o exemplo de Chávez, mesmo que este poder lhe viesse algum dia a ser atribuído!

Paradoxalmente, o "garimpo de Alfena" é (muito) mais rentável explorado da forma "artesanal" até agora seguida - alguns "sinais exteriores de riqueza" demonstram-no - do que canalizando ganhos para os cofres públicos.

Sabemos que há alguns ingénuos que (ainda) acreditam que alguns desses "sinais" mais visíveis resultarão apenas do factor sorte no chamado "jogo da bolha", mas não! Definitivamente, não é daí que resulta a maioria dos referidos "sinais" - leia-se proventos!

Por alguma razão, a questão da nova "delimitação da REN (reserva ecológica nacional) para o Concelho de Valongo, que agora se encontra transposta para a Lei - Portaria 260/2011 de 1 de Agosto - foi mantida no "segredo dos deuses" desde Fevereiro, altura em que a comissão de acompanhamento da revisão do PDM foi ouvida pela CCDR-N (deve existir uma acta dessa reunião)...

Sempre que questionávamos a Câmara, ou a Junta de freguesia de Alfena sobre assuntos relacionados com o PDM, nada era dito sobre o que andava a ser "cozinhado", ou melhor, a resposta invariável, era de que "estariam (apenas) a ser discutidas questões técnicas - um eufemismo muito utilizado por quem não está interessado em responder nada de concreto - e que aquilo que os cidadãos tivessem direito a saber, sabê-lo-iam na altura da discussão pública do documento.

E o que andava a ser "cozinhado" e agora está em condições legais de ser "servido" aos "promotores/especuladores" interessados - a partir da saída do referido PDM - é uma série de desclassificações "a pedido" de que podemos encontrar desde já e numa análise muito superficial à carta anexa à Portaria referida, vários exemplos:

Atribuição de capacidade construtiva numa área privilegiada onde a mesma já não existia, ao promotor do empreendimento da Quinta das Telheiras, destaque de uma mancha de dimensões assinaláveis e ainda não inteiramente apuradas, na área controvertida da chamada "zona industrial de Alfena" - ou deveremos antes dizer de Valongo? - destinada à construção de uma plataforma logística, e outras "garimpagens" que a seu tempo viremos a detalhar.

Curioso - ou talvez nem tanto - é o autêntico "golpe de rins" que se constata por parte da CCDR-N, relativamente à sua posição inicial.

A Dr.ª Paula Areias - a técnica que acompanhou o processo por parte da CCDR-N até à saída da Portaria - diz que não existe nada de estranho nesta mudança de posição e que tudo foi feito de acordo com a Lei. Talvez...

Diz ainda, que as desclassificações agora publicadas, só produzirão efeitos a partir da saída do  PDM - que ainda terá de ser submetido a discussão pública...

Nós sabemos isso. Mas também sabemos que em Valongo  "o carro anda sempre à frente dos bois" e no caso de Alfena, o referido "carro" já leva muitos hectares de avanço em relação aos "bois"!

Só não vê quem não quer e por isso não se consegue vislumbrar como é que o processo possa ser revertido, no caso de o PDM não vir a acolher as alterações agora publicadas.

É claro que a CCDR-N tem poder de fiscalização, mas vá-se lá saber porquê e apesar das várias denúncias públicas nos jornais e até ameaças de Deputados com o recurso aos tribunais, a "fiscalização" da CCDR-N só funciona mediante "denúncia formal e fundamentada" -  segundo a Dr.ª Paula Areias. É o "simplex" no seu melhor...

Por último, talvez seja interessante na próxima sessão ordinária da Assembleia Municipal, questionarmos o seu presidente acerca da posição assumida pelo representante deste Órgão na comissão de acompanhamento, aquando da já referida audição promovida pela CCDR-N...


PS: Amigos atentos, alertaram-me para uma pequena imprecisão: A mancha destacada a que me refiro, destinada às "plataformas logísticas" não se situa em Valongo, mas sim em Sobrado.

Nada que interesse muito aos especuladores, que não costumam preocupar-se muito com estas questões de "soberania"...

 

 

publicado às 10:42

A "SENHORA COM AR DE GOVERNANTA E O PEQUENO PÉTAIN"

Salvaguardadas as devidas diferenças de contexto, hoje ao acompanhar a conferência transmitida em directo do Palácio do Eliseu, não pude resistir a traçar uma analogia entre a figura da senhora com ar de governanta e o outro senhor pequenino que costuma encomendar sapatos com postiços invisíveis que lhe disfarçam a pequenez complexada e duas outras figuras históricas - no pior sentido - curiosamente e pela mesma ordem, oriundas dos mesmos países, ambos militares e ambos com pretensões aparentemente semelhantes aos da conferência do Eliseu: Uma, o domínio neste caso (apenas) da Europa e o outro, qual Pétain em ponto pequeno e sem farda a vontade de ficar conhecido pelos mesmos (reprováveis) motivos: colaboracionismo total com a senhora com ar de governanta.

Senhores do mundo, foi desde o início da conferência a ideia que esteve sempre subjacente nos discursos em que anunciaram as decisões tomadas e nas respostas às várias perguntas formuladas pelos jornalistas.

Obviamente não têm dimensão que lhes permita concretizar esse sonho, mas já quanto à Europa, estão bem próximos de o conseguir - isto porque uma parte dos restantes países do velho continente é governada por gente sem voz e por novos colaboracionistas a parte restante - estes últimos, réplicas do "pequeno Pétain" que hoje vimos, mercê dos postiços invisíveis nos sapatos de marca, ao mesmo "nível" da senhora com ar de ar de governanta - nível no sentido restrito (ou físico se quisermos) do termo, entenda-se...

publicado às 00:55

Pág. 1/2

Mais sobre mim

imagem de perfil

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2016
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2015
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2014
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2013
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2012
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2011
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2010
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2009
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2008
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2007
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2006
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D