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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A VIDA VALE A PENA!

Nesta altura, discute-se na Assembleia da República um projecto de lei - ou melhor, vários, que na politica, todos gostam de "apresentar trabalho", nem que seja apenas para escrever o mesmo texto do adversário político ao qual retiram uma vírgula aqui, acrescentam um ponto ali, quando não se ficam apenas pela simples formatação do texto...

Refiro-me ao chamado "testamento vital" - ao qual espero a sociedade dê a devida relevância.

Nada que tenha a ver por enquanto, com uma outra questão mais profunda - e porventura muito mais polémica - que é a da eutanásia e sobre a qual já muito se tem escrito, dito e debatido.

Valerá a pena talvez, passarmos os olhos muito por alto sobre a aridez dos textos agora em discussão, mas mais do que isso, aquilo sobre o qual vale de facto a pena reflectir, é o que a sociedade tem feito, faz ou pode fazer, para que a qualidade de vida dos seus cidadãos - nos diversos escalões etários, os quais como é óbvio, implicam uma atenção também diferenciada -  se mantenha com um nível de dignidade compatível com as exigências de um País que se pretende solidário.

Tenho um entendimento muito pessoal sobre a vida - eventualmente partilhado por muitas outras pessoas - e que se resume a umas quantas condicionantes sem as quais, ela (a vida) deixará de fazer grande sentido:

 

- Enquanto conseguirmos sorrir, não com aquela espécie de esgar ou sorriso de plástico dos políticos em campanha eleitoral ou dando entrevistas, mas com um sorriso espontâneo, amigável, empático, a vida vale a pena.

 

- Enquanto sentirmos que mesmo nos nossos momentos mais adversos, temos amigos à volta que exigem que vivamos, que mais do que isso, nos dizem que a nossa ausência lhes causará profundo sofrimento e que no caminho que nos falta percorrer, eles estarão sempre ao nosso lado, a vida vale a pena.

 

- Enquanto os "homens sábios" que estudam, fabricam, prescrevem e ministram os medicamentos ou executam os actos cirúgicos ou as ajudas técnicas de que em determinado momento, de forma temporária ou definitiva possamos passar a ter de estar dependentes nos garantirem que isso não apagará , nem o nosso sorriso nem o daqueles que nos rodeiam, a vida vale a pena.

 

- E a vida vale ainda a pena, enquanto sentirmos prazer em escutar o marulhar das ondas do mar, enquanto o canto das aves não nos for indiferente, enquanto à beira mar nos alegrarmos perante a magia de um por de sol, enquanto a surpresa de sermos apanhados por uma inesperada chuva de verão não constituir motivo de incómodo, mas antes pelo contrário nos divertir e der prazer.

E tudo isto, independentemente de estarmos apoiados nas nossas próprias pernas, numa cadeira de rodas ou suportados por um qualquer outro tipo de ajuda técnica.


PS: Tinha este pequeno texto já semiacabado, quando o destino fez com que me cruzasse com uma querida amiga num local onde costumamos deslocar-nos sobretudo quando temos alguma dúvida sobre o estado da nossa saúde, mas onde também podemos ir por simples rotina para as "revisões periódicas".

No meu caso foi este último motivo que ali me levou, sendo o primeiro a causa da deslocação da minha amiga.

Tal como ela, também eu já tive necessidade de esclarecer dúvidas relevantes e agir em conformidade - com determinação e sem medo - em situação não exactamente igual, mas de gravidade também relevante e neste momento felizmente, vivo já apenas a fase das consultas de rotina.

No caso dela, nem sequer existe ainda uma certeza, mas mesmo que existisse, ela tem pelo menos uma enorme vantagem sobre mim e sobre os milhares de outros cidadãos que se vêm de repente confrontados com certezas de idêntica gravidade: a juventude, que é sempre um factor de enorme relevância perante as situações de doença.

 

 

publicado às 12:19

JERÓNIMO MARTINS, CHRONOPOST, ETC., ETC. - "FAVORECIMENTOS PASSIVOS"...

Em 23 de Setembro de 2010, publiquei AQUI este pequeno estracto "declaração de voto" dos nossos Vereadores do Grupo Coragem de Mudar:

 

DECLARAÇÃO DE VOTO

Perante os pedidos de alteração do uso do solo para terrenos sitos no Município de Valongo, de 09.06.2010 e 17.09.2010, agregados num mesmo processo, com o nº (68) 2009/105, e considerando:

A inoportunidade das referidas pretensões numa altura em que está em fase de conclusão o processo de revisão do PDM de Valongo, cuja proposta, tanto quanto se sabe, não inclui qualquer alteração de uso do solo para aquela zona;

Que se mantém negativo o parecer da CCDR-N relativamente a um processo semelhante, para uma zona próxima, de alteração pontual do PDM (do uso do solo de REN para urbano), que em 2008 foi aprovado nesta Câmara, com 2 votos a favor e 7 abstenções, e cujo desfecho se mantém incerto;

  1. Que o processo em causa não traz qualquer parecer favorável, nem da comissão de acompanhamento da revisão do PDM, nem da equipa que está a proceder à alteração do PDM, nem do Departamento Municipal de Planeamento e Gestão Urbanística;
  2. Que também não acompanha o processo qualquer relatório onde estejam definidos os objectivos estratégicos para o concelho a prosseguir com a revisão do PDM, que é competência exclusiva da Câmara Municipal, nem qualquer fundamentação, seja de que natureza for, que possa justificar a excepção que é solicitada, como aliás propugna o douto parecer jurídico que acompanha e é parte integrante do supracitado processo;
  3. Por outro lado, não há qualquer avaliação, ligeira que seja, dos impactos ambientais que poderiam decorrer da alteração do uso de solo que é solicitada, e os seus efeitos numa estrutura biofísica que integra o conjunto das áreas que, pelo valor e sensibilidade ecológicos ou pela exposição e susceptibilidade perante riscos naturais, são objecto de protecção especial, tal como estabelece o regime jurídico da REN, no art.º 2º nº 1 do Dec.-Lei nº 166/2008;
  4. Tratando-se de zona de produção florestal, de elevado risco de incêndio, falta, também, a devida informação sobre a ocorrência de incêndios florestais nos últimos 10 anos, para conformar a deliberação com o disposto no Decreto-Lei nº 327/90, de 22 de Outubro, cujo desrespeito, aliás, conduziria à nulidade da deliberação;
  5. Pelo atrás exposto não se vislumbra que razão ou razões assistiriam à Câmara para beneficiar alguns cidadãos em detrimento da restante comunidade, sem que se descortine que vantagens advirão daí para o Município, quando, simultaneamente, assiste impávida e serenamente à “morte lenta” da ZIC, nada fazendo – e podendo fazer – para evitar a especulação dos preços dos terrenos;
  6. Porque deliberações com o alcance da que ora está submetida à Câmara não devem ser “intuitu personae” mas devidamente alicerçadas numa estratégia que, diga-se em abono da verdade, nunca este executivo foi chamado a definir;

Os Vereadores eleitos pela CORAGEM DE MUDAR votam CONTRA o pedido de alteração do uso do solo para terrenos sitos no Município de Valongo, constante do processo, com o nº (68) 2009/105.

 

Valongo, 23 de Setembro de 2010

Os Vereadores eleitos pela CORAGEM DE MUDAR

 

Ora bem...

O que é que mudou de então para cá que justifique que, quer a Coragem de Mudar, quer o Partido Socialista tenham alterado a sua orientação de voto na última reunião de Câmara, votando (por enquanto apenas) a favor da abertura de um período de discussão pública para um novo pedido de excepção ao PDM?

O facto de ter entrado na Câmara um PIP (pedido de informação prévia) do Grupo Jerónimo Martins?

É que se assim é, isto passa a ser um caso de polícia, porque a Câmara já emitiu declarações anexas a algumas escrituras até agora efectuads por conhecidos "testas de ferro" onde se enquadra a zona abrangida pelo referido PIP, atribuindo "capacidade construtiva àqueles terrenos...

Num qualquer outro País da Europa civilizada, neste momento alguém já deveria ter sido julgado e condenado, mas enfim, para o bem e para o mal, estamos em Portugal e apesar de todas estas trafulhices, não me apetece emigrar.

Ninguém me ouviu alguma vez dizer - nem vai ouvir - que sou contra o desenvolvimento da minha terra. Só que acho que o mesmo deve ser feito com regras e sem favorecimentos ilícitos - ainda que os favorecidos sejam muito amigos favorecedores passivos!

Nesta fase do processo, algo não bate certo e há muita gente à espera que na altura da votação do pedido de excepção - após a discussão publica e a emissão do respectivo parecer da CCDR-N - todos mantenham a coerência com as posições até agora assumidas!

Querem potenciar o investimento em Valongo? Pois façam-no, trabalhando 25 horas por dia se necessário for, para que a revisão do PDM saia finalmente!


 

PS: Claro que todo o processo ainda terá de passar pelos "filtros" da discussão pública, CCDR-N (onde pelos vistos, agora já não há entraves) e pela Assembleia Municipal, procedimentos estes que levam algum tempo e não favorecem os intentos dos "investidores"...

publicado às 12:59

VALONGO - O "CRIME" PARECE COMPENSAR...

Ainda a propósito da mega trafulhice em curso na vasta área até há pouco tempo atrás, designada de "nova zona Industrial de Alfena":

A Câmara decidiu na última reunião - por unanimidade (!) - dar início a um processo de discussão pública com vistas a uma excepção ao PDM (ao actual obviamente...) permitindo a construção de uma plataforma logística da Jerónimo Martins.

Já aqui o disse, mas nunca é demais lembrar de novo o assunto: as escrituras públicas que foram sendo feitas - as da revenda dos terrenos comprados como REN - traziam em anexo uma declaração da Câmara atribuindo-lhes capacidade construtiva (!)

Por isso, é que algumas no mesmo dia - ente uma venda e a "revenda", viram o valor inicial ser multiplicado peo factor "10" - no mínimo...

E isso, graças à tal "varinha de condão" da Câmara de Valongo de que já falei também aqui e que lhe tem permitido transformar terrenos xistosos e cobertos de eucaliptos e alguns pinheiros, em "cadinhos fumegantes" onde onde são lançados hectares e hectares de REN e RAN e de onde, após um breve processo de fusão e solidificação, saem toneladas e toneladas de ouro sonante - estranhamente "encaminhado em sentido contrário" ao da correcção do déficit...

(Se alguém duvidar, pode sempre consultar as escrituras referidas, que como todos sabemos, são obrigatoriamente públicas).

Ora assim sendo, para que é que é necessário este processo de excepção?

E já agora, os serviços de fiscalização da Câmara não se aperceberam até agora da gigantesca desflorestação ali efectuada entretanto?

E da imensa movimentação de terras, também não?

E do "desaparecimento" da Ribeira de Junceda?

E as consequências inevitáveis que num futuro próximo, sobretudo os alfenenses irão sentir, por causa destes atentados ambientais, também não preocuparam ninguém na Câmara?

Em Valongo, mais do que em qualquer outro Concelho do País, parece que o "crime" compensa...

Veremos no final da discussão pública, quem é que vai ter a coragem de assumir a (única) atitude consequente de chumbar esta vergonhosa mistificação, que consiste em fingir que se cumpre a Lei, depois de se ter andado a violá-la sistematicamente ao longo dos últimos anos!

publicado às 20:16

ALFENA - CASA DE CHÁ DE S. LÁZARO

Caso para dizer: "de concurso em concurso, até ao encerramento final" - ou então, à concessão a custo zero!

O último concessionário, pagava - chegou a pagar? - 600 euros, mas não aguentou muito tempo e rescindiu o contrato, assumindo assegurar o funcionamento do espaço até existir novo interessado.

Na reunião pública de quarta feira passada, foi iniciado novo procedimento concursal, com uma base de licitação mínima de 500 euros.

Veremos no que dá, mas estes valores também não são muito preocupantes, porque a verdade, é que em relação a contratos anteriores, foram chegando ecos de dívidas acumuladas por diversos concessionários que por ali foram passando e que ninguém sabe muito bem se chegaram a ser regularizadas - ou pelo menos na sua totalidade.

Talvez excluindo aquela parte mais negativa que tem a ver com o facto deste tipo de concessões poder servir para pagar favores políticos, o mais importante seja mesmo que o espaço funcione e tenha alguma utilidade para quem ali vai esporádica ou diariamente fruir um pouco da calma do lugar e se a única forma de assegurar esse funcionamento tiver de ser através da gestão directa, há sempre formas de o fazer desde que se garanta a necessária transparência que sempre deve existir em tudo que seja um serviço público...

É que o encerramento conduz necessariamente a uma menor frequência do espaço circundante, à degradação da própria infra-estrutura e ao potenciar das situações de vandalismo - a não ser que a GNR passe a incluir aquele local nos seus roteiros preferenciais, nem que tenha de abdicar um pouco de uma das suas atribuições também preferenciais e que é a "caça à multa"...

publicado às 15:40

ALFENA - OS INVESTIMENTOS E OS "DANOS COLATERAIS"...

 

Conforme era expectável, foi hoje aprovado em reunião pública de Câmara, por unanimidade, o ponto 5 - colocação à discussão pública de um pedido de excepção ao PDM, para a construção de uma plataforma logística da Jerónimo Martins na conturbada zona junto à Chronopost.

Foram feitas todas as críticas que tinham de ser feitas - por parte da Coragem de Mudar - relativamente a este processo, nomeadamente uma que tem a ver com o facto de a Câmara em vez de agir no sentido de ter um projecto claro em relação às áreas do Concelho onde é possível investir, prefere reagir esporadicamente conforme vão aparecendo interessados - como parece ser o caso presente - valendo-se da figura das excepções ao PDM (o que se encontra em vigor) em vez de "dar à luz" aquele que já leva meses demais de atraso relativamente à data prevista para o "parto".

Foi aliás colocada a devida ênfase no facto de se ter iniciado um imenso desbaste de árvores e uma gigantesca movimentação de terras naquela área florestal, o qual ultrapassa em muito a única área aprovada legalmente e que é a da Chronopost, sem suporte legal para o fazer.

Seguem-se agora os vários anúncios a que a lei obriga, dando início à já referida discussão pública: o envio à CCDR-N de todo o processo, com os contributos entretanto recebidos, após o que esta entidade tomará uma decisão e a enviará à Câmara. Nessa altura, o Executivo, caso a resposta que tenha recebido seja positiva, elaborará uma proposta de deliberação que apresentará em reunião de Câmara, a qual, no caso de ser aprovada, deverá ainda ser alvo de ratificação em Assembleia Municipal.

Ora bem...

A grande questão que não pode deixar de ser alvo de muita atenção por parte dos alfenenses durante este período de discussão pública, é de que, independentemente da bondade do projecto, não pondo em causa a importância que o mesmo possa ter neste contexto difícil em que vivemos, nomeadamente no que se refere à criação de emprego, Alfena não pode esquecer-se de que a sua rede de saneamento básico em muitos pontos, funciona já nos limites (ou mesmo para além deles) - com frequência nos apercebemos de problemas graves na parte baixa da nossa Cidade (Rua 1º de Maio, Rua da Várzea, Rua Nª Senhora da Piedade, Rua de S. Vicente e outros pontos problemáticos).

E tanto assim é, que apercebendo-ae da gravidade da situação, a Câmara começou já há algum tempo a fazer uma série de contactos com proprietários dos terrenos à margem do Leça para reforçar/renovar o adutor que conduz à ETAR de Ermesinde.

Só que ao que parece, o processo encravou por erros da Câmara no processo negocial com alguns proprietários - na Câmara há pessoas com a "sensibilidade de um elefante numa loja de porcelanas": entram "a matar" e depois dá um trabalho dos diabos juntar os "cacos" e tentar compor tudo de novo...

Portanto alfenenses! Todos atentos à discussão pública, porque se não levantarmos agora (nesta fase) a questão dos efluentes que nos vão chegar vindos da Chronopost, Jerónimo Martins e sei lá quantas mais empresas, vamos ter "natação à borla" muitas vezes aqui pela parte mais baixa e não vai ser em água potável!

Ah! e para os mais especializados, uma atenção acrescida às minudências dos projectos - se é que os mesmos são para avançar - e respectivos cadernos de encargos!

publicado às 15:19

ALFENA - APROXIMA-SE A HORA DAS "COBRANÇAS DIFÍCEIS"...

O percurso ganhador para alguns (dos futuros autarcas valonguenses) começa (apenas) agora a manifestar-se - veja-se a entrevista concedida há cerca de um mês pelo nosso vice de Valongo ao Jornal "O verdadeiro Olhar" .

Mas para outros, já se iniciou há mais de um ano - veja-se AQUI as entrevistas das mais influentes figuras de Alfena, incluindo a do inefável Vereador Arnaldo Soares.

Merece no entanto um destaque especial, este pequeno "recorte" do nosso "dinâmico" homem de leis e presidente de junta da nossa cidade de Alfena:

"(...) Mas sejamos claros, acabamos de ganhar a Câmara à custa dos Unidos por Alfena, reconhecendo o bom trabalho que estamos a fazer, beneficiando do nosso apoio incondicional e esta afirmação (*) despudorada só pode querer dizer falta de solidariedade, falta de respeito e falta de consideração, para não dizer, falta de vergonha e esta, ou se tem ou não se tem (...)".

(*) A afirmação era de Hélio Rebelo, membro da Comissão Política do PSD e próximo do Presidente da mesma: (...)"O PSD tem condições para ganhar em Alfena (...)".

Portanto, nesta altura, já os Unidos estavam a fazer dois tipos de ameaça e a preparar o futuro que se avizinha:

Primeira: "Fomos nós (UpA) que os colocamos aí, portanto, caladinhos senão nas próximas, nós estendemos o projecto até Vallis Longus, onde até já temos preparado e apetrechado para o que der e vier, o nosso cavalo de Tróia!"

Segunda (e relacionada com a primeira): "Vão começando a "trabalhar" as mentes dos laranjas alfenenses no sentido de engolirem a segunda dose de "sapos", pois vão ter (de novo) de nos garantir a vitória folgada, sem cartazes com setinhas a apontar para o ar afixados na nossa terra!".

Às vezes vale a pena remexer um pouco nos arquivos e reler aquilo que em determinada altura pareceu a muitos uma simples reacção a quente, sem "segundas intenções e apenas relacionada com o contexto do momento...

publicado às 13:29

5º FEIRA: REUNIÃO PÚBLICA DE CÂMARA - O REGRESSO DO GARIMPO DE ALFENA (OU VALONGO?)

Férias gozadas, baterias   recarregadas, parece que os nossos autarcas executivos - a avaliar pela ordem de trabalhos da próxima reunião pública de Câmara (5ª feira pelas 10 horas) - regressaram com o "gráfico" da carga no pico máximo...

Dispenso-me de anexar a cópia da mesma, tal a sua extensão e aridez em termos de assuntos relevantes - mas sobretudo, porque disfarçado no meio de tantos assuntos, existe um que, vá-se lá saber porquê, me fez acender uma série de luzinhas de aviso aqui no meu "painel de controle" (ver recorte ao cimo).

Ora bem...                                                                                           

Do que se trata afinal, ao que parece,  é de que os nossos investidores da "zona Industrial de Alfena" (a tal que se calhar já nem é de Alfena mas sim de Valongo e de Sobrado) têm a clara intenção de contornar a "dificuldade" resultante da publicação da Portaria 260/2011 de 1 de Agosto, que dando embora "luz verde" à maioria das pretensões dos mega investidores do (antigo) garimpo de Alfena, remete a aplicação prática das mesmas para depois da publicação da alteração do PDM que ainda anda às voltas no espaço intergaláctico.

Até lá, vigora o actual PDM, pelo que este ponto 5 e último da ordem de trabalhos mais não é senão o regresso ao velho assunto já chumbado por mais que uma vez em reunião de Câmara - para já, tentando aprovar a abertura de um período de discussão pública, para depois, regressarem (de novo) com o mais que massacrado pedido de excepção ao PDM.

Portanto, como dizia o outro "quem porfia mata caça" e o gabinete Dr. Arnaldo Soares & Associados (ou vice-versa) vai tentar um terceiro round (ou o quarto, que já lhes perdi a conta...) para reactivar a actividade de garimpagem, agora que os metais preciosos, sobretudo o ouro, estão em alta nos mercados.

Vão estar com o coração dividido (!) e a sangrar - ele que é um alfenense dos "sete costados" e mais o seu sucessor e continuador do projecto de transformar Alfena numa terra óptima para obter bons retornos para os investimentos - e bons retornos, significam por enquanto e no presente, multiplicar pelo menos por 10 o valor investido, dado que quanto ao futuro e devido à sua incompetência, tudo indica que os "royalties" vão ser pagos a Sobrado (ou Valongo, que também já me perdi nas diversas versões dos limites que vêm sendo reivindicados por cada uma das freguesias)...

É óbvio portanto, por todas estas razões e mais umas quantas que me dispenso de referir,  que o factor multiplicativo 10 vai falar mais alto do que o seu "amor incontestado" a Alfena (!)

Pior ficam todos aqueles que após secessivos assédios dos "testa de ferro" começaram a vender terrenos com pinheiros e eucaliptos "ao preço da uva mijona" - direi mesmo que vão ficar "pior que estragados" ao ver a velocidade com que as referidas plantas vão ser substituídas pelo gigantesco garimpo de onde brotarão, qual nascente de águas cristalinas, toneladas e toneladas de metal reluzente - tão reluzente que estou em crer que alguns dos "indrominados" quase ficarão cegos (de raiva).

Resumindo e concluindo, agora começamos a perceber porque é que a revisão do PDM demora tanto a sair:

É mais "rentável" - sobretudo agora em que a CCDR-N já deixou de impedir o garimpo - fazer alterações pontuais ao anterior e manter o novo em "banho maria" o máximo de tempo possível.

Para haver coerência por parte da oposição - Coragem de Mudar e Partido Socialista - este assunto só pode merecer a mais viva reprovação, se não agora na abertura do período de discussão pública, pelo menos aquando da discussão da proposta de excepção!

Querem garimpo? Então façam-no de acordo com a Lei: iniciem o "trabalho de parto" dando à luz o novo PDM e depois, conforme estabelece a Portaria já citada, quais mães africanas a executar as lides rurais, ponham o "bebé" às costas e lancem-se lá na garimpagem, mas sem habilidades saloias nem cantigas de embalar meninos - que é aquilo que o arquitecto Victor Sá (incumbido pelos seus superiores, evidentemente) tenta fazer na instrução desta proposta que agora vai ser presente à reunião de Câmara.


PS: Faltou só dizer - vejam lá a minha desatenção! - que este futuro pedido de excepção ao PDM, se baseia num PIP (pedido de informação prévia) apresentado pelo grupo Jerónimo Martins, para a construção de uma plataforma logístico/industrial (!) que promete criar cerca de 400 postos de trabalho - Sócrates foi mais ambicioso: prometeu 150 mil, o Grupo Trofa Saúde um "pouco menos", com a construção do Hospital privado de Alfena.

Por enquanto, o primeiro criou "postos" negativos (ou desemprego para os menos habituados a esta terminologia) e o segundo, veremos agora em Novembro aquando da inauguração (?)

 

publicado às 14:24

O MINISTRO "ANTI-MILAGRE"...

 

Agora é oficial: temos um estado e também um governo laicos

Pela voz soporífera e autorizada do ministro das finanças -  no decurso da sua última aula na "universidade de verão" do PSD tivemos a possibilidade de confirmar duas coisas de que já desconfiávamos:

Primeira:  o homem tem sem sombra de dúvidas, propriedades anestésicas.

Segunda:  que "milagres não são possíveis".Esta última afirmação, apreciada assim fora do contexto em que foi produzida, até merece a minha concordância. Não sei é se a Conferência Episcopal não irá reagir, considerando-a uma incursão abusiva por parte de um membro do governo, numa área em que por vontade própria, o Estado optou pelo laicismo.Que os milagres são (apenas) uma questão de fé e essa, tal como a "água benta" cada um toma a que quer, já sabemos e o facto de uns e outros concordarem ou discordarem sobre o assunto, já não é motivo de guerra - pelo menos a nível das sociedades livres e civilizadas.

Daí que não me preocupe nem um pouco com os inofensivos vendedores de milagres que ao toque do sino ou não, usando estola e batina ou vestes seculares,  inofensivos, bem falantes, queimando incenso ou aspergindo água benta para acelerar o processo e cobrando valores variáveis pelo serviço - o óbolo (leia-se custo do serviço) deve ter sempre em conta a capacidade económica dos candidatos a "miraculados" - mas sim este tipo de gente, treinada no uso do PowerPoint e outros recursos multimédia e que - pasme-se! - às vezes até sabem manipulá-los com inusitada destreza.

E preocupo-me, porque aqui a técnica, os recursos e o discurso estão ao serviço de uma outra causa que não é laica, ateia, ou sequer indiferente em termos de fé.

No caso deste ministro e do governo que o suporta, eu acho que a coisa passa-se exactamente ao contrário:  eles estão empenhados no "anti milagre"!

Só assim faz algum sentido e se percebe vagamente a "lógica" de algumas medidas que têm vindo a ser tomadas e o percurso que nos anunciam até 2015.

Aquilo que fazem - pior ainda, aquilo que se propõem fazer - visa pura e simplesmente impedir que, seja por via do "milagre", seja pelo empenho acrescido dos portugueses, seja por qualquer outra razão intrínseca ou extrínseca, o País não caminhe no sentido de atenuar diferenças e criar uma maior justiça social com base na igualdade de oportunidades, mas pelo contrário, se transforme - tal como a Europa já o é - "num País a duas velocidades", sendo que uns quantos, circularão puxados por centenas de "possantes cavalos" e outros (a maioria) só o poderão fazer a passo - um passo cada vez mais lento por falta de alento.

publicado às 21:46

"NÃO HÁ ALMOÇOS GRÁTIS" - E MUITO MENOS EM ALFENA...

Sei que aquilo que vou escrever, é politicamente incorrecto, sobretudo, porque toca numa área sensível e mexe com interesses respeitáveis de um estracto da nossa população que nos deve merecer toda a atenção e todos os "mimos" que humanamente seja possível prodigalizar-lhes - a nossa população sénior, escalão em que eu próprio já me integro sem nenhum complexo.

No próximo dia 20 de Setembro e de acordo com o anunciado, a Junta de Freguesia vai organizar mais uma vez e a exemplo de anos anteriores, o habitual passeio.

Só que, como todos sabemos, este não é um ano "normal", nem as dificuldades que todos sentimos são aquelas a que infelizmente já nos vínhamos a habituar: Despedimentos, cortes de salários e subsídios, aumento de impostos e do preço dos transportes electricidade, gás, taxas moderadoras da saúde e sei lá que mais, são agravamentos dolorosos relativamente a uma situação que já doía demais!

A Câmara essa, está como todos sabemos, falida e não tarda nada terá que reduzir o número de chefias, despedir pessoal, cortar apoios, limitar o acesso aos equipamentos sociais (piscinas, pavilhões, etc).

Por todas estas razões, será que é uma medida de boa gestão manter o referido passeio anual?

Sabendo como sabemos, que são sobretudo os nossos idosos aqueles que mais sofrem com a crise instalada e que se irá ainda agravar, seria assim tão difícil convencê-los a prescindir este ano de um dia que acreditamos possa até ser diferente e bem agradável, mas exactamente por isso, os fará sentir ainda com mais intensidade o choque com a realidade que os espera no regresso e que continuará até ao próximo passeio?

Não prefeririam eles que o montante que a Junta vai gastar - e que não é pequeno, até porque como sabemos, o passeio não é só para os idosos mas também para a vasta "comitiva do costume", alguns com funções de apoio perfeitamente justificáveis, outros (apenas) pelas razões que nós sabemos - que esse valor fosse aplicado em apoios que às vezes escasseiam ou nem sequer existem?

Como se costuma dizer em altura de eleições, "não há almoços grátis" e este passeio e os "pequeno e grande almoço" incluídos, também não o serão!

Na altura das eleições, alguém vai seguramente encarregar-se de lembrar aos agora mimados (apenas) por um dia, a factura e a necessidade de a compensar com uma cruzinha no sítio "certo"

Termino como comecei: com a noção de que o que acabo de escrever é politicamente incorrecto em termos de estratégia política, mas mesmo assim assumo esse custo e tenho a certeza de que muitos dos beneficiados com o passeio estarão de acordo comigo!

publicado às 14:56

SERVIÇO PÚBLICO - REUNIÃO PÚBLICA JF DE ALFENA

Na próxima reunião pública de Junta (ver edital abaixo) regressados de férias e com as baterias totalmente recarregadas, teremos seguramente a oportunidade de constatar que os nossos dinâmicos e batalhadores autarcas não se terão limitado a torrar num qualquer areal à beira mar plantado - isto, porque todos sabemos que Alfena lhes preenche os pensamentos quase a tempo inteiro - e vão, tenho a certeza dar-nos conta dos múltiplos projectos que vão atormentando as suas noites de insónia e que têm mantido até ao momento, em "stand bye".

É do senso comum, que manter "cozinhados" importantes demasiado tempo no fogão, ainda que apenas em moderado "lume brando" pode resultar em que os mesmos acabem estorricados...

Acontece que mesmo com a chama no mínimo, existe consumo de energia, mas por outro lado, os tempos que correm não vão de feição a que se possa terminar a confecção dos mesmos devidamente apurada e de acordo com as "boas práticas culinárias" em uso no Burgo. 

O problema é pois, o de ter prometido demasiado e a demasiada gente, que iriam ter uma mesa farta e agora, face à conjuntura, se corre o risco de ter de lhes apresentar (apenas) uns vulgares salgadinhos para tentar ir entretendo até às eleições.

Não sei não! Esta gente de que falo, é de muito alimento e pelo "roncar" do respectivos bandulhos - que já se começa a fazer ouvir - duvido que haja lábia suficiente para os aguentar até lá com "pastéis de bacalhau e fatias transparentes de queijo".

Eu diria que estamos numa espécie de ponto de viragem em que o dilema dos nossos dinâmicos autarcas é um pouco como o daquela conhecida frase brasileira: "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come".

Veremos pois...


publicado às 13:15

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