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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

SERVIÇO PÚBLICO - REUNIÃO DE CÂMARA DE 3 DE MAIO...

No próximo dia 3 de Maio, à hora do costume (10 horas), no Salão Nobre do costume (com o vice presidente do costume?) teremos reunião pública de Câmara - naturalmente a primeira do mês.

Ao contrário do costume, esta tem uma agenda visivelmente mais preenchida, embora também como de costume, sem assuntos de especial relevância na Ordem do Dia, o que quer dizer que novamente como de costume, o ponto de maior interesse seja naturalmente o que antecede a Ordem do Dia.

Como se pode constatar pela 'ementa' que se segue, tudo assuntos relativos à rotina normal da Câmara - "ponto nº 1. Quem vota contra, quem se abstém? Aprovado por unanimidade" e por aí adiante da mesma forma e na mesma cadência monocórdica do costume - de há uns tempos a esta parte.

Assuntos quentes, daqueles que se encontram na gaveta e que, conforme sugeriu numa das reuniões anteriores o Dr. Pedro Panzina da Coragem de Mudar, deveriam começar a vir a estas reuniões quase vazias de conteúdo relevante, por enquanto nem vê-los!

Infelizmente e como de costume, constatamos que a Câmara 'fechou para obras'

 

publicado às 23:41

VALONGO E O (ETERNO) PROCESSO DE REVISÃO DO PDM...

 Aceitam-se apostas...

Se aquilo que escrevi no 'Take 2' - AQUI- se concretizar, isto é, se a tutela aceitar retirar a limitação imposta pelo ponto 3 da Portaria 260/2011 de 1 de Agosto(nova Carta REN de Valongo)-  (...)

Artigo 3.º

Produção de efeitos

A presente portaria produz os seus efeitos com a entrada em vigor da revisão do Plano Director Municipal de Valongo" - proposta pela CCDR-N, através da Directora dos Serviços de Ordenamento do Território, Drª. Célia Ramos, eu que detesto apostas, abro uma excepção e aposto que até final do actual mandato, não teremos o novo PDM de Valongo aprovado e publicado.

É que o paradigma de Valongo - excepções pontuais - é mais rentável, porque permite a 'discriminação positiva' dos investidores alinhados com o sistema...

É evidente que neste caso concreto, desde já declaro, que ao contrário dos apostadores normais, eu ficaria contente se perdesse!

publicado às 13:45

CÂMARA DE VALONGO - "FOGUETÓRIO" INCONSEQUENTE E INESPERADAS CONIVÊNCIAS...


O recorte da noticia publicada no Jornal Voz de Ermesinde, mais vírgula menos vírgula relata de forma correcta  a surreal reacção dos vereadores face à minha intervenção.

Não que tenha uma importância por aí além, mas omitiu apenas as 'achas para a fogueira' que Pedro Panzina já 'levava debaixo do braço para a alimentar' ao citar - obrigado pela distinção - algo que escrevi num outro contexto, mas sobre o mesmo assunto:

"Ficaram mudos e calados perante as 'diatribes' do ditador"...

Obviamente, João Paulo Baltazar aproveitou para explorar o tema e embora se registe a sua falta de sentido de oportunidade e de rigor e sobretudo, por à maneira do seu número um, me 'desafiar a pedir desculpas à Câmara' para de seguida não me permir que clarificasse a pergunta, acabou por proferir as palavras certas, respondendo ele próprio sem dar por isso à parte mais relevante da questão:

É claro que só uma interpretação arrevesada do sentido da minha pergunta é que podia inferir que eu pretendesse que a acusação de Fernando Melo não constasse da acta da reunião de 1 de Março - não foi por acaso que eu requeri um exemplar certificado da mesma, bem como da sessão anterior, pagando cerca de 13 euros por cada uma, elementos que eram essenciais para suportar a queixa-crime por denúncia caluniosa que já apresentei no Ministério Público!

O cerne da questão, residiu portanto e unicamente, na acusação de conivência - colaboracionismo, falta de coragem, chamem-lhe o que quiserem -  pelo facto de terem ficado todos 'mudos e calados perante as diatribes do ditador', quando a única atitude digna - sabendo que a acusação que me fazia não tinha o mínimo fundamento - teria sido a de exigirem uma pequena interrupção dos trabalhos (a reunião ainda não tinha sido encerrada) para que o presidente mandasse trazer a acta da reunião anterior.

As palavras são apenas isso, palavras, mas estas que aqui deixo, têm um claro significado sobre o qual - novamente num outro contexto - também já escrevi:

Os Vereadores - todos eles, mesmo os pertencentes a grupos independentes - estão ali, não em representação de si próprios mas de alguém que promoveu a sua eleição e procura (ou deve) apoiá-los no exercício da sua função - Partido político ou coligação, ou finalmente, a estrutura do  tal grupo independente.

Existe sempre - ainda que mais ténue no último caso - uma ligação formal à organização que representam, perceptível aliás, nos documentos que usam, na forma como se auto designam ou são designados pelos outros.

Não significa isto, que se exijam solidariedades com intervenções de algum elemento do público presente, ainda que a camisola que veste possa ser da mesma cor da que eles vestem ou já vestiram.

As solidariedades não se exigem não constam de nenhuma 'lei de compromissos' nem tanto quanto sei, de qualquer versão de estatutos ou regulamentos internos partidários ou para-partidários, mas que fica sempre bem, isso fica!

Ficando em silêncio, avalizaram irremediavelmente o disparate e foram coniventes com as 'diatribes'.

Tenho a certeza que não foi com essa intenção que o fizeram, mas acabaram por me beneficiar com a sua falta de coragem - ou com o seu excessivo tacticismo -  e pode ser que por isso mesmo me disponha a pagar-lhes um almoço se o Ministério Público resolver avançar com a queixa-crime e com o correspondente ressarcimento por danos - morais e não só - que dela resultar.

 

 

publicado às 22:58

VALONGO DO COSTUME - TERRA DE 'PÂNTANOS EM ZONA DE ENCOSTA'...

Take 1: - A 'AMAMENTAÇÃO'

 

Valongo ontem teve a sessão ordinária de Abril da sua Assembleia Municipal AQUI anunciada.

Aprovaram-se os documentos que a lei determina que sejam submetidos a este Órgão, uns por maioria, outros por unanimidade, mas entre tanta discussão árida relativamente às "contas consolidadas" de 2011 houve ainda lugar para a entrada do humor:

Rogério Palhau, presidente de Junta de Alfena e deputado por inerência, que ultimamente tem andado muito crítico - melhor assim ou melhor na subserviência anterior? Resposta óbvia! - para dizer que olhando para as contas apresentadas, parece que nas escolas de agora o resultado que se aprende para a soma de 'dois mais dois' já não é o que era.

Dada a provecta idade do presidente/ausente - que novidade! - da autarquia falida, o resultado da tal soma (ainda) deveria ser igual ao de antigamente. Porém, devido à sua permanente ausência em serviço o que o força a deixar a Câmara entregue a gente mais jovem, o resultado é o tal 'erro' que Rogério Palhau fez questão de registar.

Depois foi José Manuel Ribeiro, da bancada do Partido Socialista e bem ao seu estilo, a resolver ontem falar 'mesmo para a cadeira vazia' do presidente e não para o seu substituto natural e habitual, presente na mesa, João Paulo Baltazar. Foi um bom momento de humor, apesar de alguns - que novidade! - não terem gostado.

Não reparei se a cadeira vazia tinha algum dispositivo de videoconferência ligado, mas se tinha, o titular já deveria estar a repousar, porque não se pressentiu nenhuma resposta.

Claro que as críticas feitas por José Manuel Ribeiro, não ficaram sem a resposta do vice presidente e habitual presidente em exercício, que não se fez rogado e começou a 'traduzir' para todos - público incluído - as 'respostas' da vazia cadeira.

Também não consegui confirmar se tinha colocado na 'vice presidencial orelha' algum auricular com ligação bluetooth ao espaldar do presidencial e vazio assento...

Foram aprovadas todas as contas - incluindo as do SMAES que só existe virtualmente - com mais ou menos votos, cuja contagem não me dei ao trabalho de contabilizar, mas que fazem jus àquela recente frase de um dos membros da oposição na Câmara e que eu vou citar de memória:

"O documento que nos é presente,está correctamente elaborado e reflete a verdade dos resultados. Deveria por isso merecer o nosso voto favorável. Mas como os resultados que reflete são péssimos e merecem o nosso voto contra, optamos pela mediana das duas posições possíveis e abstemo-nos'.

Um verdadeiro tratado de assertividade oposicionista, que me faz pensar naquela sentença de condenação à morte, que o advogado de defesa do condenado comentou assim:

"Não vou recorrer porque embora tenha conseguido demonstrar que o meu constituinte não cometeu nenhum dos crimes de que foi acusado, o acórdão do Tribunal está tão bem redigido, com o libelo acusatório tão bem estruturado, as vírgulas todas no sítio certo, os parágrafos numa sequência lógica e fluida, ausência total de gralhas ou erros ortográficos, que não consigo pôr em causa tão excelente trabalho. Por isso 'abstenho-me' do recurso".

Valonguenses e condenado, devem ficar muito sensibilizados com estas apreciações qualitativas da forma em vez do conteúdo!

É claro que o episódio do advogado de defesa é ficção, mas a 'amamentação' que continua a ser prodigalizada a Fernando Melo não é!


Take 2:  JERÓNIMO MARTINS - VAMOS LÁ COM CALMA!

 

Já estamos habituados a ver por aí os 'bois na posição errada em relação ao carro, isto é, atrás do mesmo'.

Também já estamos habituados a ver as entidades públicas que têm por missão velar pelo cumprimento da legalidade, fazerem muitas vezes o contrário - por acção ou omissão - mas sempre com idênticos resultados.

É o que aparentemente, a CCDR-N está a fazer com o processso de excepção pontual ao PDM, para a possível instalação da Jerónimo Martins em Alfena e que acaba de aprovar - zona do 'aeroporto internacional de Alfena'.

No primeiro documento abaixo, a CCDR-N dá conta dessa aprovação e alerta para a imposição estabelecida na Portaria 260/2011 onde é referido que a nova Carta REN de Valongo só produz efeitos após a publicação do novo PDM, sendo que até lá vigora a Carta REN anterior, mas informa que já solicitou à tutela a alteração do ponto 3 da referida Portaria (onde esta limitação se encontra vertida)!

Como anda diligente a Drª Célia Ramos e como se substitui aos interessados no pedido à tutela!

Talvez porque se fossem eles a solicitá-lo, dariam mais nas vistas, fazendo vir ao de cima aquele manancial de notícias sobre especulação imobiliária e o enriquecimento ilícito. Aquela zona já está desde há muito - e à margem da lei - preparada para receber as obras e se fossem os 'favorecidos' a solicitar a retirada da medida cautelar do ponto 3 da Portaria 260/2011, talvez fizessem ainda recordar que todos aqueles terrenos foram percorridos por incêndios e estão por isso ao abrigo de medidas de protecção.

Vamos lá pois devagar e a 'bater a bolinha baixo que o guarda redes é anão'!

Antes ainda vão ter de nos dar conta do relatório das visitas do SEPNA da GNR ao local, das eventuais contraordenações aplicadas e de tudo o que resultou da apreciação de todas as denúncias efectuadas - algumas já nas mãos do Ministério público!

 

 

publicado às 10:55

"DESCALÇA VAI PARA A FONTE (...) FORMOSA, E NÃO SEGURA"...


Este espaço foi hoje visitado Pela Câmara Municipal de Valongo - sem ser 'às escondidas', e de forma assumida. Obrigado pela simpática visita. 'Sirvam-se' à vontade e voltem sempre...

 

Logo hoje por razões já AQUI explicadas, tive de chegar atrasado à reunião de Câmara!

Não sei se houve Porto de honra ou quiçá um copito de Barca Velha 1966 para comemorar o regresso do ilustre 'desaparecido em combate'.

A verdade é que hoje, sua excelência 'gostou' de ser o presidente, relegando para segundo plano o presidente em exercício das costumeiras reuniões.

E apesar de eu ter entrado no nobre salão já quase na parte das despedidas, ainda deu para ver, que apesar do tempo que tem andado a fazer caretas, sua excelência apresentava um ar primaveril - pareceu-me até rejuvenescido - animado talvez pela patriótica tarefa de vir (ainda) a tempo de salvar Valongo dele próprio...

Mas se foi isso que hoje lhe deu forças para abandonar o robe e as pantufas e fazer o incómodo percurso até ao nobre edifício, não foi hoje ainda que ganhou coragem para informar os seus pares das suas nobres intenções.

Como de costume, despediu-se deles da forma habitual, corrijo, da forma não habitual, que de há uns tempos para cá não é fácil captar-lhe um sorriso. Mas hoje sua excelência até exibiu a excelentíssima prótese antes de se recolher ao excelente conforto do excelente gabinete onde tem desenvolvido o 'excelente ' trabalho que todos os valonguenses lhe agradecerão, sobretudo quando deixar de o fazer.

Passou por mim que como já disse, cheguei tarde e talvez por isso, ou por outro motivo qualquer, nem com um leve aceno me brindou - ao contrário da sempre simpatiquíssima Drª Maria Trindade que o acompanhava e que me cumprimentou da forma habitual.

E naquele cruzamento fugaz de olhares sem aceno de cabeça da parte dele em resposta ao meu, qual relâmpago ou disparo de flash, uma estranhíssima associação de ideias me perpassou pela mente, fracção de segundos que me conduziu a uma também fugaz revisitação das redondilhas de Camões, para a qual não consigo avançar nenhuma explicação, nem qualquer ligação plausível por vaga que seja. Há coisas que não se explicam...

 

REDONDILHAS DE CAMÕES

LEONOR

DESCALÇA VAI PARA A FONTE

Cantar Velho

Descalça vai para a fonte
Leonor, pela verdura:
Vai formosa , e não segura (...)

publicado às 23:31

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VALONGO - CUMPRIR CALENDÁRIO E POUCO MAIS...

 

Amanhã, conforme já AQUI anunciei, terá lugar uma sessão da Assembleia Municipal, onde no cumprimento das determinações legais, se aprovarão por maioria, documentos importantes - seguramente com alguns votos contra, seguramente com algumas abstenções, com declarações de voto mais ou menos inflamadas para tentar esconder o facto incontornável do voto mesmo que seja 'apenas' uma abstenção, ser sempre um voto contra os interesses dos valonguenses.

A Câmara essa, chamada a dar uma palavra sobre os mesmos - previsivelmente pela voz do seu vice presidente e presidente em exercício, que à hora a que decorrerão os trabalhos sua excelência, que já não gosta de ser presidente, já estará recolhido - vai dizer (como sempre) sobre o relatório do auditor externo, que se sente muito confortável, apesar de o mesmo fazer parte do aparelho partidário do PSD.

(Abro aqui um parenteses para dizer que não tenho competência para colocar a mínima dúvida que seja sobre o rigor do mesmo trabalho, mas apenas para uma vez mais, lembrar que 'a mulher de César além de ser séria, tem também de parecer que o é').

Provavelmente, vamos ouvir uma ou outra declaração de voto idêntica à produzida na reunião de Câmara de 29 de Março pelo 'meu lado' da Mesa - o que não quer necessariamente dizer que eu tenha que estar inevitavelmente de acordo com somas de resultado zero (-100% +100% = 0) que é aquilo que as abstenções em relação à gestão de Fernando Melo significam.

Sobretudo, quando nem sequer me tentam convencer previamente das eventuais virtualidades de tal decisão.

Eis a declaração - um verdadeiro exemplo da 'redondeza do quadrado':

"Interveio o Senhor Vereador, Dr. José Pedro Panzina, declarando que os eleitos da Coragem de Mudar tinham-se abstido na votação do documento, uma vez que o relatório (do SMAES) traduzia a realidade das contas dos SMAES, e como tal merecia um voto favorável, mas porque a realidade que demonstrava era má, merecia o voto contra daqueles eleitos que, nesse voto de abstenção, pretendiam encontrar a mediana entre os dois sentidos de voto" (sic).

Não prevejo do 'meu lado' de amanhã tamanha incongruência - porque afinal Câmara e Assembleia, são realidades muito diferentes - e aqui falo em relação a todas as forças políticas, cujo posicionamento não tem de seguir sempre aquele que é seguido em termos de Câmara.

De qualquer forma, com mais ou menos conforto por parte do presidente em exercício, com mais ou menos declarações de voto de resultado zero com mais ou menos calor nos discursos, o que amanhã se decidirá (já) não representa nada para o interesse dos valonguenses.

2011 já lá vai há uma data de tempo e à conta dele e dos desvarios de que amanhã nos darão conta, já 'morreram' umas quantas empresas no nosso Concelho e outras tantas estarão em vias de receber a 'extrema unção'.

O que verdadeiramente faria sentido - mas para isso era necessário que as oposições tivessem verdadeiro sentido de responsabilidade - seria dar o abanão de misericórdia no edifício do poder e o Povo fosse chamado a pronunciar-se em intercalares que pusessem fim a esta agonia lenta.

Mas nisso, parece que ninguém está por enquanto interessado, pois as respectivas contagens de espingardas ainda estão a decorrer e até lá, ninguém se atreve a abanar muito.

publicado às 20:50

EU ARGUIDO, EU LESADO - E A SAGA CONTINUA...

Bem...

Lá fui hoje como previsto, dar trabalho ao Ministério Público - novo Tribunal de Valongo, com óptimas condições de funcionamento, bons acessos, estacionamento sem constrangimentos e pelo que vi também, dotado de gente profissionalmente competente e simpática.

Às vezes temos uma ideia errada sobre os Tribunais, atulhados de papéis, com gente stressada e por via disso, ás vezes menos simpática no atendimento, sobranceira por reacção defensiva ao comportamento de uma parte dos cidadãos que lhes passam pelas mãos - e como no caso que hoje lá me levou, pelo trabalho absolutamente desnecessário com que os fiz perder tempo.

Mas não foi nada disso que pude constatar e tenho muita pena se aquilo que se anuncia - retirada de competências ao Tribunal de Valongo, com a sua transferência para Gondomar ou Porto - se vier a concretizar.

Não me levou lá, ao contrário do que Fernando Melo anunciou publicamente na presença de valonguenses e jornalistas na reunião de Câmara de 1 de Março passado, uma queixa 'por lhe ter chamado vigarista na reunião anterior'.

O homem já confunde tudo e confundindo tudo, enrola-se irremediavelmente na teia que ele próprio tece.

A queixa dele, tem a ver com o meu Blog - com o que politicamente escrevo sobre a imagem de corrupção que a Câmara de Valongo faz passar para o exterior e que os jornais aproveitam para transformar em notícia.

E também, pelo facto daquilo que escrevo não poder ser dissociado do  facto de ser membro da Direcção da Coragem de Mudar - uma parte da oposição que o tem incomodado de facto.

Depois, como quase sempre acontece, Fernando Melo em vez de tomar medidas para que a notícia não aconteça, nomeadamente adoptando uma prática capaz de por si mesma as desmontar, persegue o mensageiro, quando não tenta 'matá-lo' através do 'habitual processo de tortura' que ele, desactualizado que anda, ainda imagina que seja a prática normal dos Tribunais para obterem a pretendida confissão de factos não ocorridos.

Felizmente (infelizmente para Fernando Melo) já não é assim que a justiça funciona.

Felizmente que a máquina humana de base (e não só) da nossa justiça já não é como ele a imagina.

Do que ele se queixou, foi sobre o que eu tenho andado por aqui a escrever - isto é, tentou atingir o mensageiro esquecendo-se da notícia que a partir de vários jornais e outros blogs, vai alimentando a mesma.

Foi uma audição simpática com uma Funcionária simpática a escrever o que precisava de ser escrito e a esclarecer-me com todo o detalhe sobre os meus deveres e direitos como arguido.

Para quem como eu não tinha experiência destas coisas, foi uma boa 'primeira vez'.

Claro que saí de um gabinete e entrei noutro, com a Acta certificada da reunião de Câmara de 1 de Março, onde na página 38 é referido - "Interveio o Senhor Presidente da Câmara, Dr. Fernando Melo, dizendo que o Senhor Munícipe, Senhor Celestino Neves, na ultima reunião tinha referido que ele era um vigarista, informando que tinha posto uma acção em Tribunal e o Senhor Munícipe teria de responder pelo que havia dito" - para apresentar uma queixa crime por 'denúncia caluniosa', feita com pompa e circunstância, na presença do público e vários jornalistas e que para aqueles que me conheçam menos bem, deve ter deixado - imagino eu - uma imagem nada 'simpática' sobre o tipo de cidadão que eu sou.

Não era minha intenção à partida 'pagar na mesma moeda', mas perante a completa falta de dignidade de uma pessoa que me faz ir ao MP com um objectivo, quando à partida já sabia que o motivo era outro, outra coisa não podia fazer!

Agora é só esperar que tal como acredito, a justiça tenha maior discernimento do que este tipo de autarcas, que perante uma Câmara em ruínas e a cair aos poucos, incumpridora das suas mais pequenas obrigações e compromissos, ainda encontra tempo para se entreter com este tipo de litigância de má fé.


PS: Ainda consegui chegar a tempo do final da reunião de Câmara - e também a tempo de fazer levantar de surpresa, uma série de cabeças na mesa - talvez por imaginarem que o 'cliente do costume' pela primeira vez tivesse prescindido do enorme prazer com que os poucos valonguenses que por ali vão passando nestes 'quatro dias solenes' de cada mês para se deleitarem com a imensa imensa panóplia de assuntos 'relevantes' que ali são abordados e com a sabedoria e o assinalável 'discernimento' com que costumam ser tratados.

 

 

publicado às 15:24

QUE VIVA - EM BREVE - UM NOVO 25 DE ABRIL!

 

HINO DE CAXIAS (*)

Longos corredores em trevas percorremos
Sob o olhar feroz dos carcereiros
Mas nem a luz dos olhos que perdemos
Nos faz perder a fé nos companheiros

Vá camaradas mais um passo
Já uma estrela se levanta
Cada fio de vontade são dois braços
E cada braço é uma alavanca

Oiço ruírem os muros
Quebrarem-se as grades de ferro da nossa prisão
Treme, carrasco que a morte te espera
Na aurora de fogo da libertação

Cortam o sol por sobre os nossos olhos
Muros e grades fecham horizontes
Mas nós sabemos onde a vida passa
E a nossa esperança é o mais alto dos montes

Podem rasgar meu corpo à chicotada
Podem calar meu grito enrouquecido
Para viver de alma ajoelhada
Vale bem mais morrer de rosto erguido


(*) Este hino foi criado por um grupo de presos políticos encarcerados no forte de Caxias, em 1954

publicado às 00:00

POR UM NOVO 25 DE ABRIL!

 Não foi para 'isto' em que transformaram o nosso querido rectângulo, que os heróicos militares de há 38 anos atrás, abdicaram de uma noite repousada!

Não foi para encherem as prateleiras do poder, de sabujos e comedores de OGE (orçamento geral do Estado) que Salgueiro Maia se conteve - e aos seus - até ao limite, evitando o descambar dos acontecimentos para extremos onde sabendo-se como se entra, nunca se sabe como se sai.

Não foi para comprar submarinos e aviões topo de gama - para os quais agora não temos sequer dinheiro para pagar os 'sobressalentes' e fazer os upgrade tecnológicos imprescindíveis - que as praças se encheram de Povo logo a seguir e igualmente oito dias depois, naquele 1º de Maio memorável!

Não foi para vermos o 'IMC' (índice de massa gorda) dos políticos a disparar para números inimagináveis.

E a 'massa gorda' dos políticos é, como todos sabemos, muito mais letal (para o povo que eles cavalgam) do que aquela de que com algum esforço me procuro libertar, embora esta só me prejudique a mim próprio.

Não foi para vermos a desigualdade feita regra - uns quantos têm tudo aquilo que falta a quase todos - nem para ver os defensores do paradigma da 'democracia representativa' que os heróis de Abril generosamente lhes colocaram nas mãos, a usarem-na no sentido absolutamente inverso do pretendido:

("Eu prometo-te o céu se me deres o teu voto - uma vez, duas vezes, muitas vezes (vezes demais durante estes 38 anos!). E de cada vez que eu te prometer isso,  tu deves fingir que acreditas que eu te estou a dizer a verdade!

Depois, deves fingir igualmente que ainda não te apercebeste de que eu tenho caminhado ao longo destas quase quatro décadas montado na tua cerviz!").

Estas basicamente - com pequenas nuances - têm sido as regras do 'jogo' que todos os  políticos nos têm imposto e nós temos, uns mais passivamente do que outros, mas nunca  ultrapassando as barreiras do que se exige a um 'obediente servidor', permitido que prevaleça SOBRE OS PRINCÍPIOS DE ABRIL.

Estamos fartos deles todos!

No Parlamento, na Presidência da República, nos Tribunais, nas Câmaras Municipais, nas Juntas de Freguesia - e nos restantes Órgãos autárquicos - estamos fartos de colidir diariamente com o seu 'índice de massa gorda' de vermos a nossa imagem de revolta devolvida pelo brilho reluzente dos seus carros topo de gama pagos por todos nós, de queimarmos os nossos neurónios a fazer contas de cabeça para calcular quantos pacotes de arroz, quantos quilos de pão, quantas caixas de fruta, quantas boiões de papa para bebé poderiam ser comprados com o que custa cada um desses popós.

Quantos hectolitros de sopa quente, quantas mantas, quantas torradas, quantos litros de leite quente com cevada poderiam distribuir-se aos milhares de sem abrigo.

Quantos cabazes de ajuda alimentar, quantos pequenos almoços e almoços escolares. Quantos isto, quantos aquilo...

Quantos demais para continuarmos pacificamente a ser cavalgados pelo monstro!

Amanhã, tal como a Associação 25 de Abril já disse não há nada para comemorar.

Talvez houvesse muitas desigualdades para derrubar, mas para isso, é preciso ainda que os humilhados e ofendidos consigam dar as mãos, gerando a indispensável corrente de energia para o fazer e isso infelizmente também tem (ainda) de ser construído e solidificado!

 

publicado às 19:25

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