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(A primeira página da edição de amanhã)
A situação que todos podemos constatar em Valongo, desgosta-nos profundamente.
'Morto e enterrado politicamente' Fernando Melo, o que se esperaria, era que o novo presidente quisesse apresentar uma nova 'imagem de marca' uma espécie de novo logótipo traduzido numa postura diferente, em opções gestionárias diferentes numa reavaliação e quando fosse o caso, nas respectivas correcções da máquina que herdou ou pelo menos de partes dela.
Enfim, tudo o que um novo presidente que acede ao lugar por estar a seguir na linha sucessória, mas que tem pretensões a sê-lo no futuro por sufrágio popular deveria ter feito, não o fez, por uma razão muito simples e que alguns parecem não ter visto ou pretendem escamotear:
João Paulo Baltazar nunca em momento algum foi um homem de afrontar o chefe quando ele não tinha razão - e quase nunca a tinha - como fizeram alguns dos seus companheiros do PSD num passado relativamente recente - não por falta de coragem porque se fosse por aí, nos remeteria apenas para o seu perfil humano - e cada um tem a coragem que os seus genes lhe permitem - mas porque politicamente faz parte do seu ADN , o que é incomparavelmente mais grave!
João Paulo Baltazar, ao entrar como entrou, ao reconduzir quem reconduziu, ao renovar os poderes a quem renovou, ao manter inalterável o paradigma errado da relação da Câmara com os valonguenses, só veio confirmar o que os mais atentos já sabiam há muito:
Que não é um presidente em quem se possa confiar para reposicionar Valongo no lugar que lhe cabe e merece, em relação aos seus vizinhos - porque se vai limitar a ser um 'Fernando Melo' mais novo, mais bem falante, com um discurso mais fluente, mas mesmo assim, somados todos esses 'atributos', isso é muito pouco para aquilo que Valongo precisa!
E mesmo que consiga congregar em seu redor alguns insólitos apoios, isso não mudará nada, ou pior do que isso, até pode acrescentar razões para desconfiança e descrédito em relação à sua candidatura!
PS:
O recorte 'roubado' ao Jornal Verdadeiro Olhar, faz referência a uma situação que não 'beliscando' directamente a pessoa de João Paulo Baltazar, nem por isso deixarão muitos de o associar a ela, pois ele 'anda por ali' - pela Câmara e arredores - desde há vários anos e não pode invocar em sua defesa que estava a 'olhar para o outro lado' enquanto isto ia acontecendo!