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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

MOMENTO ÍNTIMO...

Amor dor amor prazer

Dor de te não ter

Por auto imposição

Por abdicação

Prazer

Se às convenções disser não

Se escolher a emoção

Amor dividido

Entre o amor proibido

E o que nos é permitido

No contrato promessa

Assumido na pressa

De fotógrafos apressados

Da gula dos convidados

Mas amor que fosse

Naquela modorra doce

De mel apelidada

Onde a lua é invocada

Inevitável

A geometria variável

Do coração

Aos costumes dirá não

Reconquistarei o passado

Ou presente adiado

E juro

Que o farei futuro

Sem fotógrafos apressados

Nem gula nem convidados

Amor prazer

Por te voltar a ter


Breve desresponsabilização (citando um fragmento de Autopsicografia de Fernando Pessoa):

 

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

publicado às 00:22

'PLANANDO' SOBRE UM TEMA POLÉMICO...

Há quem entenda o casamento como um 'contrato de exclusividade' em cujo clausulado deve estar sempre incluído o amor.


Ora bem... sendo em princípio um contrato voluntariamente assumido pelas duas partes, até faria sentido que assim fosse, mas também nada obsta a que possa não o ser, sobretudo na sua vertente católica, que o considera irrevogável - 'até que a morte nos separe'!


Como primeira discordância de fundo, um contrato firmado de forma honesta, nunca deve excluir uma cláusula de rescisão e depois, não pode incluir clausulado cujo cumprimento não dependa da vontade de qualquer das partes.


Como segunda discordância - ainda de fundo - o termo amor é tão subjectivo, que fazer depender dele a genuinidade do contrato (casamento) assumido pelas partes, é manifestamente uma violência psicológica inconcebível, face a penalização social que aqueles que eventualmente se atrevam - ainda e uma vez mais na sua vertente religiosa - a quebrar uma das 'cláusulas' (a perenidade) sempre sofrem.


Chegamos pois a um ponto em que se impõe que coloquemos as seguintes questões:

Se as duas partes, atentos os superiores interesses de terceiros (nomeadamente os filhos) concluírem que a parte 'exequível' do contrato é compatível com uma relação de companheirismo, de cumplicidade, de entreajuda na resolução dos problemas comuns, sem constrangimento de nenhuma delas, sem colidir com a sua liberdade individual, porquê atrbuir tanta importância à inexistência de uma cláusula introduzida abusivamente - o amor no sentido que a sociedade atribui ao termo quando aplicado no contexto de um casal?


Podem ou devem as duas partes conviver com o facto de uma delas ou mesmo ambas, em determinado ponto do seu percurso de vida comum poder ou poderem vir a envolver-se sentimentalmente com uma terceira sem que isso implique necessariamente uma ruptura na sua relação? A minha resposta é claramente sim.


Ouvimos muitas vezes referências a vários tipos de amor. Ouvimos até dizer que se pode amar - na vertente mais comum do termo - mais do que uma pessoa ao mesmo tempo e que isso pode nem sempre colidir com uma relação saudável a nível do casal. Talvez tudo isso seja verdade. Inclino-me mesmo mais no sentido de que o seja mesmo, mas na base de tudo, acho que o cimento da relação de um casal é uma mistura de vários componentes e não apenas de um, porque se fosse apenas o amor em regime de exclusividade a manter o casamento, então, com tudo o que de negativo isso representa, quando ele descamba para o tipo excessivo, possessivo, doentio - embora (ainda) amor - obrigará a que se tenha de introduzir uma qualquer 'cláusula travão que possa  evitar os  inúmeros excessos, a muita violência e mesmo as muitas perdas de vidas de que vamos tendo notícia.


Por mim, acho que amor - no contexto em que escrevo - é uma questão íntima, pessoal, não passível de regulamentação e que deve estar sempre fora de qualquer contrato específico - ainda que esse contrato possa ser o contrato de todos os os contratos: o Casamento.

Quer-me parecer que se assim fosse, se deixássemos - muitas vezes de forma hipócrita - de valorizar detalhes irrelevantes, teríamos seguramente mais casamentos felizes e menos divórcios problemáticos, conflituosos ou mesmo dramáticos.

 

(Disclaimer: Limitei-me a teorizar sobre um tema que me atrai e que não tem - mas podia muito bem ter - obviamente nada a ver comigo em termos pessoais...)

publicado às 15:11

CÂMARA DE VALONGO - SERVIÇO PÚBLICO

Uma reunião pública - 5 de Julho de 2012 às 10 horas e cuja Ordem do Dia coloco abaixo - que se se segue a uma reunião à porta fechada que hoje ocorreu, deveria incluir um ponto sobre os 'assuntos relevantes' discutidos na mesma.

Já aqui escrevi sobre a 'glasnost' (uma palavra russa que significa transparência) da Câmara de Valongo.

Pelos vistos, ainda não é neste resto de mandato que a teremos e os 'reposteiros e cortinados' espessos, vão continuar na moda na 'Domus Municipalis'...

 

A Ordem do Dia compilada:


 

publicado às 14:22

VALONGO CONTRA A AGREGAÇÃO DE FREGUESIAS! MAS SE AVANÇAR, QUE SEJA POR ERMESINDE !

Na última sessão da Assembleia de Freguesia de Ermesinde - sexta feira passada - a moção sobre a agregação de freguesias apresentada pela CDU, foi chumbada com a conjugação dos votos do PSD e do Partido Socialista. Parece que o argumento mais 'relevante' apresentado, é o de que 'agora que a Lei foi aprovada e o assunto não diz respeito à freguesia, a moção (já) não faz sentido'.

 

Curioso este sentido de solidariedade por parte de uma das 5 freguesias de Valongo!

A CDU faz referência à hipótese do desaparecimento de duas freguesias, mas tirando essa imprecisão - porque de acordo com a Lei, está em causa apenas uma - o problema é o mesmo.

 

Por isso, acho que se impõe que na Assembleia Municipal, que também há-de ser chamada a pronunciar-se sobre o assunto, deverá ser apresentada uma moção conjunta das restantes quatro Assembleias de Freguesia - a sessão de Alfena será amanhã e em princípio deverá ser aprovada por unanimidade - manifestando-se por um lado, claramente contra a Lei, mas sugerindo ao grupo de acompanhamento, que no caso de Valongo não vir a ser poupado, deverá ser Ermesinde a ser agregada - a Valongo naturalmente! É o mínimo, para que a decência seja reposta e deixem de continuar a brindar os valonguenses com estas manifestações de pura insanidade!

publicado às 11:56

ESTE MUNDO NÃO É PARA AMIGOS...

Este mundo em que vivemos, é cada vez mais exigente e intolerante com os nossos ritmos pessoais, obrigando-nos tantas vezes a abdicar de nós próprios, dos nossos momentos de lazer, de criatividade (artística, literária ou de qualquer outro tipo) dos nossos intervalos de relax, da nossa solidão - que nem toda a solidão é má e às vezes, precisamos mesmo de estar sós.

 

Mas a maior de todas as crueldades é aquela que nos impossibilita - pelo menos tantas vezes quanto desejamos e necessitamos - do convívio com os amigos. Eles são o nosso bem mais precioso a preservar, eles são a nossa 'família alargada', complementando-a, quando não a substituem mesmo, eles são tantas e tantas vezes, o nosso suporte anímico, o ombro que suporta a nossa cabeça transformada em tristeza, a mão que nos estende o lenço que seca as nossas lágrimas contidas pela barreira de força da nossa mente, pela couraça com que as emparedamos.

 

Quando a família, com a melhor de todas as intenções te aponta os 'seus' caminhos, os amigos escutam as dúvidas que tens sobre os teus.

 

Quando a família, com a melhor de todas as intenções se sente na obrigação de te dizer 'alguma coisa' - "não te preocupes, isso vai-se resolver, amanhã já estarás bem" e coisas assim - os amigos ouvem-te, deixam que que libertes tudo o que te vai na alma, sabendo que o seu 'silêncio presente' é quase sempre o melhor dos lenitivos.

 

Quando a família, com a melhor de todas as intenções te tenta levantar do chão, os amigos optam quase sempre por se sentarem ao teu lado, enquanto se opera a transfusão da sua reserva suplementar de energia que juntando-se à que te resta, te garantirá a autonomia e o ânimo para te levantares por ti próprio - eles manter-se-ão no entanto a postos para te amparar se porventura não o conseguires.

 

Os amigos não tentam pegar em ti ao colo - mas mantêm-no disponível se tu o procurares - estão sempre presentes com a sua solidária e propositada discrição.

 

Este mundo agitado, que exige de nós que cometamos todos os excessos, que nos obriga tantas vezes a ultrapassar os nossos humanos e naturais limites, este mundo desumanizado e impessoal de competição sem metas - ou com metas que nunca alcançaremos, porque estão sempre equidistantes em relação ao nosso ânimo para as alcançar - este mundo não é para amigos é para competidores ferozes e eu não gosto de um mundo assim - porque prefiro ter amigos!

publicado às 18:52

VALONGO DE NOSSA DECEPÇÃO II...

Uma nota prévia acerca da legitimidade do novo presidente de Câmara:

 

Não está em causa o direito - por abandono do seu antecessor - que tem em ascender  ao cargo.

 

Aliás, não oferece sequer a mínima dúvida, de que em termos de comparação com o 'presidente que deixou de gostar de Valongo', a sua competência é incomparavelmente superior à do substituído.

 

Agora o que está em causa - e nisso é óbvio que João Paulo Baltazar não fala, porque não lhe convém e também porque há evidências que queimam que nem brasas - é que se trata de uma 'sucessão dinástica' em que o velho 'monarca' ainda vive e 'anda por aí' e que antes de sair, impôs ao primogénito condições bem claras para aceitar a resignação.

 

O novo presidente anda a dizer que vai mexer na superstrutura, que vai construir uma nova relação com os valonguenses, etc., etc. e depois, vai-se a ver e quais são as primeiras medidas que toma?

 

Renova as competências no 'alegadamente corrupto' Director do   Departamento de Urbanismo.

 

Contrata um novo assessor, do qual não se conhecem competências especialmente vocacionadas para esse    cargo, a não ser que bastem aquelas que constam do seu curriculum profissional público e o facto de integrar a Comissão Política concelhia do PSD e ser o seu porta voz.

 

Mantém como chefe de gabinete o mesmo que Fernando Melo já tinha e lhe impôs que continuasse.

 

Mantém a coordenar o Departamento Jurídico, o homem de confiança de Fernando Melo e que perde mais tempo a tratar dos problemas pessoais daquele e dos clientes do seu escritório de advogados, do que a coordenar o trabalho que abunda na Câmara.

 

Permite - de novo - a 'entrada triunfante' - com a 'categoria de mecenas' - do CEO do gabinete de arquitectura de Alfena, onde têm sido 'cozinhados' os casos mais escandalosos em termos de corrupção.

 

Basta esta pequena relação?É que se não chegar,  ainda se podem apontar mais umas quantas:

 

Por exemplo, vai ter a sua primeira reunião de Executivo à porta fechada na próxima terça feira.

 

Em termos de postura assertiva com os cidadãos e mesmo com os eleitos, basta recordarmos o que foi a sua prestação na passada sessão da Assembleia Municipal: irónico, ostensivo, excessivo na forma como um presidente de Câmara se deve comportar perante o Órgão deliberativo.

 

Mantém, com o mesmo 'conforto' que uma vez referiu numa outra Assembleia, o ROC (ou revisor externo de contas...) que é também o presidente da comissão política Distrital do PSD.

 

É esta Câmara que a nova geração de sociais-democratas do Concelho pretende manter em 2013?

 

É com base neste 'esquema de gestão danosa' construído ao longo dos anos de mandato de Fernando Melo e por enquanto mantido, que que pretendem convencer os valonguenses e fazer frente à 'concorrência?

 

Se é, então só me resta dizer: Parabéns 'concorrência'! Vai ser um curto passeio na Avenida, sem dificuldades de maior e sem grande necessidade de investir em 'pornográficos' meios de campanha - que os tempos são de crise e quem tentar ir por aí, só vai ser penalizado se o fizer!

 

 

 

 

publicado às 13:39

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