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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

ALFENA E O PDM - VOLTANDO AO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO E AOS 'ATENTADOS' AMBIENTAIS...

Este é um momento crucial para Valongo - e para Alfena em particular!

 

Está em discussão a proposta do novo PDM que andava em 'bolandas' desde 2000 - para que o Staff da corrupção camarária e os interesses ajacentes dos 'sujeitos activos' ligados à 'bolha' do imobiliário e actividades afins pudessem engordar de forma impune, repartindo em troca uma pequena parte do produto do saque com todos os 'agentes passivos' do processo.

 

A despropósito - ou nem tanto - convido os mais atentos a informarem-se sobre o número de arquitectos e engenheiros que integram o quadro de funcionários da nossa Câmara e que diz bem acerca da importância que Fernando Melo & Companhia atribuíam a esta 'frente de trabalho'.

 

Para não direccionar a curiosidade de ninguém não refiro números, mas vejam, perguntem e depois... espantem-se!

 

Portanto, vamos ter aqui em Alfena, durante um período de 45 dias úteis que já está a decorrer desde 14 de Maio, a discussão deste importante documento.

 

É claro que ninguém compreenderia que não se falasse no negócio ilícito de chamada nova ZIA (Zona Industrial de Alfena - na Chronopost e na 'tal' plataforma logística da Jerónimo Martins - e na mega-operação de enriquecimento ilícito envolvendo o grupo Santander e alguns 'agentes imobiliários' bem conhecidos da nossa praça.

Agentes esses, que adquiriram num dia um conjunto de terrenos por 4 milhões de Euros e os revenderam passados uns minutos por 20 milhões e na criminosa e gigantesca operação de movimentação de terras efectuada e zona REN, atulhando ribeiros e linhas de água - como se Lei não houvesse!

 

Teremos de falar ainda nalguns 'esqueletos' que estão prestes a deixar de o ser - se esta proposta de PDM for aprovada sem alterações.

 

Teremos de falar uma vez mais do erro que persiste nos limites da nossa cidade e que ao fim de muita discussão e de muito trabalho de fundamentação e validação histórica promovido por uma Associação da nossa terra de que faço parte - a AL HENNA - foram consensualizados com as freguesias relativamente às quais persistiam dúvidas mas que estranhamente, continuam a aparecer errados nesta proposta de PDM.

 

As Associações AL HENNA e CORAGEM DE MUDAR estão a ponderar promover a curto prazo (depois de decidirem nos Órgãos próprios) uma ampla discussão sobre este relevante documento, ajudando a esclarecer dúvidas, recolhendo críticas e/ou propostas de alteração e compilando tudo isso num documento que será transformado em  propostas de alteração devidamente fundamentadas a enviar à Comissão do PDM.

 

Estejam todos atentos - porque o momento é muito delicado e... PREOCUPANTE!

 

Reproduzo a seguir, dois recortes (de má qualidade...) de um RELEVANTE DOCUMENTO de 'aconchego' emitido pelo executivo camarário da altura através da 'eminente figura de autarca' e dinamizador dos 'negócios municipais ilícitos', o vereador José Luis Pinto, para facilitar a tal 'mais-valia' de 16 milhões de Euros num único dia.

 

E  mais não digo - por enquanto...


 

 

publicado às 09:53

SEC - QUEM TEM AMIGOS... MORRE NA CADEIA?

São tão 'ternurentos' estes meus 'inimigos de estimação'...

 

Hoje tive o grato prazer e a suprema alegria de encontrar na minha caixa de correio a convocatória do Ministério Público - 'na qualidade de arguido' - "para ser interrogado no âmbito dos autos (...)".

 

O ofício não identificava o autor da queixa, pelo que não me restou outro remédio senão incomodar uma vez mais a simpática Técnica de Justiça a quem o Processo está distribuído - começo já a ser quase 'uma pessoa da casa' - para indagar sobre o assunto.

 

E então quem é a alminha a quem eu terei desta vez ofendido?

 

'Suspense'...

 

?

?

?

 

Muito boa noite, caro Almerindo Carneiro (dono da ex-SEC) - uma empresa socialmente irresponsável e incumpridora actualmente em processo de falência!

Tem mesmo a certeza que pretende ter "esta conversa" comigo nos Tribunais? Você lá sabe... 

publicado às 19:01

'VOZES DE BURRO NÃO CHEGAM AO CÉU' - NEM MESMO EM VALONGO...

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 


 

Ora bem...

 

Entre estes dois comentários - o primeiro, deixado de forma ANÓNIMA no meu Blog e o segundo, identificado, colocado no FaceBook - há lamentáveis semelhanças: cretinos os dois, e ambos portadores de uma enorme mentira.

 

No caso do primeiro, há pelo menos uma justiça que o 'cretino' me faz: o meu Blog continua a ser 'mais do mesmo' o que é bom.

 

No que à Câmara Municipal de Valongo diz respeito (ser mais do mesmo), esquece-se o 'cretino' comentador que existe uma enorme diferença entre a OMISSÃO, obviamente criticável a que eu me refiro e a criminosa ACÇÃO dos anteriores inquilinosClaro que já deu para perceber que o comentador que se atreveu a 'ir além da chinela' nestas nove palavras deste comentário cretino, é bastante limitado para perceber essa diferença. Mas que ela existe, isso ninguém pode negar!

 

Já quanto ao NÃO ANÓNIMO segundo comentador - ao menos o pormenor de dar a cara deve ser realçado - a sua cretinice é igual: a minha cor não mudou e o que eu tento com as minhas críticas, feitas sempre de forma construtiva e fundamentada, ainda que obviamente sujeitas a discordância, é conseguir que os eleitos nunca esqueçam a COR que defenderam na candidatura da MUDANÇA.

 

É claro que este comentador está tão comprometido com o lado que perdeu a Câmara em Setembro, que tudo o que possa ter a ver com MUDANÇA o assusta e ao contrário, tudo  o que possa ajudar a promover a omissão dos que ganharam o poder no sentido da MUDANÇA, enquadra-se neste tipo de comentários. Anestesiar de forma criativa aqueles que têm por imperativo absoluto manterem-se bem despertos para que a culpa em Valongo não 'morra solteira' é a tarefa destes e outros híbridos que por aí deambulam, mas será tarefa vã...

 

Lamento portanto desiludir o anónimo e o outro, mas vou continuar com 'mais do mesmo' porque isso é uma exigência de cidadania e uma questão de respeito para com os muitos e muitos seguidores do meu Blog - que continua com 'rankings' que seguramente não servem os interesses de quem na Câmara de Valongo assumiu desde Setembro passado o papel de 'anestesista de serviço'.

 

Este é o recorte do medidor de visitas referente - o dia de ontem e até este momento.

 

Já agora, convido os dois a participarem nas reuniões públicas de Câmara, sendo que a próxima é já amanhã, às 15:00 horas, no Salão Nobre e com a seguinte Ordem de Trabalhos que pode ser vista AQUI.

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

publicado às 13:09

POR UMA NOVA REPÚBLICA, POR UMA NOVA LEI ELEITORAL...

Com a devida vénia ao Blog 'Estado Sentido':


 

E agora, para acabar com a abstenção, voto obrigatório?

por Nuno Ferreira, em 26.05.14

Nas eleições de Domingo participaram 33,91% dos 9 677 954 convocados, contabilizaram-se 144 832 (4,41%) votos em branco e 100 484 (3,06%) votos nulos. A grande maioria, 6 396 410 (66,09%), não votou, contribuindo, assim, para a maior abstenção desde que há democracia em Portugal. Há a registar ainda o facto de que26,44% dos convocados terem votado em partidos [10,66% (1 032 143) no PS, 9,40%(909 283) na AP, 4,30% (416 102) na CDU, 2,42% (234 516) no MPT, 1,55% (149 546) no BE e 1,89% em outros partidos] e a soma de votos em branco com os votos nulos representar, à data, 7,47% (145 316), isto quer dizer que, para além de ser a quarta força “mais votada”, apenas 1,5% dos portugueses manifestou na urna o seu descontentamento em relação à oferta democrática oriunda dos partidos. É claro que não corroboro com a leitura que dá conta que toda a abstenção (66,09%) é fruto da indiferença pura e dura face ao desenrolar dos acontecimentos aqui e na Europa, haverá, sem dúvida, nesse número redondo uma percentagem de portugueses que demonstrou a sua indignação não votando.  

 

Quem não votou, ou quem votou em branco ou nulo (73,56% dos portugueses) não quis com isso mandar, além de outras, àquela parte a classe política? Não quis com isso dizer que as máquinas partidárias montadas esgotam-se no processo de endeusamento do líder e na gestão eleitoral dos acontecimentos, com vista à conquista ou à conservação do poder legislativo e governativo? Não quis dizer com isso que de representantes livres do Povo eleitor, os deputados nacionais passam a delegados políticos do partido e subordinados a um mandato imperativo desse partido? Não quis com isso dizer que está farto das ameaças à separação de poderes? Não quis dizer com isso que está pelos cabelos com a tentação de controlo da Comunicação Social e da gestão do clientelismo da Administração Pública e, consequentemente, a extensão desta à Sociedade Civil? Não quis dizer com isso que urge fazer avançar a democracia em todas as suas facetas e dimensões? Não quis dizer com isso que é urgente conferir um carácter ético e educativo à participação democrática, faltando apostar seriamente na melhoria da qualidade da oferta de candidatos em que os eleitores possam depositar toda a sua confiança? Não sei se estamos condenados à liberdade ou se as regras que mobilizamos na nossa acção/inacção individual são ou não princípios universais, o que é certo é que decidir não decidir é também - a par de decidir, negar ou afirmar outra decisão - uma forma de decisão. Há sempre bons e maus motivos para decidir e para não decidir, mas ninguém decide, bem ou mal, por nós. Há quem, ainda assim, se queixe sempre das circunstâncias para decidir não decidir, mas, de facto, até ver, a realidade despida de circunstâncias não existe! E as circunstâncias são mais claras hoje. A falta de legitimidade do regime vai ganhando corpo.

 

Estou curioso por saber como reagirá o sistema. Será que levará a bom porto a ideia de que a abstenção combate-se com o voto obrigatório, como acontece em apenas 24 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai, República Democrática do Congo, Egipto, Grécia, Líbano, Líbia, Nauru, Tailândia, Bélgica, Austrália, Luxemburgo e Singapura)?  Antes de pensarmos em colocar a carroça da obrigatoriedade do voto à frente dos bois, há que mudar as regras do jogo democrático (leis eleitorais, entenda-se) e criar um meio concorrencial aos partidos que os obrigue a fazer coincidir, internamente, a retórica democrática com a acção, bem como desdobrar-se em esforços para melhorar a qualidade da sua oferta. Com a actual lei eleitoral, não há consequências efectivas para os votos em branco e votos nulos, isto é, o desagrado do votante em relação à oferta democrática não é oficialmente tido nem achado. Até fecharia os olhos ao voto obrigatório só para ver até que ponto a abstenção se transformaria em votos em branco e nulos. Com suficiente honestidade intelectual se conclui que é necessário mudar a lei eleitoral, de forma a incorporar um sistema de listas abertas que permita votar também em pessoas. O deputado nacional, com a lei actual, deve responsabilidades a quem o ordenou na lista, normalmente um grupo constituído por cinco ou seis pessoas, todavia não foi o nosso voto que o ordenou. É triste, mas não votamos em pessoas, e elas, como é óbvio, não sentem responsabilidade alguma perante o eleitorado. Este sistema eleitoral não permite impedir que determinado candidato mal-amado seja eleito, em especial aquele candidato mal-amado que surge nos primeiros lugares da lista. Não é difícil de imaginar como é uma missão impossível, com a actual lei eleitoral, impedir que seja eleito um Palito, ou afim, que apareça como cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Alguidares de Baixo. E se queremos votar no último da lista por merecer a nossa confiança, não nos deixam. Há ainda outra coisita que não compreendo muito bem. De facto, um independente não pode ser, como tal, candidato às eleições legislativas, tem de entrar obrigatoriamente no parlamento com a bênção partidária, contudo, paradoxalmente, pode gozar plenamente desse estatuto no exercício do seu mandato, rompendo, por exemplo, com a disciplina de voto parlamentar.

 

Num cenário de défice de legitimidade, vou estar muito atento às reacções no tubo de ensaio democrático, em especial à forma como os partidos irão organizar, desta vez, a hipocrisia. Tenho para mim que fraca é a organização/instituição que não responde favoravelmente a esta ou aquela demanda sem colocar em causa, mesmo quando a coruja dorme, a sua legitimidade. E quando, por razões clientelares, a pressão está ao rubro ou há um défice de legitimidade, então o discurso oficial costuma sofrer um apertado controlo. Veremos. Porém, já deu para perceber que a falta de espelhos e a abundância de inconsistências não é o contexto perfeito na hora de reforçar a legitimidade e procurar obter recursos e apoio onde os há.

 

publicado às 16:39

CÂMARA DE VALONGO - FALANDO DE 'GOVERNOS-SOMBRA'...

Já não é a primeira vez que ouço este tipo de observações - quando me atrevo a criticar algumas indefinições e/ou omissões no âmbito da actividade da Câmara de Valongo neste início de um novo mandato:

- Gostava de o ver no meu lugar e ter de tomar decisões que podem representar riscos financeiros elevados para a Câmara... 

 

Pois bem...

 

Nós prometemos MUDAR VALONGO e não há mudança - nenhuma mudança - que esteja isenta de riscos.

 

Lamentavelmente, sou obrigado a constatar que o actual executivo parece ter optado por não correr nenhum risco - ou risco quase nenhum - e os resultados estão aí para quem os quiser conferir:

 

- A prometida auditoria interna às áreas sensíveis do Município está por se fazer. Os 'esqueletos' continuam portanto a ocupar as inúmeras prateleiras dos vários Serviços, nomeadamente na área do Urbanismo.

 

- A substituição de quadros técnicos manifestamente ligados a casos polémicos durante o anterior mandato não avançou, havendo mesmo alguns a quem foram atribuídas funções de destaque na condução de processos de relevo como sejam por exemplo, o da discussão pública da proposta do novo PDM, empreendedorismo, fiscalização - aqui o assunto adquire foros de (quase) escândalo, face ao histórico de algumas figuras - entre outros.

É - deveria ser - inconcebível que funcionários que tenham a decorrer acções judiciais relacionadas com a sua área profissional, possam manter-se no mesmo posto ou com áreas de contacto significativas com o mesmo!

Não se trata aqui de punir ninguém por antecipação às decisões judiciais, mas apenas de proteger e salvaguardar a Instituição de suspeitas induzidas pelas situações referidas - protegendo ao mesmo tempo os próprios visados relativamente a extrapolações que possam ser feitas e às vezes até de forma não totalmente justa...  

 

- A Concessão das Águas de Valongo (BeWater) lá continua impávida, serena e incumpridora e apesar do recente e arrasador relatório do Tribunal de Contas que classifica este tipo de concessões como verdadeiramente ruinosas para o interesse público, a verdade é que nem o incompleto e funcionalmente incipiente Conselho de Administração que restou do anterior mandato foi substituído, nem - e isso era o que deveria ter sido feito - a Comissão de Fiscalização da concessão que a Lei prevê foi constituída.

 

- Os processos de reposição da legalidade urbanística que transitaram do anterior mandato já suficientemente 'marinados' - alguns de dimensão tão pequena que nenhum constrangimento de ordem financeira pode verdadeiramente ser invocado para impedir que avancem - continuam por resolver e a serem empurrados para a frente de forma genérica e abstracta, com as 'respostas' do costume: "estamos a tratar do assunto e brevemente iremos avançar (para as contra-ordenastes, para as posses administrativas e/ou demolições coercivas)" - entre outras hipóteses...

 

- A Câmara continua a relacionar-se com determinadas Instituições - IPSS e outras - e a transferir para as mesmas os apoios financeiros possíveis, sem cuidar de apurar se as mesmas cumprem um conjunto de regras de gestão, de transparência e de boas práticas que garantam uma correcta aplicação dos dinheiros públicos transferidos.

 

(Lembro só o facto de haver uma Instituição de âmbito cultural contra a qual corre trâmites no Ministério Público uma queixa do então candidato e agora presidente de Câmara, em que a autarquia foi alegadamente lesada e no entanto, todo o apoio da Câmara a esta Instituição decorre e é promovido, como se nada de relevante estivesse por apurar.

No caso de uma conhecida IPSS, apesar da forma profundamente criticável como esta é gerida e apesar das inúmeras acusações de total falta de transparência - está mesmo a ser apreciada na CADA uma queixa sobre este assunto - o relacionamento desta Instituição com a Câmara decorre como se dúvidas ou reservas de espécie alguma não existissem)!

 

Perante esta mão-cheia de exemplos negativos e (muito) preocupantes, uma de duas coisas me vejo forçado a fazer, dado o envolvimento que assumi perante muitos dos apoiantes da candidatura da MUDANÇA:

 

1) Demarcar-me publicamente deste tipo de práticas, enveredando assumidamente por uma via de completa ruptura, hipótese que rejeito em absoluto - pelo menos por enquanto;

 

2) Retirar uma clara consequência da frase anteriormente citada - "Gostava de o ver no meu lugar e ter de tomar decisões que podem representar riscos financeiros elevados para a Câmara" -  e desafiar alguns bons amigos igualmente descontentes com o actual estado em que se encontra o 'acervo de esqueletos de estimação' da nossa Câmara, no sentido de avançarmos com um 'velho' projecto que nem sequer é original, mas que pode de uma vez por todas ajudar a desmontar algumas dificuldades e/ou impossibilidades que são invocadas para não se fazer nada:

 

Um 'executivo-sombra' para a Câmara de Valongo, onde seja possível de uma forma organizada contrapor às más medidas - ou à ausência de quaisquer medidas - aquelas que no nosso entender seriam em cada caso as mais adequadas.

 

Há desafios que nos são impostos e este - se entretanto não constatar razões suficientes que me afastem do mesmo - é claramente um desses casos...

 

publicado às 13:37

PORTUGAL PARA ALÉM DOS VOTOS. 'PIRRO' ONTEM GANHOU...

Fico 'danado', pois claro que fico...

 

Embora integrando - juntamente com os restantes membros do meu agregado - o terço do País que ontem votou, a verdade é que os dois terços que não saíram de casa tiveram razões mais que justificadas para a sua atitude aparentemente criticável. Eles representam já um grupo bem alargado e o motivo que está na génese da sua abstenção é suficientemente alarmante para - pelo menos - ajudar a moderar a boçalidade de alguns balanços festivos.

 

De forma (quase) transversal, todos falaram do 'País' que votou e das percentagens desta e daquela força ou grupo político, do prémio dado a este, do castigo infligido àquele ou do aviso dado àqueloutro, esquecendo-se que estavam a falar (apenas) daquela fatiazinha solitária comparativamente com as duas restantes do queijo que ficou em casa. E desta vez, nem foram as praias ou o passeio de Domingo, porque a temperatura e algum vento não eram propícios a isso...

 

Eu e os meus fomos votar, mas confesso que já foi mais por descargo de consciência e para não perdermos o jeito na feitura da cruzinha que o fizemos, porque já não há  pachorra, nem para os que tentam dourar a pílula amarga da derrota nem para os outros que se põem em bicos de pé para apregoar 'vitórias históricas' que não passam de flatulentos balões cor de rosa que não resistirão à primeira alfinetada do 'rei mouro' que seguramente não perderá a oportunidade de explorar esta 'vitória de Pirro'...

 

O País ontem não ganhou nada! Quem ganhou - e não é tão pouco como isso - foram aqueles que a partir de agora passarão a assentar os mais ou menos anafados cus nos caros assentos daquele clube/'saco de gatos' que é esta "União" de alguns ricos e muitos pobres em que a Europa se transformou!

Ao menos no que a mordomias diz respeito - vencimento, pagamento de viagens, direito a gabinete e respectivo 'recheio' material e humano - serão todos iguais. Mas quedar-se-á por aí a igualdade, pois o tom da voz que usarão e o respeito com que se farão ouvir entre os seus "pares", esse terá tudo a ver com as incontornáveis e diferentes realidades que os pariram - uma Europa decadente e desigual, que roubou soberania aos países do Sul e os remeteu de novo à sua condição de escravos.

 

Tal como os velhos "descobridores" nossos avós que ofereciam berloques, penduricalhos e tecidos de cor garrida aos indígenas para se insinuarem e caírem nas suas boas graças, também a clique que domina a Europa que nos prostitui se foi insinuando, oferecendo uns Mercedes aqui, custeando umas obras de fachada acolá ou acenando com umas malas cheias de moedas de ouro reluzente previamente endereçadas aos tubarões da construção civil 'do costume' a troco de umas quantas pistas de alcatrão ligando o atraso de vida a coisa nenhuma e pelas quais continuaremos a pagar gordas rendas por muitos e longos anos, ou de 'mais uma ponte' onde pontes já existem, ou ainda, de 'altas velocidades' para chegarmos sempre atrasados a todos os sítios onde vamos...

 

Portanto, Portugal ontem não ganhou porra nenhuma!

 

Pelo contrário e em resultado das abordagens despudoradas e mais ou menos transversais dos resultados apurados nas urnas, Portugal ontem perdeu um pouco mais da sua já muito abalada dignidade e mais uma vez, com o "relevante" contributo dos seus políticos que lamentavelmente e em cada acto eleitoral que vamos tendo, ajudam a consolidar a tendência crescente para  a descrença na força do voto como forma de resolver o que quer que seja nas nossas vidas.

publicado às 14:16

ALFENA - UM OLHAR CRÍTICO SOBRE O NOSSO BURGO...

 

 

Os membros da Assembleia Municipal de Valongo visitaram hoje a cidade de Alfena, visita que contou com a presença do presidente da Câmara, Dr. José Manuel Ribeiro...

 

O percurso teve em conta muito do que há de bom na nossa cidade e que importa realçar - S. Lázaro e o casamento feliz com o nosso querido Rio Leça, o aproveitamento do espaço sob o viaduto da A41, o futuro Museu do Brinquedo (parte do acervo histórico/cultural mais relevante da nossa terra anda espalhado um pouco por todo o lado mas ainda não tem um ancoradouro no seu ponto de origem) a futura plataforma solidária de Alfena/Valongo em Cabeda - mas não deixou lançar também um olhar crítico sobre algumas coisas negativas - profundamente negativas direi eu...

 

'Ardilosamente' ou não, o nosso anfitrião' e presidente de Junta 'conduziu' o autocarro em que nos fazíamos transportar, até ao novo 'ex-libris' de Alfena - a construção da Rua do Viveiro...

 

Fez bem, porque uma coisa é denunciarmos, falarmos sobre o assunto, outra bem diferente é termos parado na confluência das Rua e Travessa do Viveiro e Rua de Baguim e olharmos para aquela espécie de 'bunker' inserido numa imaginária 'rotunda triangular', delimitado por muros que mais parecem ameias de um castelo medieval e vermos 'em directo' os constrangimentos do cidadão comum face à circulação automóvel ainda que incipiente num dia de sábado.

Finalmente, os eleitos da Assembleia Municipal tiveram a oportunidade de tirar conclusões ditadas apenas pelos seus próprios olhos, relativamente  aos vários erros ali cometidos - erros do executivo anterior da Câmara que licenciou o empreendimento, mas também do actual que não teve a coragem de os travar, lançando mão de todos os instrumentos que pudesse ter ao seu alcance.

 

Para último lugar deixei propositadamente a Escola Secundária de Alfena (Lombelho) e o problema da falta de transportes escolares, que pode a médio prazo, colocar em causa o futuro daquele estabelecimento de ensino.

Ao contrário de muitas das escolas do nosso Concelho, aquela tem instalações modelares que são um verdadeiro exemplo para as suas congéneres, a braços com problemas estruturais de toda a ordem - até mesmo de saúde pública.

 

Porém, os alunos são obrigados a fazer a pé todos os dias, faça sol ou faça chuva, em dias de temporal ou de intenso calor.

O mesmo percurso que hoje fomos convidados a fazer, sem o 'upgrade' da mochila carregada de livros e sem a 'ditadura das horas marcadas' a impôr-nos o ritmo da passada.

 

Correndo o risco de mais uma vez ser politicamente inconveniente, eu não hesito em afirmar: entre os nossos jovens que são o futuro do nosso País e os vultuosos auxílios que apesar da crise se vão distribuindo por algumas actividades alegadamente culturais ou desportivas incuindo o futebol, eu optaria claramente pelos transportes escolares - em moldes idênticos aos que existiam no passado recente.

Desculpem-me os 'maluquinhos da bola' - alguns deles quem sabe, com filhos a fazerem diariamente o íngreme percurso - mas isto é o que eu penso.

 

Foi uma boa visita que nos permitiu ao longo de quase toda ela olhar para o nosso Leça e ponderar no muito que temos ainda para fazer, no sentido de nos reconciliarmos com ele...

 

 

publicado às 13:46

REVISÃO DO PDM DE VALONGO - CONSULTA PÚBLICA

 

Ontem foi dia da primeira das várias apresentações da Proposta do PDM programadas para as cinco freguesias do nosso Concelho incluídas no período de Consulta Pública de 45 dias úteis que teve início a 14 de Maio - aceder AQUI à versão online para consulta.

 

Anfiteatro do Centro Cultural de Alfena composto mas longe de estar repleto, como seria de esperar, tendo em conta o facto de desde há muito vir a ser vivamente criticado o lamentável arrastamento em que caiu o processo de revisão do instrumento ainda em vigor.

Como é sabido, o mesmo data já de 1995 sendo por demais evidentes os enormes constrangimentos que dele têm resultado e a sua profunda desadequação relativamente às novas necessidades do Concelho.

 

De referir que se trata ainda de um instrumento da primeira geração, sendo a actual proposta colocada agora em consulta pública obviamente da segunda geração.

 

Para perceber um pouco melhor a importância deste Instrumento de gestão e as grandes  diferenças entre a primeira e a segunda geração, sugiro a consulta da relevante informação disponibilizada AQUI pela Câmara do Seixal, ou ainda AQUI - ao contrário da nossa que nenhuma informação relevante disponibiliza neste campo.

 

Já é um pouco tarde para corrigir esta lacuna, mas talvez ainda valha a pena compilar alguma coisa e publicá-la no site do Município - para que os cidadãos possam participar nesta consulta pública de forma mais esclarecida.

 

Uma nota de rodapé apenas para dar conta do 'espírito crítico' do nosso conhecido arquitecto honoris-causa que não encara com sentido positivo as naturais orientações dos novos PDM que privilegiam a colmatação dos espaços urbanos já edificados desincentivando a expansão para as novas áreas definidas. 

Deu para perceber que só o lamentável arrefecimento da nossa economia e a incipiente actividade a nível da construção civil que dele resulta conseguem travar o enorme apetite especulativo do conhecido gabinete de arquitectura do nosso burgo.


 

A seguir, um recorte do último Boletim Municipal, com as acções programadas para o já referido período de Consulta Pública:

 

 

publicado às 18:27

POR VALONGO, 'DESALINHADO' ME CONFESSO!

Felizmente - para mim, obviamente - posso dar-me ao luxo de fugir àquele tipo de discurso politicamente correcto e excessivamente assertivo do "Olha que coincidência, pensarmos o mesmo sobre isto... Exactamente! O futebol é muito importante para a promoção do nosso Concelho e temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir o estádio do Ermesinde Sport Clube 1936, ou o do Sporting Clube de Campo, para aumentarmos as ajudas ao Alfenense ou ainda, para impedirmos que plantem prédios do campo dos Montes da Costa e blá-blá-blá e coisas assim".

 

Coisas assim em que passamos mais de duas horas da reunião pública de Câmara de hoje antes de entrarmos finalmente na Ordem do Dia.

 

Como não hipotequei a minha eleição como deputado municipal ao discurso redondo consigo ser capaz de exteriorizar a inconveniência que representa o citar em público aquela conhecida quadra "Fátima fados e bola/touradas e procissões/são essas as diversões/d'um Povo que ped'esmola" e associá-la à 'peleja' de hoje sem temer a eventual consequência eleitoral futura por esse atrevimento!

 

O Ermesinde está a braços com o problema do Estádio dos Sonhos? O Abílio de Sá (dono do terreno) quer usá-lo como 'arma de assalto' aos cofres municipais para 'extorquir' um milhão de Euros? O clube de Campo precisa de resolver o problema do seu campo (privado)? O alfenense - "ou há moralidade ou comem todos" e tem razão... - também quer uma tranche equivalente ao que vai 'pingando' para os restantes?

 

Pois...

 

Temos pena, mas vão ter que aguardar na fila!

A prioridade actual tem de ser colocada nas nossas crianças, na alimentação escolar, na garantia de transportes escolares em condições aceitáveis e que tenham em conta as especificidades de cada uma das 5 freguesias, no reforço dos apoios sociais aos mais desprotegidos, em algumas intervenções urgentes nos bairros sociais, nisto, naquilo e em mil aqueloutros.

 

Ninguém há-de alguma vez conseguir provar-me que o futebol é mais importante que construir um passeio em Alfena, arranjar uma Rua em Sobrado, em Campo ou em Ermesinde...

 

Mais importante que negociar com o sr. Abílio de Sá e fazer baixar o valor do 'assalto ao cofre' para um qualquer número de apenas 3 dígitos, seria por exemplo, tomar posse administrativa dos mais emblemáticos atentados urbanísticos do nosso burgo e fazer cumprir a Lei - neste caso, até se trata de  dinheiro de que a Câmara seria reembolsada.

 

Vou dar apenas um exemplo  de uma boa aplicação para uma pequeníssima parcela do tal milhão:

 

"A Câmara não pode embargar uma obra licenciada - falo da Rua do Viveiro em Alfena - porque isso representaria um risco muito grande de termos de pagar uma elevada indemnização ao proprietário" - mais ou menos sic...

 

Poder até podia, mas não seria a mesma coisa - como diz o outro... 

 

 

publicado às 00:07

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