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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

CORRUPÇÃO - QUEM CALA CONSENTE...

Já abordei este assunto num post anterior. 

 

Na passada sexta-feira, no decorrer da Assembleia Municipal de Valongo e recorrendo ao 'estratagema' regimental da defesa da honra, o ex-presidente da Câmara João Paulo Baltazar - boa tarde caro João Paulo, tudo bem? - fez-me uma ameaça velada que vai no sentido de me obrigar a ir uma vez mais ao Ministério Publico de Valongo, quiçá para ser constituído arguido uma vez mais - por difamação presumo eu.

"Face a algumas afirmações que considero ofensivas aqui produzidas, quero informar o senhor Presidente de que irei requerer uma cópia certificada da acta desta sessão para os procedimentos considerados adequados" - julgo que reproduzi mais ou menos fielmente as suas palavras meu caro.

 

Pois é, eu sei que até trânsito em julgado - e é óbvio que sem julgamento, trânsito não existirá - você, Fernando Melo, José Luís Pinto, Marco António Costa e outros, são evidentemente inocentes.

Portanto, e porque o actual executivo assim o quis - não fazendo aquilo que era importante e prometeu fazer, isto é, uma rigorosa auditoria à área do urbanismo e fiscalização - eu só posso limitar-me a afirmar e reafirmar 'até que a voz me doa' que em Valongo houve (pelo menos) 20 anos de CORRUPÇÃO!

Provas? Os arquivos da Câmara - porque nem tudo foi apagado na mudança de regime e o que foi pode ser facilmente recuperado com muito trabalho e alguma minúcia. 

 

Alguns exemplos do que afirmo, conheço-os bem aqui em Alfena. Porque Alfena cresceu muito nos últimos anos e esse crescimento ajudou a carteira de alguns 'famosos' a crescer também...

Felizmente por aqui temos alguns 'coca-bichinhos', daqueles que costumam coleccionar papéis antigos, apontamentos, despachos, cópias de processos, 'negociações de restaurante ou mesa de boteco', que na hora da verdade - se hora da verdade chegássemos a ter, coisa que eu não acredito - saberiam desencantar algumas dessas provas extremamente comprometedoras para suportar a minha afirmação.

 

Talvez no próximo dia 11 de Julho, às 21:00 no Centro Cultural de Alfena, numa sessão aberta cujo flyer coloco a seguir, consigamos tempo para falar um pouco sobre isso - que não há PDM que se preze sem inevitável corrupção anexa...

Está desde já convidado a participar, meu caro.

 

Concluindo:

 

Sinta-se portanto à vontade com a acta certificada da Assembleia do dia 27 de Junho e com mais este post sobre o assunto. É a maneira como conseguiremos com que o Ministério Público e a PJ  'afitem finalmente as orelhas'... 


 

publicado às 18:46

ALFENA E A DISCUSSÃO DO PDM - "EU AINDA SOU DO TEMPO"...

Vou republicar a seguir a esta pequena introdução, o post que publiquei em  28 de Janeiro de 2012 - sobre a 'promessa' Jerónimo Martins.

 

Nessa altura na Câmara de Valongo, as coisas ainda funcionavam de forma mais ou menos expectável e natural, isto é, Fernando Melo e João Paulo Baltazar mantinham a sua dedicação (quase) exclusiva aos assuntos da corrupção... oops! desde a Assembleia Municipal de ontem e depois da ameaça velada do perdedor de Setembro passado, que esta palavra faz tilintar campainhas de aviso no meu cérebro - e o PS e a Coragem de Mudar, na oposição, lá iam repartindo entre si as despesas da festa no trabalho de oposição.

 

Pois é...

 

Quem diria que tempos viriam em que os defensores da legalidade urbanística dessa altura, aqueles que denunciavam nos jornais o 'faroest' urbanístico de Fernando Melo e seus comparsas, passariam a ser os mais activos defensores da 'criação de emprego' em Alfena por parte do 'merceeiro-mor' de Portugal.

(Para os menos familiarizados com o novo léxico em uso por estas bandas, importa esclarecer que a frase 'criação de empregos' é a password para aceder à função PDM e alterar a classificação dos terrenos da Fonte da Prata de REN para Zona Industrial. Esta password é a mesma que foi utilizada para o mesmo efeito, relativamente à área onde foi construído o Hospital Privado de Alfena). 

 

Só por mera curiosidade e também pela sua relevância quase 'arqueológica' partilho este excerto de um comunicado enviado às redacções dos Jornais pelo  líder concelhio do PS que era... José Manuel Ribeiro:

 

"Valongo - PS acusa câmara municipal de criar “faroeste urbanístico”

O PS de Valongo considerou hoje que a câmara local “está de novo a reforçar uma imagem de autêntico ‘faroeste urbanístico’” naquele concelho, prometendo avançar com queixas para o Ministério Público e a Polícia Judiciária.

Em comunicado enviado hoje à Agência Lusa, o presidente do PS de Valongo insurge-se contra o “pedido de alteração do uso do solo para terrenos sitos no município de Valongo, no âmbito da revisão do Plano Director Municipal”, que será discutido já esta quinta feira pelo executivo municipal, numa reunião “à porta fechada”.

José Manuel Ribeiro refere que “a proposta que o presidente da Câmara Municipal de Valongo estranhamente inscreveu” para esta reunião abrange “uma área muito considerável, cerca de 125 hectares, e que está integrada em área florestal e em reserva ecológica nacional, de acordo com o actual PDM (...)"

 

Então aqui vai a republicação acima referida:


 

Em boa verdade, ninguém sabe ainda qual vai ser a posição do Partido Socialista na próxima quinta feira dia 2 de Fevereiro, na reunião ordinária da Câmara, sobre a repescagem do relatório da consulta pública à excepção ao PDM (plataforma da Jerónimo Martins)...

 

Mas nunca será demais lembrar um "pequenino" pormenor neste processo que pode fazer toda a diferença: na altura de tomarem uma decisão - qualquer que ela seja - deverão ter presente que a excepção não é concedida à Jerónimo Martins, um grupo importante no contexto das empresas nacionais, que dá emprego a mais de 20 mil trabalhadores no País - pese embora o facto incontornável, de sabermos que cada emprego gerado nos grandes grupos de distribuição, destrói uns quantos na pequena concorrência tradicional.

 

O que vão decidir, é premiar o grupo Novimovest - o mesmo que está por detrás no mega processo de especulação com aqueles terrenos, o mesmo que atentou contra as leis do País, alterando de forma brutal e nalguns casos irreversível, o perfil daquela vasta área, terraplanando, entubando ribeiras, alterando o curso de linhas de água, tudo isto, sem qualquer autorização e sem que a Câmara tivesse "dado por nada", tivesse levantado um auto, tivesse aplicado uma coima.

 

Este grupo, detido pelo Banco Santander, é e será o dono de toda aquela vastíssima superfície terraplanada a que alguns chamam por graça o "novo aeroporto internacional de Alfena", sendo que a Jerónimo Martins será a detentora do direito da fracção a destacar, durante um determinado número de anos. E mesmo esse período, não é líquido que não possa ser interrompido a qualquer momento, se por razões de interesse fiscal ou de custos da mão de obra, o grupo decidir deslocalizar-se para outro País qualquer onde o peso destes factores seja menor - como o fez recentemente com a mudança da sua sede para a Holanda!

 

Se o fizer, não vai manter a plataforma de distribuição a muitas "milhas náuticas" de distância nem ajudará a obter passaporte de emigrantes para os seus trabalhadores.

 

Vamos pois ser claros quanto a isto e "chamar os bois pelos nomes", porque é assim que deve ser feito e fica sempre bem fazê-lo!

 

Depois, também fica bem recordar como é que aquela excepção, que há cerca de dois meses foi posta a consulta pública, foi aprovada no mandato anterior de Fernando Melo: 2 votos a favor e 7 abstenções (incluindo a maioria dos vereadores da maioria - passe a redundância).

 

É que no momento da "repescagem" do Relatório da consulta pública, estas questões vão ser seguramente "varridas para debaixo do tapete" - para facilitar o voto - nomeadamente, evitar-se-á falar no "caso de polícia" da Novimovest, evitar-se-á falar nas participações ao Ministério Público sobre o assunto, evitar-se-á falar das incongruências e da sonegação de elementos essenciais no Processo Administrativo da nova Carta REN de Valongo, da falta de informação sobre o estado actual do processo de revisão do PDM, da (conveniente) alteração da posição da CCDR-N, que passou de "oposição militante" em relação à desclassificação daquela área a colaboradora activa na consensualização das pretensões da Câmara.

 

Por último, importa realçar que Valongo não tem uma ideia de desenvolvimento para o Conselho. Surge um investidor com uma ideiazinha, pede uma excepção ao PDM e se for do grupo dos amigos, concede-se-lhe a concretização do desejo, depois surge um outro, com outra ideiazinha, provavelmente até menos "inha" do que a do anterior, mas porque está na "lista negra" chapa-se-lhe com o carimbo de indeferido e andamos nisto!

 

É portanto, de uma mudança de paradigma que Valongo necessita, mas isso todos sabem, todos, menos Fernando Melo e quem o suporta - ou apenas o ampara! 

 

 

 

 

publicado às 02:09

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VALONGO - O PSD, OS EXPEDIENTES DO COSTUME E A FALTA DE DECORO...

 

 

Acabou tarde a sessão da Assembleia Municipal de Valongo - ontem em Alfena...

 

Tão tarde, que irá ter continuidade na próxima sexta-feira dia 4 de Julho à mesma hora e no mesmo local.

 

Culpa essencialmente do PSD que já nos habituou a conviver com a sua falta de decoro sempre que se atreve a falar do presente e das questões de governação da Câmara, esquecendo o passado recente de falta de vergonha, de favorecimentos ilícitos de amigos e comparsas, de corrupção pura e dura.

Aliás sobre corrupção, João Paulo Baltazar ainda se deu ao desplante de pedir a palavra para uma "espécie de defesa da honra" em que criticou uma frase do presidente, afirmando total transparência e abertura relativamente à partilha de informação - "ao contrário do passado" foi o 'pormenor' que 'ofendeu' JPB. Acusou ainda o toque relativamente à minha intervenção inicial  e a uma das frases da mesma - "20 anos de corrupção em Valongo".

João Paulo Baltazar informou o presidente da Assembleia de que "vou pedir uma cópia certificada desta acta para entregar eventualmente às pessoas visadas por estes chavões"...

 

Trabalho desnecessário, caro João Paulo! Eu forneço-lhe uma cópia da minha intervenção - com assinatura reconhecida se fizer questão disso!

Como costuma dizer-se em linguagem popular, "é preciso ter lata"!

Já tenho dois processos a decorrer no Ministério Público, relacionados com coisas que vou escrevendo neste espaço e quem gere duas queixas também  gere três. Pode ser que resolva recorrer ao ilustre professor Paulo Morais para me assessorar no levantamento dos 20 anos de corrupção em Valongo, envolvendo várias personalidades do PSD bem conhecidas. Esteja pois à vontade, caro João Paulo, mas veja lá, não se vá 'enterrar' ainda mais...

 

Mas o PSD ainda fez mais para ajudar ao arrastamento dos trabalhos: com a colaboração dos seus 'ilustres catedráticos' na área do direito que tendem normalmente a fazer descambar qualquer discussão sobre inócuos documentos em aprofundado (?) e dramático debate, como se da Lei fundamental estivéssemos a tratar, mais uma vez protagonizaram uma "entrada de Leão e saída de sendeiro" a propósito do novo Regulamento do Conselho Municipal de Segurança.

Invocaram de forma solene e peremptória a Lei e o Código do Processo Administrativo - a Drª. Rosa Maria atirou mesmo para o ar um "Já que tem Net (era para mim que falava) veja o CPA e o artigo 20 e qualquer coisa..." para arrastarem a discussão insensata e sem nexo e conseguirem uma vitória pequenina que seria a retirada do ponto em discussão para ser reformulado.

Claro que eu tinha NET e  a 'Lei na hora' e foi possível ver também, que 'catedrático não é quem quer mas quem pode'.

 

Adiante...

 

Porque estávamos em Alfena, preparei uma intervenção crítica sobre aquilo que Alfena espera há muito da Câmara e tarda em ver concretizado e que partilho a seguir:


 

Intervenção sobre assuntos gerais - no ponto ‘antes da ordem do dia’

 

Nesta que é a primeira sessão descentralizada do actual mandato da Assembleia Municipal de Valongo na nossa cidade de Alfena, perdoem-me a maioria dos valonguenses que me elegeram deputado municipal, mas quero colocar-me apenas no papel de simples cidadão alfenense.

 

- Alfena foi durante os últimos vinte anos de desvarios e corrupção, quase sempre a enteada entre as cinco irmãs do nosso Concelho. Paradoxalmente, sempre foi penalizada  por ter aprendido desde sempre a desenrascar-se sozinha e pela sua conhecida capacidade empreendedora, em vez de ficar a carpir mágoas  ou a incubar estéreis crises de ciúme das restantes irmãs.

Mas Valongo rejeitou em Setembro passado insistir na continuidade e soltou finalmente o seu ‘grito do Ipiranga’. MUDAR VALONGO deixou de ser um mero slogan para se transformar numa causa e num novo sistema de trabalho,  sendo que esta mudança é como sabemos, inevitavelmente  condicionada por uma exigente ‘gestão da escassez’.

Portanto, se a solução não pode vir da despensa, sigamos o conselho dos brasileiros “botando água no feijão” – para que chegue para todos, incluindo Alfena... 

 

- Alfena é uma cidade recente, por proposta aliás do actual presidente da Câmara, na altura deputado da República.

Não esquecemos essa atenção e soubemos sinalizar esse reconhecimento em Setembro passado.

Parafraseando Eugénio de Andrade (Antologia de verso e prosa sobre o Porto) -  “Daqui houve nome de MUDANÇA

Mas esta minha intervenção com ‘alma alfenense’ não é uma cobrança, ao contrário da recente ‘carta aberta ao presidente’, essa sim compatível com esse padrão. Os oito meses que leva a sua governação são obviamente insuficientes para a apresentação de qualquer ‘factura detalhada’.

É então e apenas, uma sinalização ‘em voz alta’, das muitas coisas que Alfena espera de si:

 

- Alfena não tem um pavilhão gimnodesportivo nem um estádio municipal. Atendendo porém ao actual estado das finanças municipais, também não vamos reivindicar nos próximos tempos a sua construção. Há porém outras formas de compensar Alfena pelo tratamento desigual dos últimos anos. Se Alfena tem equipamentos privados disponíveis, pois que se recorra à celebração de protocolos com os Clubes que fizeram os investimentos - para que a substituam na disponibilização destas infra-estruturas desportivas, atribuindo aos mesmos as ajudas financeiras equivalentes aos investimentos feitos pelo município nas outras freguesias.

Recorrendo novamente à analogia das enteadas, Alfena não está disposta a continuar por muito mais tempo a “vê-los passar” sem respingar – aos investimentos de centenas de milhares de Euros nos territórios irmãos...

 

- Alfena precisa de uma extensão de serviços da Câmara que dispense os seus cidadãos de terem de se deslocar a Valongo ou a Ermesinde para tratar de pequenas questões burocráticas ou administrativas.

Existem espaços privados disponíveis para tal, alguns já oferecidos directamente ao senhor presidente, bastando apenas que se avance corajosamente na negociação das condições de cedência;

 

- Alfena tem ainda uma insuficiente cobertura da rede de saneamento básico e/ou abastecimento de água. Por outro lados, os moldes em que a concessionária destes serviços os vem assegurando, de forma prepotente e arbitrária, não tem feito aumentar a pressão dos alfenenses para conseguirem o acesso aos mesmos.

Urge portanto forçar a concedente a proceder aos investimentos necessários e a corrigir algumas práticas claramente abusivas, no sentido de conseguir que a respectiva cobertura se aproxime o mais possível dos 100%;

 

- Alfena tem ainda alguns quilómetros de passeios para construir e muitos mais para reparar. Sendo embora alguns da responsabilidade do Instituto de Estradas de Portugal, em todos é importante a intervenção directa da Câmara para que as obras possam avançar rapidamente;

 

- Alfena tem um movimento associativo muito dinâmico.

Tem por exemplo um Grupo Columbófilo que durante a campanha eleitoral nos recebeu nas suas instalações com muita simpatia e a quem fizemos algumas promessas.

A columbofilia é uma actividade simpática partilhada por imensas pessoas dos mais variados estratos sociais mas que em contexto urbano, gera por vezes algumas queixas.

Sem tomar posição relativamente ao mérito ou demérito dos argumentos de  qualquer das partes, recordo a disponibilidade então manifestada pelos Columbófilos para aceitarem um novo conceito já adoptado noutras localidades do País: as ‘Aldeias Columbófilas’.

Implantadas em zonas não conflituantes com o tecido urbano elas podem ajudar a  resolver alguns conflitos mais desagradáveis entre os cidadãos que gostam muito e aqueles que gostam menos dos simpáticos pombos.

Estamos por isso a dever uma palavra ao Grupo Columbófilo de Alfena e também àqueles que com mais ou menos razão, têm reclamado da sua actividade;

 

- A recente duplicação de potência das linhas de alta tensão que atravessam Alfena, promovida pela REN de forma arbitrária e sem qualquer preocupação de ouvir as populações, de esclarecer dúvidas e atender às inúmeras reclamações, fez disparar o número de queixas.

Não sendo competência directa da Câmara, esta não pode no entanto demitir-se da sua obrigação de se colocar de forma mais intensa ao lado dos munícipes na sua exigência de estudos sérios e mais esclarecimentos relativamente às referidas queixas.

Os cidadãos de Alfena – zona do Lombelho - têm trazido este assunto às reuniões de Câmara e também a esta Assembleia e esperam  da Câmara mais ‘decibéis’ no tom de voz com que esta tem de se dirigir à majestática REN;

 

- Alfena e as suas irmãs estão neste momento a discutir com a Câmara os moldes em que se procederá às transferências de meios financeiros, humanos e/ou materiais para as Juntas, a fim de dar cumprimento à Lei das competências.

Também neste caso a Câmara começou mal, persistindo no erro de tratar as freguesias de forma desigual, com base em critérios mal explicados e fundamentações atamancadas e mal estruturadas.

Neste particular, o que Alfena espera é que aquilo que começou mal, possa terminar rapidamente de forma positiva e justa para todas as freguesias;

 

- Alfena discute publicamente – tal como o resto do Concelho - o novo PDM.

Sem retirar nenhum mérito ao trabalho do ilustre professor Paulo Pinho, este trabalho de 2ª. Geração merece no entanto uma atenção apurada – porque nem todas as propostas são consensuais.

Não é este o momento para entrar no detalhe mas impõe-se um alerta para um pormenor muito concreto que diz directamente respeito a Alfena:

A nova Zona Industrial, aquela imensidão de terrenos terraplanados ilegalmente, onde se implantou a Chronopost e onde se pensa implantar uma plataforma logística, resultou da lamentável promiscuidade entre a Câmara de Fernando Melo e do seu vereador José Luís Pinto e um conhecido especulador imobiliário  e  “testa de ferro” do grupo Santander/Novimovest.

Uma declaração escrita de José Luis Pinto dando conta que a Câmara promoveria a reclassificação daqueles terrenos e exibida apenas no momento ‘oportuno’, fez com que estes fossem comprados aos diversos proprietários por 4 milhões de Euros e vendidos no mesmo dia por 20 milhões!

O que o novo PDM se propõe fazer é validar esta vigarice!

Contra tudo o que foi dito e escrito sobre este assunto no passado recente – incluindo por ele próprio - o presidente, tenciona viabilizar esta vergonha em troca da  mirífica promessa de sempre da criação de empregos?

Em Alfena este argumento já teve mais força...

Os traficantes, os investidores do submundo da economia informal e do crime mais ou menos organizado sempre souberam rodear-se de uma auréola de mecenato social – a construção da igreja, da escola, do jardim de infância, do hospital – para melhor disfarçarem as provas dos crimes que vão cometendo.

Em Alfena já temos escola, igreja, hospital, restando apenas a estafada promessa dos postos de trabalho.

Aqueles terrenos só podem ser desclassificados no âmbito de uma autêntica parceria público-privada em que a Câmara seja obviamente parte activa.

O maltratado ribeiro de Junceda e a nossa consciência civica, exigem isso de todos nós!

 

Concluindo:

 

Alfena, a primeira por ordem alfabética das 5 irmãs – eu disse mesmo 5! – reivindica hoje e aqui, neste espaço exíguo, que é no entanto o maior de que dispomos, ser uma ‘igual entre iguais’ – nos benefícios, nas contrapartidas e obviamente também no esforço solidário comum.

 

Obrigado.

 

Celestino Neves – grupo municipal do Partido Socialista

 

 

publicado às 13:03

ESTA PARÁBOLA PODIA SER SOBRE ALFENA...

Era uma vez...

 

Uma leira de terreno sem utilidade nenhuma e que por isso mesmo, tinha um valor quase simbólico, isto é, não valia nada que pudesse despertar a cobiça de quem quer que fosse.

 

(Isto era o que o dono da dita pensava).

 

Um belo dia, numa daquelas caminhadas para queimar calorias e ver as vistas e os eucaliptos - passou por ali um conhecido homem de óculos escuros e de negócios, oops, de 'negócios escuros e de óculos' e...

 

- "Olha que giro! Uma leira que não vale nada, vou perguntar ao dono se quer vender..."

 

O dono que não tinha nenhuma ideia sobre 'utilidades alternativas' para a leira sem utilidade nenhuma disse:

 

- "Eu bendo, quanto bale?"

 

Marralha daqui, marralha dali, fita métrica estendida e 'reestendida' em todas as direcções - "deixe verificar bem isto, que eu não quero que pense que estou enganá-lo..." - o nosso homem de negócios escuros e de óculos ou vice-versa chegou a um valor 'justo' e lá combinaram uma data para selar o negócio no sítio onde este tipo de negócios são selados: no cartório notarial.

 

Entretanto...

 

Este pequeno episódio repetiu-se N'vezes com N'proprietários de outras N'leiras:

 

- "Olha aqui mais uma leira, olha mais outra e outra, etc., etc." e os respectivos - "bendo, quanto bale?" 

 

Enquanto isso...

 

Num outro belo dia semelhante aos outros belos dias já referidos, o nosso homem de 'negócios escuros e de óculos, ou vice-versa' cruzou-se numa das suas caminhadas para 'queimar calorias e ver as vistas e os eucaliptos', com uma conhecida 'fada-madrinha' munida da característica varinha de condão. Observadora como costumam ser quase todas as 'fadas-madrinhas' esta leu nos olhos por detrás dos 'óculos escuros do homem de negócios talvez escuros' o que lhe ia na alma que ele não tinha e propôs-lhe um pacto:

 

- "Proponho-te transformar em lingotes de ouro maciço estes terrenos que não valem nada se me acenderes uma velinha e recheares a minha caixa de esmolas" - pura usurpação de identidade da fada-madrinha, esta de querer fazer-se passar por santa com direito a velinhas e caixa de esmolas, mas enfim...

 

Mas como diz o Povo na sua fé, "o homem põe e Deus dispõe" e um belo dia, oops, um mau dia a 'fada-madrinha que se fingiu de santa' incompatibilizou-se com o 'divino' e foi apeada por este do pedestal que dava poder à varinha de condão.

 

Resumindo...

 

Ainda hoje o nosso 'homem de óculos escuros e de negócios, ou vice-versa' olha para aquelas courelas todas unidas, e oscila entre a depressão e a esperança de que o milagre prometido aconteça, mas nada! - pelo menos até agora...

 

A única coisa que lhe tem aquecido a alma que ele já não tem há muito e que está prestes a ocorrer, é que as novas 'tábuas da Lei' que em breve substituirão as velhinhas de 1995 - também há quem lhes chame 'PDM' - prometem fazer renascer o apagado condão da 'varinha de condão', pese embora o facto de já não ser empunhada pela 'fada madrinha que tinha a mania que era santa'.

Pormenor sem importância, porque o que verdadeiramente conta é o efeito do condão e não a origem do mesmo.

 

Esta podia ser uma 'parábola' sobre Alfena...

 

 

publicado às 22:46

CÂMARA DE VALONGO - O PREOCUPANTE SILÊNCIO DOS ADVERSÁRIOS...

 

 

No rescaldo da minha 'carta aberta ao presidente', alguns 'amigos de ocasião' de José Manuel Ribeiro e habituais 'cobradores de alguma coisinha' nos momentos que se seguem às vitórias, reagiram às minhas críticas com os habituais chavões, sinal evidente de que lhes faltam argumentos ou inteligência para os elaborar.

 

 

Um excerto bem elucidativo:

 

(...)

"É preciso dar tempo ao tempo, depois deixar funcionar a democracia.
Critica há e haverá, é para isso que existe a oposição, pior é quando a oposição não tem necessidade de criticar!
Sabe snr. Celestino, eu bem que avisei o candidato, mas ele não me quis ouvir, só que agora já é tarde e ele mesmo já deveria ter constatado esse facto.
Mas. lá diz o povo;CESTEIRO QUE FAZ UM CESTO FAZ UM CENTO, ou seja quem virou uma vez vira, vira, vira,vira, é um vira vento.
Cumpts
Amílcar"

 

Conheço bem o tipo de fidelidades que esta gente representa e por isso nem vou perder tempo a desmontar a sua 'argumentação'. Parafraseando o ditado, com eles do seu lado o Dr. José Manuel Ribeiro "não precisa de inimigos"...

 

Mas talvez fosse avisado que todos - membros do executivo, presidente da Câmara, todo o seu staff e colaboradores mais directos - tivessem em linha de conta um princípio basilar da 'auto-defesa' em política:

 

 

"Mais do que o vigor das críticas dos nossos amigos, o que nos deve preocupar mesmo é o silêncio dos nossos adversários"...

 

É curioso, mas recordo-me de em muitos momentos da campanha de 2013, José Manuel Ribeiro me ter pedido a opinião sobre determinadas situações e me colocar sempre 'à cabeça' que queria "uma opinião sincera".

 

Pois é...

 

Os amigos verdadeiros dizem-nos sempre o que precisamos ouvir - e nem sempre isso coincide com o que gostaríamos que nos dissessem...

 

 

publicado às 11:47

CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO

Nota prévia:

 

Esta 'carta aberta' é um grito de revolta!

Sabendo embora que não há gritos em diferido, tive no entanto em conta a relação especial que eu e o Dr. José Manuel Ribeiro conseguimos estabelecer durante a intensa campanha eleitoral de Setembro passado, obrigando-me por isso a impor a mim próprio estas cerca de 24 horas de diferimento entre o momento em que o 'soltei' - e o partilhei com ele - e este em que estou a colocá-lo online no meu Blog - e a enviá-lo ao mesmo tempo para os órgãos de comunicação social para que façam dele o que acharem por conveniente.

 

O José Manuel Ribeiro, atarefado que anda com as múltiplas iniciativas externas à Câmara e que o têm impedido de começar a governar, não teve tempo sequer para me retribuir as várias tentativas de contacto que fiz, no sentido de obter uma reacção sua relativamente às causas implícitas e explícitas do meu profundo descontentamento.

 

Liguei-lhe ontem para o informar do que pretendia fazer e enviei-lhe logo a seguir por e-mail - para 'visto prévio', como lhe expliquei (o tal período de diferimento) - o texto que agora publico.

 

Como não deu 'sinal de vida' tentei ao longo do dia de hoje contactá-lo pelo menos duas vezes, tendo recebido dois SMS de retorno: no primeiro dizia "ligo-lhe mais tarde" e n,o segundo "estou numa reunião!". Pelo meio ficou ainda um pedido ao seu adjunto para que lhe lembrasse o meu interesse em falar com ele.

Ligou-me há pouco e falamos durante uns longos minutos, mas no fundamental não se alterou o tipo de apreciação que cada um de nós faz relativamente ao assunto.

Como é evidente, estamos os dois condenados a continuar a 'partir pedra' em torno da governação da Câmara e mais tarde ou mais cedo um de nós vai achar que o outro é que tinha razão...

 

Uma coisa é certa, o meu "assédio" nunca visou - como se perceberá pelo texto - meter nenhuma 'cunha' nem obter alguma benesse pessoal mas apenas contribuir de forma responsável para a salvaguarda do carácter genuino do nosso projecto para MUDAR VALONGO. 


 

Exmo. senhor presidente da Câmara Municipal de Valongo, caro Dr. José Manuel Ribeiro,

 

Começo por lhe dar conta de que ainda conservo as duas t-shirts da nossa intensa campanha de 2013. Devidamente higienizadas evidentemente, que os altos e baixos das ruas e caminhos das nossas duas vilas e três cidades não são fáceis e obrigaram-nos durante aquele intenso período da campanha da MUDANÇA, a 'suar as estopinhas'.

 

A verdade, caro Zé Manel, é que de forma precavida eu tenho também preparada a virtual corda para colocar no pescoço. Tal como Egas Moniz, eu não me dou bem com as falsas promessas e há-de convir que lado a lado em 2013, nós prometemos muito. Promessas sempre validadas como exequíveis nas nossas inúmeras e muito intensas reuniões de trabalho e anunciadas com a pompa e circunstância que os momentos mais solenes nos impuseram.

 

Ao contrário de si e da sua equipe, a mim incomoda-me o incómodo dos nossos concidadãos e sobretudo, incomoda-me que se sintam incomodados por nossa causa. Sim, porque em Setembro eles acreditaram maioritariamente que falávamos verdade quando lhes prometemos que iríamos MUDAR VALONGO! Lamentavelmente, entre as nossas promessas e a nossa prática - o que era possível fazer e o que nós tornamos possível e fizemos de facto - há um fosso imenso que nos questiona.

 

Claro que conheço a asserção 'já a formiga tem catarro'. Por isso os meus reparos, melhor dizendo, as insistentes críticas que fui formulando ao longo destes últimos meses, aconteceram sempre de forma reservada e contida. A busca de protagonismo nunca me moveu nem me moverá jamais, você sabe bem isso. O exacto contributo que o meu trabalho significou para a sua eleição, só os mais próximos o conhecem e não me compete a mim falar sobre ele. Muito menos agora, a partir desta posição crítica!

 

Mas porque não deve existir crítica sem motivo, ser-me-á exigido que o expresse, sob pena de me colocar no mesmo patamar dos que sem motivo o vêm criticando - La Palisse não diria melhor...

 

Caro Zé Manel, você herdou uma Câmara onde não havia nada e havia tudo.

 

Eu explico:

 

Não havia dinheiro mas havia muito onde o gastar. Não havia Orçamento bastante, mas havia muitas dívidas encobertas para as quais o mesmo é e continuará a ser chamado a dar provimento. Não havia trabalho em prole dos munícipes, mas havia uma máquina imensa capaz de o realizar.

 

E podia ir por aí adiante entre o 'nada e o tudo' que havia na nossa Câmara, velha de 20 anos de corrosão - corrosão e corrupção...

 

Você tinha de facto vontade de mudar tudo isto, caro Zé Manel. Eu posso garanti-lo e testemunhei essa enorme vontade ao longo do intenso e muito gratificante contacto porta a porta, rua a rua, lugar a lugar em todas as freguesias e cidades que compõem o nosso Concelho na campanha de 2013.

 

Mas convenhamos caro presidente, que a máquina que lhe meteram nas mãos nunca podia ser parte nessa mudança! Pelo menos sem inúmeras afinações, sem 'alinhar rodas e direcção', sem trocar peças contrafeitas por peças que nos possam garantir que não ficaremos na estrada à espera de reboque.

 

Não foi isso que você fez. Nem você nem o seu navegador - e como nós conhecemos bem o quão importante é para qualquer piloto de provas ter um bom navegador!

 

Porém, você é uma pessoa atenta e facilmente daria pela impossibilidade que acabo de referir, adoptando as medidas necessárias para a ultrapassar, logo àqueles a quem não interessava o seu envolvimento demasiado intenso nos assuntos da governação impunha-se direccionar a sua atenção para outras frentes. Externas, obviamente, que pessoas atentas e empenhadas era o que menos interessava à tal máquina contrafeita.

Elaboraram-lhe um apelativo cardápio para quase todos os dias da semana e até mesmo para os outros, com festas disto, daquilo e daqueloutro, provas desportivas e equiparadas que vão da 'bisca-lambida' ao 'todo-o-terreno' passando evidentemente por coisas mais sérias e colocaram-lhe atrás um grupo de violinos para animar a caminhada. E aí foi você para o terreno, qual 'sempre em festa' de outras histórias do nosso imaginário mais ou menos próximo, que não lhe assenta bem, mas que serve bem os interesses de quem o quer longe dos assuntos da Câmara.

 

Nunca a nossa Câmara se envolveu em tantas iniciativas culturais, recreativas, socioculturais e sociorecreativas como nestes últimos sete meses. Alguns, os directamente interessados sobretudo, dirão que 'ainda bem'! 'Ainda mal' digo eu no entanto! Quando não podemos fazer tudo, devemos fazer apenas tudo o que podemos!

 

Caro Zé Manel, você tem andado demasiado tempo na periferia da Câmara.

Dividido entre o Conselho de Administração da Lipor, o conselho metropolitano do Porto e outros cargos de representação por inerência, entre a comissão política do seu Partido e todas as outras acções da campanha fora de tempo em que o PS se envolveu e os tais percursos 'com os violinos atrás', você não tem tido tempo para nós.

Nem para nós, nem para a família nem sequer para si próprio. Você tem-se cansado sem benefício e como diria o outro, 'não havia necessidade', porque você deveria desde o início ter sabido delegar o que pode ser delegado e não ter delegado nunca o que à partida nunca o deve ser.

Você tem pois de fazer urgentemente o contrário de tudo isto!

 

Os valonguenses precisam de ser informados sobre a real dimensão da nossa 'divida oculta' - todas as pendências espalhadas pelos Tribunais e que resultaram da gestão corrupta de Fernando Melo e João Paulo Baltazar e que a pouco e pouco têm vindo e vão continuar a desabar sobre as nossas cabeças!

 

Números, precisamos urgentemente de conhecer os números e também a margem de risco a eles associada, isto é, a probabilidade mais ou menos próxima de eles se transformarem em prejuízo para todos nós!

 

Os valonguenses precisam de ouvir de si as razões que o têm levado a manter nos respectivos lugares de chefia, ainda que com carácter transitório, muitos dos directamente envolvidos na gestão danosa da nossa Câmara e que foram, em muitos casos, parte activa nos actos de corrupção que ao longo dos últimos 20 anos fomos conhecendo. Quanto mais não seja, para podermos aquilatar da ponderação que será atribuída pelo respectivo Júri à eventual candidatura de alguns no concurso externo para Chefias que se encontra a decorrer.  

 

Os valonguenses precisam de ouvir da sua boca uma explicação convincente sobre a ausência da tão falada auditoria interna que nos prometeu. Você disse-nos durante a campanha eleitoral e bem, que precisávamos de conhecer o ponto de partida para o podermos responsabilizar pelo caminho que percorresse até ao ponto de chagada.

A pergunta incómoda nem precisaria de ser feita, mas eu memo assim formulo-a: já conhece esse ponto de partida?

 

Os valonguenses perguntam-se insistentemente e num crescendo de impaciência e quase revolta, porque não se resolvem os casos pendentes que encontrou, principalmente na área do seu vice-presidente, estrategicamente congelados durante anos para obviar ao cumprimento da Lei e das mais elementares normas urbanísticas.

 

Os valonguenses precisam de saber porque é que mantém todos os apoios financeiros a Instituições várias do nosso Concelho com um histórico de más práticas e de falta de transparência de tal ordem que ninguém compreende que não se tenham imposto mudanças radicais neste tipo de relacionamento. Mais estranho se torna ainda tudo isto quando sabemos que sobre algumas delas pendem queixas nos tribunais interpostas por você mesmo. 

 

Os Valonguenses precisam de saber com urgência porque razão nunca nos falou sobre o role de incumprimentos da anterior concessionária dos serviços de limpeza e varredura - a SUMA - e cuja caução de mais de um milhão de Euros - que serviria obviamente para ressarcir a Câmara desses incumprimentos - João Paulo Baltazar tentou libertar dois dias antes da entrega do poder! Felizmente você estava atento e conseguiu travar essa habilidade a tempo. Como é que ficou o 'acerto das contas' com a SUMA? Porque não denunciou publicamente o seu antecessor pela tentativa de lesar a Câmara em proveito de terceiros?

 

Os valonguenses ouviram em determinada altura falar em certas obras de arte e mobiliário valioso que se encontrariam 'ausentes em parte incerta'. O que há de verdade em tudo isso? Pensa dizer-nos alguma coisa, por vaga que seja, que confirme ou desminta os referidos rumores?

 

Os valonguenses ouviram falar durante muitos anos - anos demais como todos sabemos - num PDM envolto em nevoeiro. Conhecemos os verdadeiros motivos que impediram 'o desejado' de romper a espessa cortina para chegar até nós. Há negócios que só fazem sentido quando não existem amarras legais nem regras demasiado apertadas e os instrumentos territoriais de gestão urbanística, por mais permissivos que pretendam ser, contêm sempre alguma margem de intrusão no bom andamento desses negócios que foram a prática corrente dos últimos 20 anos de corrupção em Valongo.

 

Concretamente sobre o novo PDM (actualmente em discussão pública) os valonguenses ouvem muitas outras coisas - e muito preocupantes algumas delas...

 

Ouve-se dizer que o enriquecimento ilícito promovido com a compra dos terrenos onde se encontra a Chronopost e se pretende instalar 'uma plataforma logística' na chamada nova Zona Industrial de Alfena, será depurado do 'pecado original' - comprados pelo 'testa de ferro' do Santander/Novimovest por 4 milhões e vendidos passados minutos por 20 milhões de Euros por força de uma declaraçãozinha do então vereador José Luís Pinto -  com a justificação de sempre: a potencial criação de empregos.

 

Já ouvimos esta argumentação relativamente à declaração de Interesse Municipal do novo Hospital Privado de Alfena e foi o que se viu...

 

Ouvimo-la igualmente, aquando do negócio do Agostinho Branquinho relacionado com os dois pisos a mais no Hospital de S. Martinho...

 

Mal comparado - ou não - os grandes mafiosos, os tubarões do narcotráfico e os 'homens dos negócios escuros e/ou mal-cheirosos' sabem sempre rodear-se de uma auréola de 'mecenato social' que representa na maioria dos casos, uma autêntica barreira de segurança contra os ataques dos mais atentos ou menos beneficiados com esse 'mecenato'.

 

Por isso os valonguenses perguntam-se: vai ou não o novo PDM continuar a ser um mero conjunto de 'meios' para 'justificar os fins' - sendo que no caso da ZI de Alfena nem mesmo estes são sequer  um dado adquirido? 

 

Vai longa já esta carta, senhor presidente da Câmara Municipal de Valongo - meu caro Zé Manel. Também não será esta a última oportunidade que terei de o questionar. Até porque temo que não esteja ao seu alcance, ou não seja sua vontade, retirar-me os motivos para o fazer.

 

Em jeito de conselho final - atrevo-me a dar-lhos porque como sabe, também os aceito de si - sugiro:

 

- Delegue mais sua representação nas iniciativas externas e delegue o menos possível a Câmara.

 

- Não desconfie à partida de ninguém, mas não confie também cegamente em ninguém como ponto de partida. Os bons profissionais da administração pública conseguem obviamente ser sempre bons profissionais independentemente da caracterização dos políticos a quem servem, mas os contágios à vezes acontecem e persistem independentemente das mudanças de poder.

 

 

 

 

publicado às 10:26

CÂMARA DE VALONGO - A DÍVIDA ENCOBERTA E A 'ESPADA DE DÂMOCLES'...

E pronto...

 

São mas 139 mil euros que a Câmara vai ter de 'desviar' - daqueles que deveriam ser os gastos prioritários com os munícipes - para poder pagar a gestão danosa de Fernando Melo e João Paulo Baltazar.

 

Importante seria aprofundar os contornos deste escândalo.

 

Desde logo, conhecer a 'fundamentação' existente no contrato de arrendamento para a interessante renda mensal daquele degradado edifício de apartamentos que muitos de nós conhecemos como Tribunal.

 

Depois, saber que estranho lapso de memória terá afectado o ilustre causídico da Câmara à altura, o conhecido - e nem sempre pelas melhores razões - Dr. Bolota Belchior, que além de não ter comunicado atempadamente ao senhorio a intenção de rescisão do contrato a partir da data prevista da mudança para as actuais instalações, não assegurou ao mesmo tempo a necessária concertação da mudança com o Ministério da Justiça.

 

'Esqueceu-se' de fazer o trabalho de casa e este 'esquecimento' foi muito conveniente para uma das partes

 

Por último, porque não foi desde início suscitado o mais que evidente conflito de interesses e eventualmente, exigido o direito de regresso da verba agora desembolsada à custa dos munícipes, dado que a acção interposta contra a Câmara foi assinada por um advogado do escritório do Dr. Bolota?

 

"Pelos vistos a Câmara nem sequer se soube defender(...)", disse a propósito desta condenação e com ar de desalento bem justificado, o actual presidente José Manuel Ribeiro.

 

Não soube ou não quis? - pergunto eu que não sou tão cuidadoso com as palavras...

 

Um pormenor sem importância, seguramente...


 

publicado às 17:32

ALFENA E OS 'CRIADORES' DE EMPREGO - ENTRE A VERDADE E A FICÇÃO...

 

A ficção:

 

Ia um cidadão anónimo a caminho do trabalho, quando de repente se depara com um daqueles (quase) rotineiros assaltos a uma loja de material electrónico.

 

"Olha que giro, um assalto! Deixa-me lá ver como corre, que ainda é cedo para chegar ao trabalho".

 

Por esta amostra já dá para perceber que o dito cidadão não tem um sentido de responsabilidade cívica lá muito apurado. Prefere assistir ao 'filme' a pegar no telemóvel e ligar à polícia...

 

Passado algum tempo, começam a sair os assaltantes com as sacolas carregadas de 'produtos facilmente transaccionáveis' e um deles, ao ver o olhar de cobiça que o cidadão lançava sobre as embalagens vistosas de 'telelés' topo de gama que carregava - e pressionado que estava pela absoluta urgência da primeira dose que aquela hora do dia já deveria estar a 'mandar para a veia' - lança-lhe à queima roupa um desafio quase irrecusável: "se tiveres duas de cinquenta levas o saco".

 

O nosso cidadão por acaso até tinha mais do que 'duas de cinquenta', dado que contava no regresso do trabalho, passar por casa do senhorio para pagar a renda da casa. Fica fácil portanto, imaginar como é que este episódio terá terminado...


A realidade - meio ficcionada:

 

Ia um conhecido autarca da nossa praça - do ramo do 'urbanismo criativo' - a 'ver as vistas' do burgo alfenense, quando se depara com um conhecido 'testa de ferro' a comprar terrenos classificados como Reserva Ecológica Nacional (REN) ao preço da 'uva mijona'.

 

"Olha que giro, um negócio de terrenos! Deixa-me lá ver... etc., etc.,".

 

Nisto, tinham-se já retirado os modestos proprietários rurais das terras 'que não valiam (quase) nada', meio tristes meio contentes com o produto do negócio que tinham acabado de fazer - tudo somado, uns modestos 4 milhões - começam a chegar ao mesmo ponto de encontro os Mercedes topo de gama carregados de homens de negócios com ar pouco recomendável. O nosso autarca conhecido pelo faro apurado para todo o tipo de negócios mais ou menos claros na área do empreendedorismo moderadamente transparente, pressente de imediato que aquele pode ser o negócio da sua vida - um dos... - e no entanto, de forma tão simples e tão fácil - para ele, obviamente.

Uma simples e mal redigida declaraçãozinha de intenções da autarquia comprometendo-se a 'dignificar' aquela extensa área de pinheiros e eucaliptos' baptizando-a desde logo com o nome pomposo de nova Zona Industrial de Alfena (ZIA) é a varinha mágica que faz multiplicar em minutos, não os pães que ali não os havia, mas os euros que se adivinhavam nos bolsos de todos os que acabavam de chegar. O gesto ter-lhe-á rendido aquilo que muitos adivinham mas poucos estarão em condições de poder provar.

Já o 'testa de ferro' esse, entre os quatro milhões pagos aos modestos proprietários iniciais e os 20 milhões embolsados ou a embolsar no futuro próximo - depois da consolidação do negócio - terá enriquecido... deixa cá ver, deixa cá ver... é só fazer as contas, como diria o Guterres.

 

Passou-se algum tempo sobre este assalto - sim, porque é de um assalto que estamos (também) a falar - e chega ao terreno um outro autarca que não é do ramo do Urbanismo criativo e depara-se com aquele imenso tesouro ao ar livre.

 

"Olha que giro! Uma Zona Industrial para a Jerónimo Martins"...

 

Alguém que ouviu o aparte alerta-o para o facto daquilo ser o 'produto de um assalto' que não deve ser mexido até ao trânsito em julgado das queixas que se encontram a ser apreciadas no Ministério Público.

Qual quê nem qual carapuça! Se o produto do assalto pode - teoricamente - ajudar a criar alguns postos de trabalho, porque é que devemos ter pruridos ou preocupações com o cumprimento das Leis?

 

"Faz-se um PDM aditivado com uma pequena dose de detergente - tipo 'OMO lava mais branco' - e pronto. Caso encerrado"  - isto é o que o nosso autarca está inclinado a fazer...

 

Caso encerrado coisa nenhuma! É que este é um daqueles casos típicos em que os fins não justificam os meios!

publicado às 13:41

O 'CORDÃO HUMANO' DE ERMESINDE E A SOLIDARIEDADE DOS DEUSES...

A 'Divina Providência' ou seja lá quem for que tem a supervisão do manípulo do chuveiro que Mãe Natureza colocou por cima de nós, hoje demonstrou que se interessa por Causas, nomeadamente aquelas que envolvem os nossos jovens.

 

Dia de 'cordão humano' de revolta pelo abandono a que os políticos votaram a Escola Secundária de Ermesinde, muita gente jovem - os mais directamente interessados em expressar a sua revolta - a maioria já vestida 'à moda de Junho' e do verão que se aproxima e a destoar, uma ameaça bem credível de borrasca atmosférica.

 

Dizia-se no meu tempo de tropa que 'chuva civil não molha militares' e hoje parece que a asserção se aplicou à justa aos nossos jovens e aos menos jovens que se juntaram ao seu protesto - também não foi assim tão forte a chuva que caiu durante o desfile...

 

E aqui é que a 'Divina Providência' se tornou parte activa e solidária com o protesto fazendo 'retenção de líquidos' até ao exacto momento em que este foi dado por concluído. Logo a seguir, seriam umas 11 horas e quinze minutos, 'rebentaram as águas' ao enorme ventre de nuvens do tecto baixo ermesindense e foi um 'ver se te avias' na busca do abrigo mais próximo.

 

Os políticos presentes e mais ou menos solidários com o protesto, esses já se tinham apressado a colocar-se debaixo de telha - da telha mais próxima, que a chuva que caiu durante alguns minutos era mais do género de molha todos do que de 'molha tolos'.

 

Mas pronto, tudo está bem quando acaba bem e agora o que se espera é que o protesto de todos e o sacrifício dos muitos que não conseguiram escapar ao banho indesejado valha a pena e consiga sensibilizar as 'almas empedernidas' de quem manda no Orçamento e se esqueceu destes jovem e de todos aqueles que com eles partilham os sacrifícios que resultam  das (quase) degradantes condições da Escola Secundária de Ermesinde.

publicado às 11:40

BOMBEIROS DE ERMESINDE - FIM DO SEQUESTRO!

Hoje, ou melhor, ontem dia 5 de Junho, fez-se provisoriamente justiça no seio da nobre Instituição dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde, sequestrada desde as eleições de Dezembro por uma direcção fora de prazo que se recusou a respeitar a vontade democraticamente expressa em votos pela maioria dos associados.

 

'Suportados' por uma argumentação intelectualmente desonesta e ridicula e tirando partido da lamentável lentidão da nossa justiça, por ali foram ficando, amarrados por frágeis arames que no entanto  não conseguiram resistir à implacável erosão dos tempos.

 

Em consequência disso, lá foram caindo - uma peça agora umas quantas logo a seguir - restaram para memória futura - e até esta Assembleia - duas solitárias alminhas piedosamente apeadas pela esmagadora maioria da centena de associados que se reuniu para eleger a Comissão Administrativa provisória.

 

Não reagiram bem aos responso nem às 'exéquias' que os associados lhes tributaram e houve um momento em que até pareceu que queriam recusar-se ao piodoso 'enterramento', mas com jeito e muita 'oração' lá se terminou o 'funeral', testemunhado silenciosamente pela 'direcção unipessoal' e não eleita do comandante que por ali deambulou de forma silenciosa - desta vez...

 

Nem ele nem ninguém do seu 'estado maior' se atreveram porém a assumir as despesas de uma lista de oposição a esta Comissão Directiva encabeçada por Jorge Videira - o presidente eleito em Dezembro -  pelo que finalmente, os BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ERMESINDE foram hoje resgatados - ainda que por enquanto provisoriamente - dos empecilhos que lhes tolhiam o seu destino - a eles e também a nós, cidadãos comuns que por óbvias e ponderosas razões, nos sentimos sempre mais seguros por saber que poderemos contar com a coragem não condicionada dos valorosos Bombeiros da nossa Instituição.

 

Parabéns a todos portanto - a eles e a nós!

 

publicado às 01:03

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