VALONGO DO NOSSO DESCONTENTAMENTO - A GRANDE LATRINA...
Acho que já disse vezes suficientes que no que toca à construção da plataforma logística da Jerónimo Martins em Alfena, seria injusto - incorrecto mesmo - tentar envolver o investidor e aqueles que são os seus legítimos interesses, no lamaçal imenso de corrupção e favorecimento ilícito que paira sobre aquela vastidão de terrenos anteriormente REN e RAN - que alás, só parcialmente são ocupados pela dita plataforma.
O investimento da Jerónimo Martins é portanto benvindo a Alfena e só a forma como o actual presidente da Câmara aderiu aparentemente de forma voluntária e até mesmo entusiástica - existe sempre a hipótese académica de essa adesão lhe ter sido imposta - à corrupção que tanto criticou nos mandatos anteriores - a expressão 'faroeste urbanístico' paga direitos de autor a José Manuel Ribeiro - compromete de forma irremediável a fotografia.
Jerónimo Martins podia estar à mesma a construir a sua plataforma logística e a criar as tais centenas de postos de trabalho líquidos que apregoa, porém, em terrenos expropriados pela Câmara à Novimovest/Santander pelo preço que os adquiriu em 2005 aos anteriores proprietários de forma manhosa escondendo o famoso 'documentozinho de José Luís Pinto', vereador do Urbanismo de Fernando Melo.
Podia?
Poder até podia - e se calhar até ganharia com isso - mas não seria a mesma coisa...
(Parêntesis para fazer uma pergunta de mera retórica que aparentemente nada tem a ver com este assunto: alguém sabe como são financiados os grandes partidos políticos, sobretudo as suas campanhas exibicionistas, as arruadas, os 'outdoores' plantados em tudo que é canto e esquina nos principais acessos das grandes áreas urbanas)?
Mas voltando ao assunto, a Jerónimo Martins está portanto - e sem ironia - livre de pecado relativamente à nossa lamentável corrupção doméstica. Quem tiver as mãos sujas terá de as lavar à sua conta e sem ajudas o que até será bom para os negócios do grupo que assim poderá potenciar as vendas de detergente em doses industriais.
Agora um assunto com o qual o senhor Alexandre (Soares dos Santos) se deverá preocupar é o que tem a ver com o perigo que os alfenenses da parte baixa da nossa cidade correm de se afogar em fluidos biológicos ou matéria fecal 'produzidos' pelos vossos colaboradores.
Eu explico:
No contrato de urbanização celebrado com a Câmara e submetido à CCDR-N, uma das condições impostas por aquela Entidade para o início da laboração do equipamento é estar construída uma ETAR em Sobrado.
Alguém me sabe dizer em que ponto está este assunto?