VALONGO - 'INVERTEBRADOS' QUE FALAM, 'BONECOS DE PLASTICINA' QUE MEXEM E OUTRAS HISTÓRIAS...
Alguém comentava há dias comigo - era mais uma pergunta disfarçada de comentário: "esta sua recente amizade de estimação com o José Manuel Ribeiro, depois de ter estado tão próximo dele na campanha eleitoral de 2013 tem de certeza uma história por detrás"...
É verdade, como aliás acontece sempre em todos os nossos comportamentos e atitudes, existe sempre uma explicação mais ou menos escondida que os explica...
Em primeiro lugar, porque José Manuel Ribeiro deixou de ser confiável.
Corrijo, a sua personalidade escondida de pessoa não confiável veio ao de cima, ou então era eu que antes andava distraído.
Mas isso quando muito, poderia simplesmente levar-me a congelar o relacionamento pessoal e ficar-me por aí. Portanto, dirão os mais perspicazes, terão de existir outros motivos. E dirão muito bem, porque de facto existem!
Em vez de me pôr para aqui a contar todos os detalhes vou contar dois ou três episódios curtos a partir dos quais será possível fazer todas as extrapolações e traçar o perfil do 'suspeito' - suspeito?
Take 1:
Durante a campanha eleitoral e na sequência de uma reunião da sua 'task-force' de campanha em Valongo na qual participei depois de um telefonema em cima da hora - um Domingo à tarde - atribuiu-me credenciais de administrador da sua página de candidatura no Facebook.
Lá fui fazendo o que me era pedido, respondendo aos vários comentários e críticas, analisando propostas, filtrando insultos, defendendo a candidatura...
A certa altura a 'máquina' deve tê-lo pressionado para que revisse a responsabilidade que me tinha atribuído, ou então foi ele que simplesmente pensou 'melhor' - afinal eu nem era militante (!) - e sem que me dissesse "água vai", de repente dou por mim sem credenciais!
Alguém acredita que até hoje ele não fez nenhum comentário sobre o assunto? E eu apostei comigo próprio que seria capaz de nunca lhe perguntar sobre o assunto e ganhei.
Take 2
Ainda antes deste episódio e aproveitado a 'visibilidade' deste Blog, ele enviava-me informação sobre a 'falsificação de listas' (?) de militantes por parte do seu camarada Afonso Lobão na luta pela conquista de Concelhia do PS e partilhava informação sobre as queixas junto das estruturas nacionais do Partido.
Estranho? Pois é. Afinal eu nem era militante do PS nem estava em vias de o ser...
Take 3
Numa conversa tida no seu gabinete já depois de ser presidente da Câmara, a propósito do PDM então em fase final de revisão e num momento já um pouco 'azedo', veio à baila a questão do 'garimpo de Alfena' e da plataforma logística da Jerónimo Martins prevista para o local.
Duas frases:
1. "Eu confesso que ainda não sei o porquê da sua actual animosidade em relação a mim mas aviso já: quem semeia ventos colhe tempestades".
Dias depois, aconteceu o famoso flyer sobre a minha 'garagem clandestina'(?) - aquele que meteu fotos aéreas e tudo.
2. "Ó Celestino! o PDM é para aprovar nem que eu tenha de exigir disciplina de voto ao grupo" (ao qual eu ainda pertencia).
É claro que quando cheguei a casa (depois desta reunião) a primeira coisa que fiz foi redigir a carta de desvinculação do grupo municipal do PS, passando a assumir o estatuto de deputado independente na Assembleia Municipal.
Não precisou portanto de exigir disciplina de voto, mas desconfio que esperava bem mais de mim, isto é, que lhe entregasse o lugar de deputado para o distribuir a um(a) dos seus batedores de palmas.
A partir daí, foram dadas rigorosas 'instruções' à Mesa da Assembleia - à parte que ele consegue controlar - para que as minhas intervenções passassem a ser 'cronometradas ao segundo' e para que toda a informação não obrigatória e até aí enviada por correio electrónico a todos os membros do grupo, me fosse cortada.
Take 4
Já na fase de discussão pública do PDM, a Associação Coragem de Mudar, de cuja Direcção faço parte, em conjunto com a Associação Al Henna e Clube 9 de Paus (integro ambas igualmente) resolveram organizar uma sessão pública - aquela onde participou o professor Paulo Morais.
Pedimos o Centro Cultural de Alfena à Câmara para uma sexta-feira à noite e recebemos um e-mail de confirmação da cedência.
Por dificuldades de última hora na agenda de Paulo Morais, foi decidido transferir a sessão de sexta-feira para o sábado seguinte à tarde.
Contactei os Serviços que me confirmaram uma vez mais a disponibilidade - não havia nenhum outro pedido para o local.
Teríamos de enviar um e-mail a formalizar a alteração, o que eu fiz de imediato.
Não sei porquê, mas às vezes somos assaltados por 'presentimentos' estranhos e umas horas mais tarde resolvi confirmar a recepção do e-mail.
Do lado de lá, quem me atendeu começou a gaguejar e eu que tenho um mestrado em 'psicologia forense' alimentei o diálogo enquanto pude até que cansado, o interlocutor soltou:
"Recebemos instruções do engenheiro Paulo Ferreira (o adjunto do presidente) para 'esquecermos' o seu e-mail. Portanto, o que vai suceder é que no sábado não vai estar ninguém para abrir o Centro Cultural".
'Passei-me'! Liguei ao Paulo Ferreira e entre ameaças de que faríamos a sessão ao ar livre e com megafone, ele lá foi gaguejando, negando, inventando dificuldades de agenda, metendo os pés pelas mãos e vice-versa, mas acabou por se render à evidência: No sábado iria estar alguém para abrir o Centro Cultural.
Bem...
Eram para ser apenas três 'takes' e já vamos no quarto, logo, estará contado o suficiente para traçar o perfil de José Manuel Ribeiro como político/pessoa/presidente de Câmara: Uma pessoa "não confiável", para usar as palavras de Arnaldo Soares, presidente da Junta de Alfena, ontem na sessão da Assembleia Municipal.
Ah! É claro que existem muitos mais episódios para descrever esta curta mas muita rica história de traições e falta de vergonha - não, não estava a falar de mim...