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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

ALFENA DO NOSSO DESCONTENTAMENTO - DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS...

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Assim não, Dr. Arnaldo Soares!

 

Por Alfena, tenho vindo a colocar as nossas profundas divergências - e elas são mais que muitas - numa espécie de 'banho-maria', porque quando se dá o caso de enfrentar um inimigo comum eu sou um pouco como 'aqueles-cidadãos-daquela-etnia-que a gente sabe'...

 

Pela terra que ambos adoptamos (eu há cerca de 30 anos, você não sei se mais se menos) temos mantido estrategicamente enterrados os 'machados das guerras' que cada um à nossa maneira temos vindo a travar em prole desta 'Alfena a bela', uma (agora) Cidade que já foi sede de Concelho mas que ao longo das últimas quase 3 décadas pelo menos, do Concelho tem recebido pouco mais que nada ou coisa nenhuma.

 

Não vou dizer que você tem feito tudo bem, da mesma forma que não posso dizer que tem feito tudo mal.

 

(E julgo que você pode dizer o mesmo de mim sem que eu ouse discordar).

 

No seu caso eu até me atrevo a ir um pouco mais longe dando-lhe, à laia do ex-Professor Marcelo e sem qualquer constrangimento, uma nota ligeiramente positiva.

 

Mas para usar uma expressão muito em voga quando falamos dos políticos para os quais é sempre possível defender hoje uma coisa e amanhã o seu contrário com a desfaçatez de todos os dias, 'há atitudes suas que me tiram do sério' e me obrigam a rever - circunstancialmente espero eu - o tácito e informal armistício.

 

Só um exemplo - e por enquanto basta:

 

Você tem vindo a questionar de forma muito vigorosa o presidente da Câmara pela forma como ele está a gerir o aditamento ao contrato com a Jerónimo Martins visando a beneficiação da Rua Nossa Senhora do Amparo no troço entre a N105 (largo da Codiceira) e zona da futura plataforma logística, com total desrespeito pela segurança e conforto dos moradores.

Estes, no exercício de um direito que lhes cabe, de serem ouvidos pelo seu presidente de Câmara a quem querem expor de viva voz expor as suas dúvidas e preocupações, entregaram há muitos meses um extenso abaixo-assinado solicitando uma reunião para esse efeito.

No entanto e numa atitude profundamente lamentável, José Manuel Ribeiro tem-se recusado sistematicamente a recebê-los, considerando que uma carta com meia dúzia de banalidades que lhes enviou pelo correio e paga por todos nós, o dispensa de os enfrentar olhos nos olhos.

Como sabe, eu tenho estado desde o primeiro momento ao seu lado.

(Como também estive, naquele outro  lamentável processo do 'novo plano viário' da Serra Amarela de onde José Manuel Ribeiro saiu com o 'rabo entre as pernas')...

 

Vamos ao reverso...

 

Há algum tempo atrás, os moradores de uma urbanização no Barreiro onde se insere o Restaurante 'O Teles, Cafetaria Gomes, Restaurante D.Garfo entre outros, tomaram conhecimento de que a Câmara se preparava para ceder à Associação Moto-Clube de Alfena, presidida por um membro do seu executivo e da qual você é também associado, uma parcela de terreno localizada naquela zona e próxima da rotunda da A41  - ver imagem a seguir.

 

Essa parcela, uma cedência imposta pela Lei no desenvolvimento do respectivo projecto de urbanização, destinava-se a implementar uma zona ajardinada, um qualquer equipamento colectivo ou destino equivalente e não para instalar uma sede de uma Associação Motard, muito respeitável, com uma actividade digna de realce, mas não susceptível no entanto de ultrapassar direitos específicos daqueles moradores - até porque a Câmara se quiser ajudar o Moto clube de Alfena, terá seguramente - e em Alfena - outras parcelas de terrena que lhes pode ceder.

 

"Estes, no exercício do direito que lhe cabe de serem ouvidos pelo seu presidente de Câmara a quem querem de viva voz expor as suas dúvidas e preocupações, entregaram há muitos meses um extenso abaixo-assinado solicitando uma reunião para esse efeito.

No entanto e numa atitude lamentável de profundo desrespeito, José Manuel Ribeiro tem-se recusado sistematicamente a recebê-los".

 

(Acabei de fazer 'copy-paste' do texto relativo ao abaixo-assinado da Senhora do Amparo)

 

Ontem, na sessão da Assembleia Municipal de Valongo onde ambos participamos, a passagem da referida parcela de terreno do domínio público para o domínio privado da Câmara e posterior atribuição ao Moto-clube de Alfena foi a votos.

 

Ainda que porventura defendendo a 'bondade' desta cedência, seria suposto que você se colocasse - era o mínimo que se lhe exigia como presidente de Junta e de todos os alfenenses - ao lado daqueles moradores no seu direito a reunirem com a Câmara para exporem as razões da sua discordância - até porque além do abaixo-assinado, eles entregaram também 17 'Reclamações fundamentadas' que não obtiveram qualquer resposta.

 

Mas nada disso aconteceu e pior do que não ter acontecido nada disso, foi o facto de você se ter arrogado o direito de guardião da razão e do bom-senso acusando-me de ser "o cavaleiro-andante de Alfena e (neste caso) de um grupo que não está aqui para dar a cara" - acabei de o citar...

 

(Julgo que você não estivesse a sugerir que eu deveria ter levado 'claque' para fazer a música de fundo, o que seria de todo uma inovação...).

 

Dois pesos e duas medidas para dois casos muito semelhantes Dr. Arnaldo Soares, que eu registo e que não vou esquecer. 

 

Por enquanto e no interesse de Alfena, mantenho o meu  'machado de guerra' devidamente embrulhado e protegido, enterrado ali ao fundo do meu quintal.

Por enquanto...

 

A Parcela:

 

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_____________________________

PS:

Porque Alfena fica para aqui nu cu do mundo o 'poder deliberativo' de Valongo do qual eu faço parte, votou a deiberação por (esmagadora) maioria com um único voto contra...

 

Eis a minha declaração de voto:

 

 

Declaração de voto de vencido (Art.º 39.º - 3 e 4 do Regimento)

 

Voto contra e vencido, relativamente a assunto 2.4 constante da adenda à Ordem de Trabalhos (Desafectação do domínio público de uma parcela de terreno, com a área de 1.225,00 m2, sita na Rua 1º. De Maio, em Alfena) pelas seguintes e principais razões:

  1. O terreno em causa foi cedido à Câmara nos termos da Lei mas para além disso, justifica-se de facto o seu efectivo uso para resolver vários constrangimentos que a urbanização onde se insere enfrenta - inexistência de equipamentos públicos naquele local e necessidade de um traçado alternativo de saída para o centro de Alfena que obste à necessidade de ir à rotunda da A41;
  1. Para além disso, um grupo de moradores entregou em 19 de Julho de 2016 um ‘abaixo-assinado’ com 29 assinaturas solicitando uma reunião urgente com a Câmara para falarem sobre a intenção desta em ceder a referida parcela a uma Associação alfenense, sem que até agora lhes tenha sido dada uma resposta;
  1. Por último, foi entregue um conjunto de 17 ‘reclamações fundamentadas’ – 1 por mim próprio em 07/07/2016 e outras 16 em 20/07/2016 – sobre o mesmo assunto, sem que até à data a Câmara tenha dado resposta aos reclamantes;

Valongo, 29 de Setembro de 2016

(Celestino Neves)

 

 

 

 

 

 

publicado às 21:18

PROVÉRBIO VALONGUENSE: "BURRO VELHO NÃO APRENDE LÍNGUAS"...

 Nem línguas nem outras coisas...

 

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Valongo e Alfena ficam evidentemente muito longe da China e pelos vistos, também muito longe da imensa e milenar sabedoria chinesa - da chinesa e também da do ‘homem comum alfenense’...

 

Terminou ontem a edição 2016 da Festa do Brinquedo de Alfena e quando todos estávamos à espera que os inúmeros protestos que rodearam a edição de 2015 por causa do corte da principal via estruturante da nossa Cidade (a Rua de S. Vicente) com o desvio de ligeiros, pesados e transportes públicos para a Rua da Várzea, eis que os neurónios de alguns crânios ilustres voltaram a falhar.

 

Há quem diga que os erros são oportunidades...

Serão. Mas para que se traduzam nisso é preciso acrescentar-lhes alguma inteligência e pelos vistos em Valongo e Alfena (a Câmara a Junta foram parceiras na organização do evento) voltou a faltar bom senso e a sobrar a idiotice do ano passado.

 

Mais uma vez ‘meteram o Rossio na rua da betesga’, provocando enormes constrangimentos aos moradores da Rua da Várzea e também aos muitos passantes (automóveis, camiões e autocarros) que não puderam ou não souberam encontrar melhor alternativa.

(E só não foi pior, porque muitos passantes locais, conhecendo a envolvente conseguiram fugir à confusão da Várzea).

 

Não sei quantos séculos demorou a sabedoria chinesa a sublimar-se, mas seria bom que o senso comum deste cantinho do subúrbio demorasse bem menos e pudesse colonizar algumas das mentes ‘pouco brilhantes’ que (ainda) decidem sobre os nossos destinos, por forma a que em 2017 não repitam a asneira.

____________________________________________________________________________________

 

PS: Um caso de doença grave de um familiar próximo não me permitiria aceitar o convite que, na qualidade de deputado municipal, me foi enviado para o evento, mas ainda que pudesse é claro que não iria para não ajudar a 'patrocinar' tamanha burrice que estragou desnecessariamente um evento que como já disse merece ser mantido e melhorado.

Já agora, se não conseguirem 're-ligar' os neurónios, para o ano estão dispensados de me enviar convite...

publicado às 00:14

O 'JULGAMENTO DO SÉCULO' (em actualização...)

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Está marcada para o dia 3 de Novembro às 13:30 horas, no Tribunal de Valongo, a primeira audiência de Julgamento da queixa contra mim do 'lamentável presidente' da Câmara Municipal de Valongo que eu, lamentavelmente ajudei a eleger em Setembro de 2013.

Para o compensar dos danos que tenho vindo a provocar à sua imagem e bom nome com as publicações no meu Blog - ele faz isso bem melhor do que eu, mas enfim... - para o compensar, o presidente Zé Manel pede nada mais nada menos que 50 mil euros...

Cinquenta mil são cinquenta mil e embora eu mentalmente não consiga sequer imaginar o 25 de Abri sem liberdade de expressão e não tenha conhecimento de que tenha sido publicado qualquer decreto a extinguir o 25 de Abril, vou fazer o conveniente trabalho de casa para que no dia da audiência não falte nada para que a Justiça possa fazer o seu trabalho.

 

(O 'julgamento do século' é obviamente uma figura de estilo, mas lá que vai ser mediático isso vai, posso garanti-lo!

Tenho já um bom lote cidadãos que se prontificaram a ser minhas testemunhas, uns mais 'mediáticos' que outros, mas todos eles cidadãos exemplares e solidários.

Há no entanto ainda alguns 'lugares disponíveis' para alguém que faça questão de contribuir para a Causa da Justiça e da Cidadania. 

Se for o caso de um ou outro amigo que esteja a ler este post, manifeste-me essa vontade por mensagem privada no Facebook ou aqui no Blog, em forma de comentário, uma vez que sendo os comentários do Blog moderados só eu verei os mesmos antes de apagar o que não precisa de ser visto.

 

Aos seguidores mais atentos, apelo para que compreendam que neste período que decorrerá até ao dia 3 de Novembro, a minha actividade será mais moderada. Não porque o Zé Manel tenha logrado os seus intentos - os de me atemorizar e desmotivar de continuar a exercer Cidadania - mas antes pelo contrário, isto é, para que não os consiga alcançar.

 

Como diz o Povo, "quem tem medo compra um cão" e eu tenho um cão (cadela) e um gato...

 

Façam-me pois o favor acreditar que não desisti de ser quem sou, OK?

publicado às 20:14

O 'VÍRUS' DAS CARTAS ABERTAS ('A MARIANA')...

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Eu também já escrevi uma carta aberta que também se tornou 'viral' - pelo menos à escala de Valongo, evidentemente...

Mas fi-lo sempre, assinando por baixo e não a coberto de um qualquer pseudónimo ou nome inventado. 

 

E sobretudo, não me fiquei - nem me fico - pelas cartas!

Incomodar quem governa - poder local, central ou outro - é o meu 'nome do meio'. Por causa disso, já não é a primeira vez nem sei quando será a última, que 'sento o cu no mocho' - normalmente por 'difamação agravada' aos que mandam.

Até agora, a Justiça tem estado... 

 

Foi assim nesta carta e também nesta escritas ao 'lamentável presidente' da Câmara Municipal de Valongo e também presidente da concelhia do Partido Socialista, José Manuel Ribeiro.

 

É claro, que todas as cartas abertas que abordam assuntos incómodos ou mais ou menos escabrosos, sobretudo aquelas que ganham a tal dimensão 'viral', como foi o caso da primeira referida, incomodam e quando atingem gente pequena e sem perfil democrático como José Manuel Ribeiro, às vezes resultam em danos colaterais.

 

(Lamento profundamente o despedimento do Jornalista Luís Chambel do Jornal A Voz de Ermesinde, despedido e proibido de entrar nas instalações da sede do Jornal, só porque publicou a minha carta e porque o então director do Jornal era amigo do presidente da Câmara e tinha - ao que dizem - um 'tacho' qualquer pago pelo orçamento municipal).

 

Portanto...

 

Escrevam todas as cartas abertas que quiserem, mas assinem-nas e digam quem são e ao que vêm!

Não basta dizerem que são a 'Maria dos tractores' ou o 'Quim das ovelhas' e escreverem sobre as 'Marianas Mortáguas' deste País - nem vocês são quem dizem que são, nem o vosso alvo é a Mariana!

O que vos move na realidade, é a salvaguarda dos interesses do costume, a manutenção do 'status-quo' que preserve as fortunas patrimoniais originadas por compras de submarinos ou contribuições de 'Jacintos Leite Capêlo Rego' ou 'percursos empresariais relevantes nas Tecnoformas deste País'!

E se para tal tiverem de assinar o que escrevem como 'Cristina Miranda' ou 'Hugo Minhava da Cunha' vocês assinam - até assinariam como 'O Diabo' se não tivessem à mão outros nomes mais comuns!

 

Se fossem pessoas reais eu teria um conselho para vos dar:

Exerçam cidadania, participem na vida das vossas autarquias locais, vão a manifestações de descontentes, assinem petições, vão às urnas - votar pelo menos - e deixem-se de lamurias!

 

(Isto é o que eu vos diria se vocês existissem de verdade, mas vocês não existem, vocês são uma mentira...).

 

 

 

publicado às 12:21

RECADO PARA O AMIGO RUI MOREIRA...

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Como dizia a minha avozinha que deus tem, "se a mãe é uma vaca, a filha não pode ser outra coisa"...

Ela dizia-o no sentido literal e sem qualquer alusão malévola ao 'mau porte' de alguém.

 

Já Rui Moreira, cujas opiniões tantas e tantas vezes partilho, desta vez inverteu as coisas e saltou de forma lamentável e quase explícita do pouco conseguido sentido figurado da sua frase - AQUI - para o mais que evidente sentido literal, ao trazer à colação de forma quase explícita o caso que envolveu Camilo Mortágua - o pai das gémeas Mortágua.

 

É claro que (desta vez) Rui Moreira teve um lamentável mau gosto na abordagem. Independentemente de lhe reconhecer todo o direito a discordar do 'imposto especial' sobre o património de elevado valor.

 

Por duas razões a saber:

 

Primeira:

O contexto em que se verificou o assalto à agência do Banco de Portugal na Figueira da Foz em 10 Maio de 1967, era muito especial e Rui Moreira deveria saber fazer a destrinça - porque ela deve ser feita! - entre um revolucionário e um assaltante de bancos.

 

Não sei o que as gémeas Mariana e Joana pensam sobre o percurso revolucionário do Pai, mas um filho, caro Rui Moreira, é uma 'entidade' distinta do pai - ou da mãe.

 

Segunda:

De forma racional e destituída de inquinações (apesar de tudo) 'direitistas, elitistas, capitalistas' que você por vezes ainda deixa antever meu caro Rui Moreira, aceite raciocinar comigo neste exemplo com que vou tentar explicar-lhe que a 'sobretaxa sobre o património imobiliário de elevado valor' pode ser uma forma tão boa como tantas outras de promover maior justiça fiscal. Além disso, se ela (a sobretaxa) vier a ser implementada, não será por nenhuma das gémeas mas sim pelo governo! 

 

"O pobre homem bem se esforçava por imprimir força suficiente ao empurrão com que tentava pôr em andamento o chaço velho que teimava em não pegar.

Solidários, um grupo de meia dúzia de amigos, entre os quais dois 'elegantes estivadores', que conversava à porta do café da aldeia atravessou a rua e juntou a soma das suas forças à força do cidadão aflito.

Vencido pelo esforço conjugado, o chaço desistiu de ser teimoso e lá pegou com dois soluços fumarentos, perante a alegria do dono e de todos eles também".

 

Pergunta:

Passa-lhe por acaso pela cabeça, caro Rui Moreira, que o esforço solidário da tal meia dúzia (entre eles os dois estivadores) se 'nivelasse' pela força dos dois lingrinhas que se destacavam no grupo?

Claro que não!

Ninguém conseguirá dizer quem é que empurrou com mais força mas eu quase que arrisco adivinhar que foram os dois 'elegantes estivadores'!

Diferenciação fiscal é isso, Rui Moreira: "de cada um segundo a sua capacidade"!

 

 

 

publicado às 00:35

CAPITALISMO versus SOCIALISMO...

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Capitalismo e socialismo não se reduzem apenas à questão pequenina de quem detém os meios de produção, ou sequer ao problema da desigualdade no acesso de todos os cidadãos à aquisição de conhecimentos - escolares, técnicos científicos ou outros - por forma a que as oportunidades de progredir na vida - pessoal, profissional, científica ou outra - partam de um mesmo patamar de igualdade.

 

Capitalismo e Socialismo são antes de mais - e se calhar apenas isso - uma questão ideológica.

 

(Claro que há muito boa gente de esquerda que defende que o capitalismo não tem nada de ideológico.

Eu não penso assim e até acho que o capitalismo, mais do que uma ideologia é quase uma 'religião' - a de 'satã' evidentemente).

 

Vou dar um exemplo prático:

 

Vamos supor e - isto é só um 'supônhamos' - que eu e o Relvas nos tínhamos doutorado os dois com nota máxima (na verdade, nem eu nem ele nos doutoramos, nem sequer nos licenciamos) e que começávamos uma carreira ao nosso gosto, partindo de uma base igual de investimento proporcionada pelos nossos respectivos progenitores - para que não houvesse 'pecado original' na partida.

Tenho a certeza absoluta que em 10 anos apenas, o Relvas teria ido muito mais longe do que eu, estaria a gerir uma ou várias grandes empresas e a explorar centenas ou milhares de trabalhadores a quem pagaria o salário mínimo - sempre com a preocupação de que não engordassem demasiado para não perderem a respectiva capacidade (física) para o trabalho.

Teria ainda com toda a certeza e por força disso, ganho o direito a figurar nos primeiros lugares do 'Ranking da Fortune'.

 

Já eu...

 

O máximo que me consigo imaginar é num qualquer trabalho liberal, numa revista científica, num jornal temático, num gabinete de arquitectura em sociedade com um grupo de 'pares entre pares' e um grupo de colaboradores - pagos em vez de explorados e com direitos e deveres em vez de apenas deveres...

Mentiria se dissesse que não gostava de trocar o meu Fiat de 2005 por um novo também Fiat (ou equivalente) mas garanto que continuaria a sentir (pelo menos) vergonha quando me cruzasse com o 'carrão' do Relvas.

 

Portanto...

 

Independentemente do 'sistema' e da organização dos meios de produção, um socialista não enriquece porque a sua 'programação mental' não permite que isso aconteça.

Quando isso acontece é porque se 'distraíu' ou 'danificou o chip' e nesse caso deixa evidentemente de ser socialista e de esquerda.

 

(Acho que acabei de dizer uma grande asneira: "socialista de esquerda". Se é de direita não pode ser socialista - ou vice-versa!).

 

 

publicado às 20:52

"CÁ SE FAZEM CÁ SE PAGAM" - ERMESINDE E VALONGO ESTÃO A PAGAR?

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Ontem andou por Ermesinde e Valongo uma delegação do PSD - acompanhada pelo ainda presidente da Câmara da Maia - para sinalizar a retirada das Escolas Secundárias de Ermesinde e Valongo do mapeamento dos fundos comunitários para requalificação e beneficiação.

Segundo alguns adeptos das 'teorias da conspiração' - será que estão certos? - a situação tem tudo para se parecer com uma 'retaliação' do governo pela lamentável tentativa de agressão a António Costa naquela sessão no Fórum de Ermesinde em 2014 no decurso das primárias do PS em que Seguro - como todos  sabemos - derrotado.

 

Se for essa a razão oculta e nunca confessada deste abandono da requalificação das referidas Escolas, eu acho muito mal, até porque nem todos os socialistas de Ermesinde - e muito menos a restante população  - se revêm no comportamento de meia dúzia de energúmenos ou no silêncio cúmplice de José Manuel Ribeiro ou de António José Seguro!

 

Mas como dizia a minha avozinha que Deus tem, "quem não se sente não é filho de boa gente" - o "olho por olho, dente por dente" também serve - e se assim é, o melhor é em 2017 os valonguenses ponderarem muito bem se vão renovar o mandato de quem - por mil lamentáveis razões - tem "a cabeça a prémio" em Valongo (Ermesinde incluído)politicamente falando.

 

Se tens um telhado pontiagudo que atrai todos os raios sempre que há trovoada e porque alterar a direcção dos mesmos está fora de hipótese para ti, só tens duas hipóteses: substituíres o telhado ou mudares de casa.

 

Para bom entendedor...

 

publicado às 13:36

VALONGO - CRENÇAS E CONVICÇÕES...

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Segundo Fernando Gil Convicção e crença não são exactamente a mesma coisa...

Hesito por isso entre uma e outra para explicar o inefável estado que me invade neste momento em que basicamente acabo de me convencer de que ainda podemos acreditar em alguns políticos, em certos autarcas (presidentes de Câmara ou de Junta), em alguns técnicos superiores (das Câmaras ou das Juntas) e em alguns adjuntos ou assessores de todos eles, nomeadamente no que ao 'subúrbio' diz respeito - e também na virgindade daquele(a) trabalhador(a) independente de beira de estrada que presta aquele relevante serviço à Sociedade...

 

Cada vez estou mais convencido (ou crente)  da necessidade de se criar em Valongo uma congregação para as causas dos santos de pau oco), a exemplo do que acontece com a similar(?) da Igreja Católica para os outros (os que são apenas Santos). 

 

Penitencio-me portanto - acho até que que vou usar cilício durante um bom par de meses - por ter sequer pensado até há pouco tempo atrás na simples possibilidade de existir (ou ter existido) em Valongo algum acto de corrupção passiva ou activa envolvendo anteriores ou actuais autarcas ou técnicos superiores, ou assessores de autarcas, ou assessores dos assessores de todos eles... 

 

Mereço o cilício e vou saboreá-lo até à última contorção de dor!

 

Neste momento, reconciliado com a minha consciência, quero ditar para registo de memória futura, que acredito firmemente que naqueles terrenos designados por piada 'garimpo de Alfena' (junto ao nó da A41/Senhora do Amparo) onde se ultima a instalação da plataforma logística da Jerónimo Martins e que pertenciam - uma parte ainda pertence - à NOVIMOVEST/Santander, jamais houve sequer indícios de actos corruptos.

 

Acredito ainda, que a alteração à Carta REN de Valongo envolvendo a Câmara, a CCDR-N, a Direcção Geral do Ordenamento do Território e outras Entidades, foi um simples acto de gestão visando salvaguardar o interesse público erradicando do local inestéticos Ribeiros e linhas de água, alguns sobreiros, alguns carvalhos e muitos eucaliptos.

 

Acredito que nem o actual presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, nem quem o antecedeu no cargo - sobretudo a partir de 2007 - tiveram algum interesse ou de algum modo se constituíram como facilitadores de qualquer acto de urbanismo ilegal ou selvagem, vulgo 'faroest'.

 

Acredito que José Luís Pinto, que por alturas de 2007 era o Vereador do Urbanismo de Fernando Melo, tem já processo aberto na tal congregação para as causas dos santos).

 

Acredito que Jaime Resende (a quem algumas pessoas de má índole apelidaram na altura de 'testa de ferro' - o mesmo que esteve envolvido nos negócios com os terrenos onde está implantado o 'Mar Shoping' e loja do IKEA em Matosinhos - no caso do 'garimpo de Alfena' intermediou apenas uma simples operação de compra e venda de terrenos que 'não valiam grande coisa' e que todas as partes envolvidas no negócio - anteriores proprietários e NOVIMOVEST/Santander - dispunham no momento da transacção de informação exactamente igual.

 

Acredito portanto, que naquela Conservatória de Matosinhos onde tiveram lugar as duas escrituras públicas de compra e venda, em nenhum momento caíu do céu qualquer documento que não fosse do conhecimento de todos os envolvidos.

 

Acredito - e neste caso profundamente - que aquela inesquecível viagem de José Manuel Ribeiro à sede da Jerónimo Martins onde foi plantado o óvulo fecundado que iria mais tarde dar lugar à gravidez em curso e ao promissor parto da plataforma logística daquele grupo foi apenas uma viagem de catarse em que se libertou das reservas e objecções - será que alguma vez as teve? Será que na viagem de ida ainda as tinha? - relativamente ao negócio da NOVIMOVEST/Santander.

 

Por último, acredito (e uma vez mais, também profundamente) que a NOVIMOVEST é apenas uma IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social) como todas as outras que conhecemos, que apenas persegue o objectivo  de promover... exactamente, a solidariedade e o bem comum.

 

E termino como comecei:

 

Acredito na virgindade daquele(a) trabalhador(a) independente de beira de estrada que presta aquele relevante serviço à Sociedade.

 

 

 

publicado às 20:47

MONÓLOGOS DE VALONGO - "ESPELHO MEU, ESPELHO MEU..."

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 (Foto: Verdadeiro Olhar)

 

Ontem foi dia de reunião pública de Câmara, descentralizada, na cidade de Ermesinde e pela primeira vez, a uma hora decente para aqueles que durante o dia trabalham 'noutras actividades'...

Tivemos um auditório do Fórum Cultural de Ermesinde bem composto, o que é positivo e merece ser assinalado.

 

Como quase sempre acontece, o ponto 'antes da Ordem do Dia' foi o mais 'interessante' e a   parte mais interessante do 'interessante' foi, como quase sempre também, o 'interessante' (primeiro) monólogo do presidente da Câmara a propósito da expropriação do Estádio de Sonhos em Ermesinde.

Ficamos a saber que o secretário de Estado da Geringonça lhe telefonou uns dias antes da publicação em Diário da República da decisão administrativa de expropriação e também ficamos a saber que José Manuel Ribeiro 'teve o cuidado de lhe agradecer a atenção'.

Ficamos ainda a saber que não vamos ficar a saber muito mais sobre (eventuais) melhoramentos no espaço desportivo dos Montes da Costa (desde início associado ao litígio com a IMOSÁ no que toca ao Estádio do Ermesinde) e que há muito carece de intervenção urgente.

 

Vencida a aridez habitual da ordem do dia, veio a intervenção do Público.

 

Como primeiro de três inscritos, lá tive de voltar 'à vaca fria' com os seguintes assuntos:

 

- Ponto de situação relativo à intenção de ceder um terreno municipal junto ao nó da A41 à Associação dos Motards de Alfena, um terreno que tendo resultado de cedências nos termos da Lei para a construção da urbanização onde situa entre outros o Restaurante O Teles, tinha (tem) como finalidade a implantação de equipamentos públicos.

Este assunto teve desenvolvimentos através do envio à Câmara de um abaixo-assinado e de várias Reclamações Fundamentadas visando impedir o executivo de avançar nesta intenção a todos os títulos inexplicável.

 

"Confirmo a recepção dos documentos referidos e o gabinete de assuntos jurídicos está a apreciar o assunto no sentido de responder aos reclamantes e eventualmente avançar com a decisão para a Assembleia Municipal" -  José Manuel Ribeiro dixit.

 

- Abaixo-assinado dos moradores da Rua Nossa Senhora do Amparo exigindo uma reunião com a Câmara para serem ouvidos e lhes serem dadas explicações relativamente ao que foi acordado com a Jerónimo Martins sobre a forma como o troço até ao largo da Codiceira vai ser intervencionado.

Resposta 'chapa cinco' de JMR: "Já dei todas as explicações que tinham de ser dadas, inclusive, enviei cerca de 150 cartas para as moradas dos subscritores do abaixo-assinado".

 

(Sobre a Deliberação apresentada por mim na última sessão da Assembleia Municipal relativa ao mesmo assunto e aprovada por maioria, "solicitando ao executivo que antes de iniciar qualquer intervenção no terreno envie a este Órgão a deliberação tomada em reunião de Câmara sobre o referido aditamento ao contrato de urbanização (...) bem como o parecer da CCDR-N (...) os detalhes sobre o tipo de perfil previsto (...), sobre isto, JMR disse... nada).

 

- Problemas (graves) de saneamento com a descarga directa de efluentes domésticos de uma série de habitações em Alfena (Rua da Boavista é um dos aglomerados que há muitos anos vem sendo referido) para o Rio Leça sem que a Câmara obrigue a concessionária BeWater (antes a Veolia) a fazer o que deve.

Pela voz do vicé-presidente Sobral Pires, "está prevista uma intervenção no decorrer do segundo semestre para resolver uma das mais graves situações com que nos debatemos".

Vamos lá ver - esperando que não nos aconteça como ao cego...

 

- O último ponto de que falei, foi o da Protecção Civil Municipal, cujo comandante operacional gosta muito de aparecer em eventos e até de ajudar a organizá-los, mas que não se sente especialmente atraído pelo 'trabalho no terreno'.

Sugeri ao presidente da Câmara que mandasse instalar na viatura de serviço do senhor comandante um ar condicionado capaz para que ele (eventualmente) se possa sentir mais motivado "a tirar o cu do assento e a sair mais vezes do gabinete" (sic) vindo por exemplo, ver o que se passa com a apropriação indevida de faixas de servidão e corta-fogo entre alguns armazéns na zona industrial do Barreiro em Alfena - onde aliás, já ocorreram ao longo dos últimos anos vários incêndios graves.

(Sim, porque nem só com os incêndios florestais nos devemos preocupar).

 

José Manuel Ribeiro preferiu no entanto 'chutar para canto' dando apenas algumas explicações inócuas relativamente ao trabalho da Protecção civil e dos Bombeiros na gestão de faixas combustíveis, limpeza de matos e prevenção de incêndios florestais.

 

Sobre esses, ainda é cedo para falarmos, JMR!

Esperando que o Setembro quente que se avizinha não queime muito mais do que já queimou até este momento, lá para o final do mês ou início de Outubro, vista o seu melhor fato ignífugo porque as 'chamas' vão ser altas!

 

Por fim...

 

Depois de uma intervenção muito crítica do presidente anfitrião desta reunião de Câmara, o Luís Ramalho, tivemos a oportunidade de nos deliciarmos com o mais longo e mais enternecedor monólogo de José Manuel Ribeiro em torno das questões colocadas por Luís Ramalho.

 

E como fala bem o nosso ´prefeito imperfeito' - sobretudo que se ouve a ele próprio sem os  riscos de um 'incómodo' contraditório!

 

Começou de mansinho, como aqueles carros antigos que demoram um bocadito até atingirem a velocidade de cruzeiro, mas depois de 'lá chegar', via-se-lhe na cara que estava a adorar ouvir-se.

 

Falou das realizações do seu mandato, falou de futuras realizações do seu mandato e falou do tempo que resta do seu mandato para eventualmente fazer tudo o que disse que tinha intenção de fazer mas ainda não fez no que já leva de mandato.

 

E falou de milhões também...

 

Dos cerca de 11 que o município vai receber de fundos comunitários e que vão ser fundamentalmente alocados a Valongo...

 

Terminado a ternurenta conversa consigo próprio e com os seus botões, ninguém lhe respondeu à letra - ninguém lhe pôde responder, porque Regimento é Regimento e apesar de todas as (in)verdades e (im)precisões, a barreira regimental é para JMR um verdadeiro muro de arame farpado que não vale a pena sequer tentar transpor para as desmontar

 

 

 

 

publicado às 14:21

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