VALONGO, UM CONCELHO ONDE A LEI SE REINTERPRETA...
No dia 11 de Maio requeri ao excelentíssimo senhor presidente da Assembleia Municipal de Valongo, Dr. Abílio Vilas Boas Ribeiro, a consulta da gravação da segunda parte da última sessão deste Órgão e que teve lugar em Alfena a 3 de Maio.
Numa atitude verdadeiramente lamentável, a primeira figura do Município decidiu ter dúvidas (!) sobre o meu direito e solicitou um parecer à CADA (Comissão para o Acesso as Documentos Administrativos).
Contra todas as suas inconfessadas expectativas, a CADA respondeu em tempo record e desfez as dúvidas que o Dr. Vilas Boas nunca teve mas decidiu fingir que tinha.
Na passada sexta-feira, recebi do serviço de apoio aos eleitos um e-mail informando-me de que poderia "(...) consultar a gravação da sessão da Assembleia Municipal, realizada em Alfena, a partir da próxima segunda-feira, dia 23 de Julho, indicando previamente da hora e dia que pretende efectuar a audição da gravação". Aparentemente portanto, o problema estava sanado...
Ou seja... nada disso!
Sua excelência, que entretanto foi de férias, deixou uma indicação expressa à funcionária do Serviço no sentido de que a audição da gravação teria de ser uma "audição corrida e ininterrupta", seja lá o que isso possa significar e que eu "apenas poderia tomar 'pequenas notas" (sic).
Temos portanto um pequeno(?) problema que resulta de três - pelo menos - incapacidades que confesso desde já:
- Não possuo memória de elefante;
- Não consigo fazer a destrinça entre 'notas', 'pequenas notas' e 'notas grandes ou muito grandes';
- E tampouco tenho pachorra para aturar desaforos e birras de gentinha pequena a quem o poder subiu à cabeça;
Uma nota final:
Como sua excelência estava de férias e não me retribuiu nenhuma das várias tentativas de contacto, tentei chegar à fala com o primeiro secretário da Mesa da AMV - e presidente em exercício - o Dr. Queijo Barbosa, que mandou dizer que "a orientação previamente estabelecida era a que se aplicaria" (!)
O Dr. Queijo Barbosa é advogado. Conhece portanto (alegadamente) melhor a Lei do que o médico Dr. Vilas Boas.
Ambos no entanto resolveram partilhar solidariamente o 'espaço exterior' das normas legais aplicáveis, isto é e dito sem anestesia, colocaram-se fora da Lei e assumiram uma lamentável postura de pequenos títeres.
Daqui até sexta-feira vou decidir o que fazer em definitivo sobre esta pequena habilidade saloia.