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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

BONS NATAIS PARA TODOS...

Captura de ecrã 2018-12-22, às 00.20.16.png

Hoje não vou falar de Natal...

 

Porque em Portugal ele apenas existe neste curto espaço de tempo em que se convencionou - quem convencionou? - que todos sejam moderadamente felizes nesta quadra, tenham a sua ceia de consoada e o seu almoço de Natal com alguma abundância. E tudo isso para que os generosos doadores do Banco Alimentar contra a fome - mas há fome em Portugal? - se sintam recompensados pela generosa dádiva da lata de atum, do quilo de arroz corrente, da garrafa de óleo (azeite num ou outro caso), do pacote de esparguete da Nacional. Por isso vou falar (sobretudo mas não só) de "roupa velha" - um pouco mais abaixo... 

 

E não vou falar de Natal por uma outra (e relevante) razão:

 

Porque quem fala de Natal está a fazer um frete àqueles que enchem a boca a dizer que Natal é todos os dias (para eles até é...) mas se esquecem de ajudar a tornar esse Natal-de-todos-os-dias possível (também) para todos os mais simples entre os simples, para os 'descamisados', para os desvalidos da sorte - aqueles que, por terem apenas uma casa pequena (às vezes apenas um sítio e uma embalagem de cartão onde se deitam) nunca se esquecem da sua residência quando são perguntados sobre isso...

 

Hoje não vou falar de fome...

 

Apesar de saber que ela existe no mundo que nos rodeia e também em Portugal que faz parte desse mundo à nossa volta - porque não é-de-bom-tom falar destas coisas desagradáveis nesta época festiva de paz-e-amor...

 

Hoje não vou falar de guerra...

 

Em primeiro lugar, porque ela só existe no 'mundo distante' e Portugal pertence ao 'mundo próximo' onde-(ainda)-não-há-guerra e depois, porque se o pão não chega para toda a gente, as guerras cumprem um papel importante de 'regulação do número de bocas'que se escancaram para o comer...

 

Hoje não vou falar de facínoras...

 

Nem de vigaristas, de políticos e governantes desonestos arvorados em 'estadistas', de administradores-das-Justiças-em-nome-do-Povo, de deputados da(s) Nação(ões) que os sustenta(m) - em primeiro lugar, porque em Portugal não existe gente desse calibre... Até mesmo o 'grupo dos 230' - aquele grupo de pessoas que não sabe muito bem onde mora e quando é perguntada sobre isso, o primeiro lugar que lhes ocorre dizer é aquele-sítio-onde-já-foram-muito-felizes, de preferência a muitos quilómetros do sítio onde traficam (influências), até mesmo esses, não passam de arraia miúda presa por fios aos donos que os administram e manipulam no "teatro global" em que Portugal se insere.

 

Mas pronto...

 

Porque apesar de não querer falar de Natal a música está no ar um pouco por todo o lado e de forma involuntária somos sempre conduzidos para-o-voto-de-circunstância-do-momento, sejamos felizes! Uma noite que seja mas muito felizes!

E lembremo-nos - essa será a nossa suprema e saborosa vingança - que os-senhores-do-reino não sabem o que é uma boa 'roupa velha' comida no dia de Natal e regada com um ou dois copitos do especial que já vem da noite passada!

 

 

publicado às 19:11

COMBATE À CORRUPÇÃO... COMBATE?

Captura de ecrã 2018-12-19, às 11.06.57.png

 

Parece ser o assunto do dia - AQUI, ainda AQUI e também AQUI - e quem se limitar a ler as 'gordas' sem ter a preocupação de introduzir na sua análise factores de correcção de contexto, ao ver, ouvir e ler o que dizem o sindicato e os magistrados do Ministério Público sobre o assunto, corre sérios riscos de o interpretar à letra e por essa via achar que o calor com que o MP fala sobre as ideias dos políticos para a composição do Conselho Superior do Ministério Público significa que os magistrados e o sindicato estão (mesmo) a falar a sério!

 

(Sobre a senhora procuradora Lucíla Gago não me ocorre por enquanto dizer nada - com todo o respeito, ainda não percebi muito bem se 'carne ou peixe'...).

 

Podia apontar um sem número de exemplos de mau funcionamento do MP no 'tal combate de que agora fala' e que nos conduziriam seguramente a uma visão contrária àquela que o sindicato dos magistrados invoca para a sua última peleja (?) com os políticos - sobretudo com Rui Rio que assume apenas o papel desagradável de expressar em voz alta o que a maioria dos políticos profere em surdina - mas acho que o consigo fazer com um único exemplo:

 

Valongo, Conselho onde vivo, foi durante muitos anos (e é ainda) uma espécie de anedota nacional no que à corrupção ao nível do Poder local diz respeito - favorecimento ilícito, ajustes directos como regra e não excepção, má gestão dos dinheiros públicos, especulação imobiliária...

Em 2011 decorria aqui no nosso 'subúrbio' - é o epíteto que desde há muito uma grande parte dos valonguenses atribuem a esta parcela de terreno separada há muitos anos e em grande parte da vasta região das 'Terras da Maia'  - decorria aqui uma vasta operação de especulação com terrenos protegidos (RAN e REN) por parte de um grupo financeiro - NOVIMOVEST - pertencente ao Banco Santander onde esteve - não sei se ainda está - António Vitorino e onde um familiar de Narciso Miranda teve um papel preponderante como 'testa de ferro' na abordagem aos proprietários rurais.

(Foi aquele caso da compra de vários lotes de terreno por um valor de 4 milhões e vendidos no mesmo dia e na mesma Conservatória por 20 milhões, com a anexação de um 'documento relevante' assinado pelo então vereador do urbanismo, José Luís Pinto - AQUI).

 

* O Dr. Paulo Morais apresentou uma denúncia no Ministério Público relativamente a esse atentado (processo n.º 2412/11.5 TAVLG) mas pelos vistos não foi apurada matéria suficiente (?) para produzir uma acusação - arquive-se portanto...

 

* Em Dezembro de 2015 e depois de recolher imensa informação relacionada, no âmbito de um outro processo - por difamação agravada ao actual autarca de Valongo - entreguei nova denúncia (processo n.º 2987/15.0 T9VLG) e que motivou o "desarquivamento" do anterior. Tem estado em investigação desde então - entre o MP e a Polícia Judiciária onde ainda 'jaz'...

 

Por isso...

 

Senhor António Ventinhas, aprecio muito o calor que tem posto na defesa da 'sua dama', mas quer parecer-me que  ela não á a mesma 'dama' que interessa ao Povo português e a Portugal...

 

 (Tendo a considerar que no caso em apreço Rui Rio possa estar certo pelas razões erradas).  

 

 

publicado às 09:48

VALONGO, UM CONCELHO ONDE UNS SÃO MAIS IGUAIS QUE OUTROS...

Captura de ecrã 2018-12-03, às 15.36.29.png

 

MUDAR VALONGO era, ao que parece porque já não tenho muita certeza disso, a ideia fundadora de José Manuel Ribeiro para uma nova era para este (lamentavelmente ainda) subúrbio da Grande Cidade Invicta.

 

E, diga-se de passagem, nem precisava sequer de tirar a gravata ou calçar as galochas do trabalho de campo para o conseguir, tal era o lamentável legado do 'senhor de idade' que se foi embora a meio do último mandato!

 

(Do herdeiro, porque se limitou a tratar dos assuntos correntes e a preparar a sua candidatura sem dispor de grandes reservas de ovos para fazer grandes omeletes, não é muito justo nem faz grande sentido falar)...

 

No entanto, José Manuel Ribeiro limitou-se a fazer o que era costume, ou seja, o costume de quem não querendo de facto mudar nada, se limitou à costumeira contratação de alguns amigos mais chegados para o gabinete de apoio à presidência, a roubar à Agência Lusa a sua assessora de imagem que lhe penteia as fotos e tece as legendas anexas bem ao estilo espelho meu de que ele tanto gosta ou ao ajuste directo com o seu amigo Ricardo Bexiga para dotar o gabinete jurídico do Município da qualidade que todos conhecemos mas não reconhecemos...

Apesar da periclitante situação financeira que herdou do 'velho senhor', não se coibiu então de dizer alto e bom som para justificar estas mordomias: "não abdicarei de usar todas as excepções legais que me permite contratar os funcionários públicos que quero ter nos lugares da minha confiança pessoal" - citei-o de memória...

 

Adiante...

 

Mas este já é o seu segundo mandato que ainda por cima beneficia de uma maioria absoluta muito confortável e nada explica portanto o facto de continuar a cometer os mesmos erros de Fernando Melo - ainda por cima ampliados pela capacidade que uma (muito) maior folga orçamental lhe permite fazer.

 

Vejamos:

 

* Os ajustes directos tão criticados no passado, de excepção que deveriam constituir, passaram a (quase) regra e são a única e expedita forma de puxar para a mesa do Orçamento os amigos empresários e prestadores de serviços diversos, poupando-os à maçada de terem de enfrentar as duras e (mais) exigentes regras impostas pela concorrência;

* A manutenção ou chamada para lugares de chefia de funcionários cuja falta de honorabilidade tem sido (e continua a ser) muito questionada - nalguns casos até já 'transitou em julgado' - tem sido uma prática mantida e aprimorada;

* Contra todas as promessas de abertura, diálogo, transparência e juras de mudança feitas aos munícipes em 2013, rapidamente enveredou pela recusa liminar por omissão de resposta no que toca aos pedidos de audiência dos mesmos munícipes - num dia fixo semanal que ele próprio estabeleceu mas que nunca respeitou; 

* Etc., etc...

Mas José Manuel Ribeiro tem feito (muito) mais - ainda ao bom estilo do 'velho senhor':

* Descrimina (negativamente) os adversários ou pessoas mal-quistas, acolhendo ataques e denúncias anónimas sobre insignificantes violações urbanísticas por exemplo: ameando-os com demolições compulsivas de pequenas garagens ou construções similares. Foi o meu caso pessoal, uma garagem e pequeno alpendre, com projecto (recusado) em 1999 mas que não eram permitidos no anterior PDM.

(Ora, no caso do actual PDM e apesar de ele permitir a legalização das  referidas construções,  porque eu à altura achava e ainda continuo a achar que este Plano Director Municipal não passa de (mais) um instrumento ao serviço da especulação urbanística e imobiliária do 'subúrbio' - pasme-se! - votei contra, por considerar que embora pontualmente me pudesse beneficiar em termos pessoais, prejudicava de forma significativa os interesses dos valonguenses anónimos em geral!).

* Mas no entanto continua a fechar os olhos aos "anexos ilegais, às construções 'inexistentes' mas presentes nas imagens que vemos todos os dias, à apropriação indevida de zonas de servidão pública entre instalações comerciais e industriais - Zona Industrial do Barreiro em Alfena por exemplo - transformando-as em espaços comerciais/industriais suplementares mas ilegais - ao uso para fins diferentes dos que a Lei prevê, de terrenos cedidos no âmbito de processos de urbanização:

É o caso da abdicação de um lote municipal resultante da Urbanização Adão Lopes (Juntos à rotunda da A41 em Alfena) e destinado a equipamentos cedendo-o - vamos ver o que o Ministério Público irá dizer sobre o famigerado processo - à associação Moto Clube de Alfena.

* E tal como fazia Fernando Melo que ele tanto criticou por fazer igual, sempre que um munícipe se atreve a denunciar em abstracto os dois pesos e duas medidas da Câmara perante situações em tudo semelhantes, lá vem ele com a conversa do costume: 

"Se conhece situações de ilegalidade, nós agradecemos que as denuncie para a fiscalização poder actuar e blá-blá-blá"...

 

 Porra José Manuel Ribeiro!

 

Eu estou-me borrifando para o facto de, apesar da ameaça (já ultrapassada) da demolição da minha garagem ou da varanda de uma minha vizinha que tinha mais um metro e meio além do projecto, ou de uns barracos de uma outra vizinha - situações coladas ao meu problema só para dar ideia de que não se tratou de um ataque pessoal e cirúrgico da sua parte contra a minha pessoa - persistirem à minha volta mas invisíveis aos olhos dos fiscais da Câmara, anexos, varandas ou acrescentos ilegais às respectivas habitações ou armazéns industriais mas que (de facto) não me prejudicam nem um pouco!

Não vou por isso denunciar nenhuma destas situações e quem deve de ter a preocupação de não tratar de forma desigual os seus munícipes é a Câmara - e os seus serviços de fiscalização - quando actua numa determinada zona, verificando se na mesma existem situações idênticas para serem resolvidas!

 

Precisa que lhe faça um desenho?

 

(Mas, pelos vistos, os valonguenses têm uma certa propensão para o masoquismo - "quanto mais me bates mais eu gosto de ti" - e apesar de tudo isto que já não é coisa pouca, em 2017 ainda lhe deram uma maioria absoluta que lhe permite continuar a fazer o pior por Valongo e a promover a anedota nacional em que o nosso Concelho se transformou há muitos anos e que você (só) aprimorou - no pior sentido, evidentemente!).

 

 

 

publicado às 10:00

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