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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

O TAL MUSEU... DO ESTADO NOVO!

Captura de ecrã 2019-08-24, às 14.52.00.pngNÃO ME CHATEIEM COM PETIÇÕES - de sinal 'menos' e menos ainda, de sinal 'mais' - sobre o 'Museu Salazar'!

 

Ponto 1:

António de Oliveira Salazar não foi, nos 40 anos de exercício de um poder autocrático que marcou de forma indelével os destinos de Portugal e dos portugueses - os  ‘de dentro’ e os muitos ‘de fora’, dos que conseguiram escapar aos seus abraços de longos e múltiplos braços com que nos tentava tantas e tantas vezes aprisionar, no sentido literal do termo - aquele avozinho simpático e bonacheirão de ajuda pronta e colo disponível que os netos gostem de recordar;

 

Ponto 2:

Mas até aquele avô de ‘facies’ fechada e bigode tipo ‘cabo da GNR dos anos 60 - sem desprimor para a Instituição - que não povoa o nosso imaginário de uma infância feliz, até mesmo esse, tem um retrato encaixilhado e pendurado algures numa parede lá de casa;

 

Ponto 3:

Tal como o Palácio de Catarina em S. Petersburgo e que eu conheço bem, o antigo campo de concentração de Sachsenhausen que visitei atenta e compenetradamente ou o nosso Mosteiro dos Jerónimos que (quase) todos bem conhecemos, são hoje pedras vivas e memórias de uma época e não o prolongamento das personalidades que, bem ou mal os inspiraram, o tal museu pode - deve - retratar uma época e um contexto específicos e todo o vasto espólio aos mesmos associado e não o homem que de chicote na mão os atravessou mas cuja fotografia alguns teimam em manter lá em casa na mesa de cabeceira;

 

Ponto 4:

E se isso ajudar - ajuda e tem de ser mesmo por aí - não lhe chamem ‘Museu Salazar’ mas sim Museu do Estado Novo. 

E para desarmadilhar ainda mais ideia, não o construam em Santa Comba - mesmo que o poder local o deseje - incluindo muitos ‘socialistas’ cujos avós, tios, pais ou irmãos de alguns tenham conhecido "o botas" da pior maneira possível!

 

Ponto 5:

Porém, se Santa Comba não merece ficar na História como a terra onde se homenageia quem nunca merecerá ser homenageado, Portugal também não pode  queimar pura e simplesmente tudo o que, com um olhar profundamente crítico embora, temos o direito de conhecer e preservar.

 

Posto isto, repito uma vez mais: não me chateiem com o ‘Museu Salazar’ mas construam o mais depressa que possam e a preservação das memórias exige e com todo o rigor e empenho que a época justifica, o tal ‘Museu do Estado Novo’!

publicado às 14:19

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