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Em Valongo somos e continuaremos a ser e seguramente por longos e penosos anos, o Concelho dos múltiplos défices.
Mas não em 'pilares'...
- Temos graças a Deus - ou aos deuses de avental - bons pilares de democracia, de bons-costumes, de desprendimento, de sobriedade, de modéstia ao serviço do Serviço Público... Apesar de Abril de 1974 ter ofuscado um pouco o brilho das luzes e complicado o florescimento dos negócios onde a família e os amigos sempre foram, sobretudo nos negócios ligados à coisa pública, o pilar dos pilares.
'Setembro chegou, vamo-nos separar' dizia a velhinha canção do duo Ouro Negro, mas nem em 2013 e ao contrário do que diz a letra, se separaram coisa nenhuma: a prosápia, o exibicionismo do 'topo de gama' pago pela plebe, a edificante forma de gestão onde os amigos continuam a ser o verdadeiro pilar da causa pública, foram acolhidos, aprimorados e florescem como sempre ou mais que nunca!
Tal como esse enorme vulto histórico da História de França que foi Luís XIV, mais conhecido por 'rei-sol', também o nosso 'rei-sol' continua a privilegiar a democracia (apenas) para enfeitar discursos, porque na aridez do terreno, o que vale mesmo é o princípio de Luís XIV que em si mesmo é a completa ausência de princípios e segundo o qual "a lei sou eu".
E como de pilares virtuais está o mundo cheio, eis que o nosso 'rei-sol' de pechisbeque nos inventou mais "O PILAR" - imponente, pleno de 'estória', encostado à capela de S. Lázaro em Alfena.
E como Alfena (ainda) é Valongo, os pilares, mesmo que inventados, ou esculpidos, ou forjados - neste último caso, no sentido literal do termo ou no sentido figurado da coisa - valem o que valem, ou seja, valem coisa pouca - ou coisa nenhuma!
Porém, este pilar não é um pilar qualquer.
A sua 'estória' tem 'datas' gravadas na pedra forjada - ou no pilar forjado - e ganhou honras de enfeitar um livro encomendado a um escrevedor de circunstância de livros de circunstância também, mas que sobre pilares - dos que não são forjados em pedra lavrada mas construídos pela História - conhece pouco.
Pagamos no entanto - os valonguenses, evidentemente - o custo do relevante trabalho de efabular sobre a "história" de um esteio cortado a rebarbadeira e mandado ali colocar pelo Padre Carneiro para proteger o beiral mais saliente do telhado do roçar do camião do lixo que por ali passava na lufa-lufa habitual...
Amanhã, dia 8 de Setembro de 2019 - e fica aqui o registo para a História - a partir das 17,30 a nossa Al Henna realizará mais uma caminhada a partir de S. Lázaro e lá teremos a oportunidade de o ver, de o tocar e de sentir nesse toque a 'estória' que dele brota. Ele é "O PILAR" - o nosso, de Alfena, do Padre Carneiro, de S. Lazaro e de José Manuel Ribeiro que lhe deu honras de património...