VALONGO - "OPERAÇÃO MÃOS LIMPAS"
Sabemos que o executivo da Câmara anda atarefado às voltas com a reformulação do "plano de saneamento financeiro" que a oposição chumbou recentemente.
Sabemos que as condições postas por uma parte dessa mesma Oposição para sequer equacionar a aprovação de uma qualquer versão revista e corrigida deste plano, são difíceis, implicam compromissos também difíceis de tomar e sobretudo, implicam que o "pai do monstro" se chegue à frente e diga o que tem de ser dito: "estamos numa situação de descalabro financeiro e a responsabilidade pela mesma, é inteiramente minha".
Por alguns ecos que nos chegam do "interior do reduto", os estrategas estão como dizia o outro, "a trabalhar 24 horas por dia e às vezes também à noite" e a darem o seu melhor para "dourar a pílula" que tudo indica, se preparam para engolir...
Faz por isso todo o sentido que nos questionemos relativamente ao que será melhor para os Valonguenses: Se a aprovação da tal "versão amarga" do referido plano - admitamos até que com a quase totalidade das condições impostas pela Coragem de Mudar - ou se pelo contrário, conhecendo nós como conhecemos Fernando Melo, perito em contornar todas as possíveis e imaginárias diminuições de poder que lhe venham a ser impostas, não seria preferível romper definitivamente com esta indefinição de "nem o pai morre nem a gente almoça" e criar as condições para a entrada do "FMI" (as Finanças) previsto na Lei das Finanças Locais...
É que se assim não for, é seguro que de uma forma ou de outra, iremos continuar a assistir ao autêntico festim que conduziu à actual crise, porventura com mais cautela, menos exposição e algumas manobras tácticas de ocultação: O uso e o abuso dos cartões de crédito, da atribuição de "viatura de serviço" a todos os "boys and girls" e "afilhados", execução de obras de fachada condicionadas pelos momentos eleitorais, continuação do recurso sistemático aos contratos por ajuste directo...
Além do mais, é muito mau presságio para o futuro de qualquer "plano de saneamento financeiro" constatarmos que o nosso "mais dilecto de todos os Vereadores" já anda no terreno - no terreno empresarial, obviamente - a dar o referido Plano como adquirido e a ganhar alguns credores da Câmara para abdicarem "solidariamente" de uma "pequena percentagem" dos seus créditos a qual alegadamente serviria para custear algumas "operações de desbloqueio" (?)
PS: Ah! E tal como há pouco mais de um ano atrás o anúncio da sua "morte" foi obviamente excessivo, também a sua auto-promoção (junto das "forças vivas") como "futuro presidente de Câmara" o é...