O QUE É MEU NINGUÉM ME TIRA... (*)
Já falei do meu jardim há tempos atrás - a propósito de um poste da EDP que me me "plantaram" junto à minha japoneira predilecta.
Não é sobre isso que quero hoje escrever, mas já agora, relembro a dúvida que na altura me invadiu e que deu origem a duas reclamações a que a empresa respondeu negativamente e a duas queixas apresentadas ao Provedor do cliente - vão já quase dois meses - e sobre as quais nada me foi dito até ao momento - é este o tipo de "Provedores" que as empresas que prestam serviços públicos fingem ter e este o tipo de "trabalho" que os ditos aprentam em prole da alegada defesa dos consumidores:
Será que existe alguma lei que me obrigue a ceder gratuitamente um espaço que é privado, para instalar uma infra-estrutura que é pública e deveria ser instalada no passeio - do outro lado do muro?
Regressemos porém ao meu jardim, versão micro, na avaliação que eu faço sobre um espaço onde tenho de me limitar a assistir às corridas desenfreadas da caniche míni da família, porque o dito não daria, mesmo que me apetecesse fazê-lo, para a acompanhar e participar mais activamente nas suas brincadeiras.
Mesmo assim - e acho que também já o referi num outro post - ainda chega para uns quantos arbustos ornamentais e para uma oliveira centenária.
É sobre ela - ou melhor, sobre algo que tem a ver com ela - que hoje quero escrever.
Ao contrário de anos anteriores, em que foi demasiado avara na produção, este ano, excedeu-se em generosidade e presenteou-me com uma carga de azeitonas da espécie "bical" - aquelas de que mais gosto - as quais se começam a aproximar do ponto ideal para fazer o varejo, com o respectivo lençol velho estendido na relva para facilitar o aproveitamento total das mesmas.
Acontece que uma quantidade significativa da "produção" amadureceu mais cedo um pouco e comecei a notar que uns certos "predadores" com asas as andavam a roubar descaradamente à vista dos meus olhos.
Varejo excluído, devido ao atraso no desenvolvimento das restantes, resolvi fazer o óbvio - e obviamente mais trabalhoso também - pegar um escadote adequado, um balde de plástico e uma dose de paciência à medida da tarefa e lá fui fazer uma colheita selectiva que me empatou uma horita bem medida e uma meia dúzia de mudanças de posição do referido escadote.
Colheita compensadora - mais de dois quilos - para a pequena amostra que representa em relação às que restam e que espero bem que resolvam amadurecer mais ou menos ao mesmo tempo, para me facilitar a tarefa.
Fiquei com a ideia de que o meu trabalho foi "sindicado" à distância pelos "predadores", mas com a minúcia com que o levei a cabo, pode ter ficado uma ou outra mais coradinha, esquecida atrás de algum ramo mais denso, mas não vão dar para se continuarem a banquetear como vinham fazendo nos últimos dias!
(*) Excepção para os roubos praticados pelo governo do País, os quais não consigo contornar...