"ÀS ARMAS, ÀS ARMAS, CONTRA A CORRUPÇÃO LUTAR, LUTAR"!
Conforme o previsto, está finalmente em curso o "processo de favorecimento" - activo e passivo - aprovado na última reunião de Câmara e relativo ao pedido de excepção ao PDM para a construção de uma plataforma logística de 52 hectares no local designado por Cinco Caminhos, junto à "nova" Chronopost.
Para já, o que está em causa é a discussão pública de um pedido de excepção ao PDM, que de acordo com a lei, terá a duração de 30 dias e cuja contagem se iniciará a partir da próxima segunda feira, conforme refere ao JN o Dr. João Paulo Baltazar, vice presidente da Câmara.
Como eu já disse, as excepções são mais rentáveis e o grupo Jerónimo Martins "está interessado em Alfena há mais de três anos" (sic) e como é óbvio, não pode esperar mais - dado que o novo PDM "deverá entrar em vigor em Março de 2012" (também sic).
Tem razão - não querer esperar mais - dado que já nem os próprios valonguenses suportam continuar a ouvir falar na revisão de um PDM que "deverá sair daqui a cerca de três meses" - esta é a resposta "chapa cinco" a várias perguntas que eu venho fazendo em várias reuniões públicas de Câmara há longos meses...
Como diz o alentejano quando lhe perguntamos onde fica um determinado local "é já ali compadre" e depois fartámo-nos de galgar quilómetros antes de chegar ao sítio...
Mas voltando à Plataforma, atenção alfenenses!
O investimento pode até ir para a frente, pode até criar postos de trabalho, pode até ajudar alguns gabinetes de arquitectura e desenho do nosso burgo, podem eventualmente conseguir isso tudo, mas vai gerar impactos muito negativos para a nossa terra, nomeadamente em termos de efluentes: como muitos já se aperceberam, a parte baixa da nossa cidade, tem enormes constrangimentos em termos da rede de saneamento básico e onde é que os alfenenses pensam que virão parar os que ali vão ser produzidos?
Para além de tudo o mais, aquilo de que os alfenenses precisam, é de um projecto concreto de investimentos a longo prazo e não de mais um "elefante branco" do género do actual parque industrial amplamente promovido na altura pelo mais "mediático gabinete de arquitectura" de Alfena e agora quase totalmente ao abandono.
Que ninguém se deixe enganar "com papas e bolos", nem "cantos de sereia" e percebamos de uma vez por todas, que talvez esteja aqui a oportunidade de ouro para começarmos a trabalhar no sentido de tirar Valongo - e também Alfena - do mapa desprestigiante da corrupção nacional em que há muito nos colocaram.