FÍSICA ELEMENTAR...
O calor dilata os corpos…
É um princípio indesmentível da física que interiorizamos quase ainda nos tempos da primária e que vamos constatando ao longo da vida nas mais diversas circunstâncias...
Engenheiros, arquitectos, simples pedreiros e trolhas, conhecem o mesmo e estudam e implementam soluções, consoante as situações com que se deparam – juntas de dilatação, acoplamentos dinâmicos, uso de materiais com diferentes comportamentos térmicos – há soluções para quase todos os problemas que lhes vão surgindo.
Conforme as fontes de calor, parâmetros previsíveis relativamente às oscilações térmicas e materiais em presença, estudam-se então as soluções mais adequadas para cada situação...
Ora o homem é como é sabido, constituído além de muitos outros elementos, por matéria (algumas estruturas rígidas, outras nem tanto...) logo susceptível de ser afectado pelo calor de forma semelhante às estruturas construtivas que executa, sendo que nesta época do ano, a fonte de emissão térmica mais conhecida que é o Sol, o atinge como àquelas de uma forma mais intensa. Mas é também por esta altura, que aumenta de forma exponencial o número de outras “fontes” de risco: cruzam-se consigo na maior parte das vezes sem qualquer protecção térmica ou visual, com as zonas "termodinâmicas" generosamente expostas - às vezes ficam na horizontal estendidas sobre uma toalha, outras vezes ziguezagueiam, bamboleiam, rebolam-se literalmente e tudo isto acompanhado da irradiação de calor intenso...
Só que por enquanto e apesar do "intenso trabalho de pesquisa", enfrenta ainda uma dificuldade - esperemos que temporária - na transposição para a sua anatomia, do princípio das "juntas de dilatação" que venha por cobro "aqueles" abaulamentos inestéticos de algumas "partes" anatómicas, ou mesmo aos riscos de ruptura das camadas de revestimento das mesmas (vulgo vestuário íntimo).
Não deixa de ser irónico que tenha inventado várias formas de dar rigidez ainda que por vezes demasiado efémera, a algumas estruturas cuja flacidez o deixam diminuído e não tenha conseguido ainda a solução inversa – uma espécie de Viagra ao contrário - que evite aquele gesto comprometido e patético de cruzar os braços caídos à frente da parte baixa do abdómen ("caraças! agora é que me dava jeito ter uma revista ou um jornal à mão...") numa tentativa nem sempre conseguida de evitar os olhares curiosos, quase sempre acompanhados de uma ou outra risadinha sarcástica - e talvez de inveja - dos mirones.
publicado às 19:12