EXCENTRICIDADES VERSUS INSANIDADES...
Funcionários da Câmara de Barcelos escapam aos cortes nos subsídios de férias e de Natal
O município tem cerca de 800 funcionários, que, no total, perderiam em 2012 cerca de um milhão de euros se não recebessem aqueles subsídios.
Jornal de Negócios (...)
Ora bém...
Os números remetem-nos para um quadro de pessoal idêntico ao de Valongo.
Claro que as semelhanças se ficarão provavelmente por aqui, dado que quanto ao resto - situação financeira, qualidade dos Vereadores e tudo o que de mau nós conhecemos a nível da gestão da nossa autarquia - nem vale a pena falar.
Portanto, talvez fosse uma boa ideia para os nossos funcionários, começarem a equacionar a hipótese - meramente académica - de pedir transferência para Barcelos.
O problema, é que um movimento recíproco em sentido inverso, nem sequer passaria pela cabeça dos colegas barcelenses!
Há no entanto nesta situação, algo que não abona muito em favor dos magnânimos autarcas da "terra do galo" - porque mesmo as excentricidades têm um limite, limite esse a partir do qual, já estamos a falar de outra coisa: INSANIDADE!
Claro que em Valongo, se o fundo do cofre não estivesse mais que rapado e os "quatro que trabalham" resolvessem tomar idêntica atitude, os nossos funcionários ficariam provavelmente tão satisfeitos como hoje vimos os de Barcelos, nas várias reportagens à volta desta insanidade.
Só que não é assim que se contorna a situação injusta e discriminatória que foi tomada pelo governo em relação aos funcionários públicos!
Além do mais, potencia a desistência de lutar por condições de vida mais justas, por uma maior equidade na "repartição" da austeridade, pelo combate às mordomias dos "boys"...
Significaria ainda, que em determinadas "manchas" deste País a bater no fundo - poucas seguramente, onde os orçamentos ainda são excedentários - cada um se limitaria a ficar confinado ao seu "aconchego caseiro" deixando para os restantes, infelizmente a maioria, a luta por melhores condições de vida!
E andamos nós a falar das excentricidades do Alberto João e de Carlos César... Afinal havia outros!