VALONGO E ALFENA - "LAVA-MÃOS" PRECISAM-SE...
TAKE 1 - "CÂMARA AGRADADA COM A CELERIDADE DA PORTARIA DO GOVERNO"
TAKE 2 - "AUTARQUIA RECUSA ENTRAR NA POLÉMICA"
João Paulo Baltazar dixit, SIC Noticias (Primeiro Jornal-2ª. parte - hoje) - eram (no ecrã da SIC 14:14 horas. Referia-se ele na primeira afirmação, à Portaria 260/2011 de 1 de Agosto e na segunda, à polémica que hoje deu à tona neste lodaçal imenso em que a Câmara de Valongo, por muito que o negue, há muito que vive mergulhada "até ao pescoço".
A referida Portaria publicou a nova Carta REN de Valongo, em que uma das zonas desclassificadas é precisamente aquela que hoje faz manchetes em vários Jornais - a mais desenvolvida será a do Correio da Manhã que se esgotou nas bancas do nosso Concelho - e onde um amigo de Narciso Miranda e Deputado Municipal em Matosinhos parece ter "registado" um jackpot do euromilhões...
Ora bem...
Alguém disse um dia que "as leis se fazem mais para serem violadas ou alteradas e menos para serem cumpridas" e se não estamos enganados e (ainda) vivemos numa espécie de Estado de Direito, a esta Portaria 260/2011 aplicar-se-á seguramente a penúltima hipótese, pois não podemos sequer admitir, que entidades responsáveis como a Comissão REN, a CCDR-N, o Ministério do Ambiente e até mesmo - porque não? - o próprio Ministério das Finanças, possam dar "cobertura legal" a um negócio de enriquecimento ilícito que como diria La palisse, "prejudica toda a gente menos os beneficiados" - que são um grupo bem restrito e identificado (gente do executivo passado e do actual da Câmara), e figurões bem conhecidos e igualmente bem posicionados na autarquia alfenense e sua "periferia". Obviamente, não referimos, mas estamos a pensar igualmente no Ministério Público, onde as "provas do crime" podem a todo o tempo ser entregues.
Hoje mesmo, fiz uma exposição sobre o assunto para a Comissão REN, a qual será igualmente encaminhada para o Ministério do ambiente e para a CCDR-N - porque de uma vez por todas, desta vez o crime não pode compensar, porque quem está na gestão da coisa pública, tem de ter as "mãos limpas" e neste caso, há muita gente que não cumpre essa regra elementar de "higiene".
Bem pode o vice presidente da Câmara e presidente em exercício recusar a polémica, bem pode supor que publicada a nova Carta REN tudo está consumado, bem pode, mas uma coisa ele sabe - porque se lhe reconhece inteligência suficiente para perceber isso: É que os "casos de polícia" não podem continuar a ser o paradigma da gestão de Valongo.