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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

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UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

O "PANTANAL" DE VALONGO - 18 ANOS A CRIAR "EXCÊNTRICOS"...

E a saga da "rentabilização relâmpago" dos terrenos comprados e vendidos no espaço de minutos por Jaime Resende Dias em Alfena, continua nos Jornais de hoje - CM, JN e outros...

Já é conhecido nalguns meios com tendência para tratar estes assuntos pelo lado mais humorístico, como o "pântano de Valongo" - o que não deixa desde logo de suscitar o riso incontido: um pântano em zona de declive e àquela cota!

Claro que faltava - ontem - citar uma figura que desempenhou um papel preponderante em toda esta "mega burla" que continua a alimentar as manchetes de hoje:

O ex Vereador José Luís Pinto, que foi aliás o único que acompanhou Fernando Melo na votação da proposta de alteração pontual agora em discussão pública e destinada ao grupo Jerónimo Martins, provocando então uma cisão no seio da maioria PSD.

Os restantes vereadores, no total de 7 (3 do PSD) manifestaram sempre uma profunda reserva relativamente à referida excepção pontual, mas acabaram por a viabilizar com a abstenção, sendo que entre os já referidos 3 do PSD um era nada mais nada menos que o então vice presidente João Queirós, já nessa altura a iniciar a "rota de colisão" com Fernando Melo que levou este mais tarde, a retirar-lhe todas as respectivas competências.

Portanto, um caso já então bem nebuloso e com todos os ingredientes necessários para começar logo aí a ser tratado como um "caso de polícia", se quem tem obrigação de andar atento aos "cheiros" que estes negócios costumam libertar, tivesse feito o seu trabalho, mas infelizmente, não foi isso que aconteceu, para desgraça de Valongo que chegou ao ponto em que se encontra actualmente, porque os corruptos não foram travados a tempo e continuaram por aí de falcatrua em falcatrua até à falência final da Câmara.

Mas merece o devido destaque e é muito curiosa, mesmo quase "infantil" diria eu, a defesa da Câmara pela voz do seu vice presidente, que diz que a Câmara não cometeu nenhuma ilegalidade, que qualquer um dos proprietários iniciais poderia ter pedido na autarquia informações sobre o que se previa para aqueles terrenos e seria informado da mesma maneira que o foi Jaime Resende Dias"...

Lá poder áté que podia e alguns fizeram-no, mas o Vereador José Luís Pinto dir-lhes-ia (disse-o aliás, de forma ostensiva e com a sobranceria que sempre o caracterizou no seu relacionamento com o cidadão anónimo, a alguns que o abordaram nesse sentido) que "aquilo seria sempre REN e nunca teria capacidade construtiva".

Já ao "homem do jackpot", a esse proporcionou a tal declaração relevante/varinha de condão, aquela onde a Câmara garantia que iria propor a alteração do PDM, atribuindo capacidade construtiva àquela área e que funcionou como chave ganhadora para o primeiro prémio deste Euromilhões em versão local - como se a Câmara pudesse ter a última palavra sobre a revisão do PDM, como se não houvesse um grupo de trabalho constituído para promover essa revisão, e como se não soubéssemos todos, da opinião crítica maioritária que prevalecia então no seio do referido grupo, relativamente à desclassificação da mesma, opinião crítica que se estendia à Comissão REN e à própria CCDR-N!

O Dr. João Paulo Baltazar sabe que isto vai acabar tudo na barra dos Tribunais, sabe até, que esta telenovela, que ganhou novo fôlego nos últimos dias em vários Jornais de grande tiragem em versão papel e em quase tudo o que são versões online de outros mais modestos, bem como nas TV's, na Rádio, nos Blogues, no Facebook, pode colocar gente importante que ele conhece, na mesma posição em que se encontram outros autarcas deste País, isto é, em risco de serem condenados a prisão efectiva, ou então, terem de investir tudo o que conseguiram amealhar para arranjar um causídico à altura, que consiga percorrer de forma controlada todos os meandros e escapatórias que as leis sempre deixam escondidos no seu articulado, para de incidente processual em incidente processual, de recurso em recurso, jogarem com um eventual extravio de algum processo ou então, que o tempo prescreva simplesmente. Mas isso fica caro - porque as grandes vigarices exigem grandes especialistas e os grandes prevaricadores sabem bem que é assim...

publicado às 11:39

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