HABEMUS... PRESIDENTE!
Finalmente e após prolongadas férias a que se seguiu uma igualmente prolongada ausência por motivos de doença - ou de baixa, que não cheguei a perceber bem qual das situações é que o mantiveram longe do nosso convívio e como todos sabem, não significam a mesma coisa - registamos a indisfarçável satisfação dos seus pares e do público presente, num total de cerca de cinco pessoas, pelo regresso do "velho Senhor" ao nobre combate do trabalho autárquico.
Pena foi que a mobilização geral conseguida aquando da aprovação do Plano de Saneamento Financeiro, tenha sido descurada desta vez, porque uma sala cheia é sempre um aconchego para a alma e para o ego de qualquer autarca em dia de reunião pública.
Mas não, os seus pares de maioria, optaram por uma reunião de formato minimalista, que mesmo com o atrazo do costume no seu início, acabou "escandalosamente" pouco depois das das onze horas.
Por acaso o nosso amigo e director do Jornal "O Verdadeiro Olhar", desta vez não veio assistir, caso contrário era capaz de vir carregado desnecessariamente com a lancheira - da primeira vez que veio até Vallis Longus para assistir a uma reunião de Câmara, a "coisa" arrastou-se para além do razoável e ele confidenciou que para a próxima traria a dita lancheira...
Mas pronto, cumpriu-se calendário, o que cai sempre bem entre os mais atentos, aprovaram-se as novas condições do empréstimo da CGD e pouco mais e com esta "ementa" minimalista, permitiu-se por outro lado, uma reintegração mais suave do "velho Senhor" no trabalho duríssimo e exigente que a gestão de uma Câmara falida implica: até o mais modesto dos valonguenses sabe dar valor à tarefa hercúlea que representa "fazer omeletas sem ovos", ou dito de outra forma, o sacrifício inimaginável que será para ele, viver o seu dia a dia sem o habitual estatuto e o inerente aconchego do dourado cartão de crédito.
De qualquer maneira Excelência, seja muito bem vindo ao mundo real dos "sem dinheiro" , dos "quase indigentes" que fazem do seu dia a dia uma espécie de "jogo de esconde esconde" com os credores - que para quem não saiba, são aquele tipo de pessoas que passam o tempo todo a atazanar o juízo para que lhes comprem algo - uma obra, uma ideia, um serviço, quiçá apenas um modesto parecer - e que agora se acham no direito de aparecerem todos os dias e a toda a hora, insistindo numa cobrança que sabem não ser possível nos tempos mais próximos.
Esquecem-se que quando aceitaram a venda, o negócio a prestação do serviço "já incluíram uma pequena percentagem a contar com o atraso nos pagamentos" - Fernando Melo dixit