CORREIO DO DOURO DEFENDE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO...
Já não passa despercebido a ninguém, o atoleiro em que a Câmara de Valongo está metida.
Atoleiro, "cadáver" em decomposição, montureira, seja lá qual for a designação por que se opte, a verdade é que a "libertação de odores que comprometem" já nem aos narizes menos sensíveis consegue escapar.
É portanto momento para se cerrarem fileiras e como se costuma dizer que "os amigos são para as ocasiões", cá está mais uma vez "O CORREIO DO DONO", perdão "O CORREIO DO DOURO", na sua última edição, através de um "artigo de opinião" de uma figura bem conhecida pela "independência" e "isenção" que sempre põe em tudo o que escreve - Óscar Queirós - a defender os interesses de quem o acolhe e acarinha.
Bem ao seu estilo de "jornalista" sem futuro - foge-lhe demasiado o pé para a chinela - cá temos mais uma das suas já famosas incursões em área que não domina, na tentativa de "dizer nada sobre tudo" - de preferência tudo que possa agradar ao dono.
Quem fala sobre o que não sabe arrisca-se a que não havendo mosca para entrar...
Diz o cidadão Óscar Queirós, que "os valores (do enriquecimento ilícito) não serão tão elevados". Depois questiona " e se fossem? desde que o investidor pagasse os impostos...".
Portanto, ao cidadão Óscar Queirós, tanto lhe faz que A+B+C+D... tenham perguntado na Câmara se poderiam ter sido eles a ganhar esse dinheiro - pagando à mesma os impostos (o que teria acontecido se a Câmara lhes tivesse dito o mesmo que garantiu ao "investidor da escritura seguinte").
Ao cidadão Óscar Queirós tanto se lhe dá que seja o sobrinho de Narciso Miranda a ganhar 16M euros sacrificando Reserva Ecológica - sim, porque toda aquela área já terraplanada e limpa de vegetação a seguir à nova CHRONOPOST, ainda é área REN até à publicação do PDM! - como os legitimos donos subrepticiamente enganados - primeiro pela Câmara "não pode construir nada no seu terreno porque é área REN" e depois pelo "testa de ferro" que veio a seguir "temos para ali um grande projecto turístico com uma componente hípica e de lazer que não é incompatível com a REN, mas que exige agrupamento de parcelas"...
Não foi portanto nada de condenável o que ali aconteceu, mas se fosse então porque é que não fomos queixar-nos do crime ao Ministério Público ou à PJ?
Vamos por partes:
O cidadão Óscar Queirós fala do que não sabe - mas isso nós já tínhamos dito!
O cidadão Óscar Queirós não esteve presente em nenhuma das duas sessões promovidas pela Coragem de Mudar em Alfena, durante o período de discussão pública da excepção ao PDM destinada à plataforma da Jerónimo Martins - também já sabíamos que não viria, por isso nem lhe reservamos cadeira.
O cidadão Óscar Queirós não sabe nada sobre as diligências que temos em curso - e nós também não lhe vamos contar nada sobre isso - mas uma coisa nós lhe vamos "contar" para o caso de isso não lhe ter ocorrido: é que estas coisas da corrupção e do enriquecimento ilícito são como as lesmas: deixam rasto e com algum cuidado e "calçando luvas para não destruir provas" conseguiremos fazer a reconstituição do crime - repare que não coloquei "aspas" na palavra.
O cidadão Óscar Queirós não sabe - porque se calhar ninguém lhe contou - que "não ofende quem quer, mas quem pode", por isso, a Coragem de Mudar não se sente ofendida com o título desbocado da sua incongruente "crónica encomendada".
Oportunamente, quiçá com alguma coragem da sua parte, possa aparecer numa das nossas próximas iniciativas sobre o assunto.
Aí sim homem! encha o peito de ar e fale, diga tudo o que lhe vai na alma - embora desconfiemos que por detrás do cidadão Óscar Queirós exista um exímio ventríloquo e nesse caso teremos sempre de lhe reservar duas cadeiras - se avisar previamente...