A PARTE "DESÉRTICA" DE ALFENA - OU SERÁ SOBRADO?
NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA
Segundo fontes geralmente bem informadas, os irmãos Dalton estão a tentar obter a colaboração da população escolar do Concelho - invocando obviamente preocupações de ordem ecológica e ambiental como motivação - no sentido de os ajudarem a proceder "rapidamente e em força" à reflorestação da área desbastada junto à nova Chronopost.
Evitarão assim ser confrontados com aquela situação comprometedora e muito em voga em terras de Vallis Longus, que consiste em colocar "o carro à frente dos bois" na altura em que o local for visitado pelo SEPNA da GNR a pedido da CCDR-N - no âmbito da acção de fiscalização desencadeada pelas reclamações entregues na Câmara durante o período de discussão pública da excepção pontual ao PDM.
Ao que parece, serão plantadas algumas dezenas de milhar de árvores de médio porte, sendo que na referida operação de reflorestação, será utilizada uma técnica inovadora e ainda pouco divulgada que consiste na utilização de um fertilizante de alto rendimento - que no caso em apreço, será retirado directamente das fossas sépticas da Chronopost. O benefício será óbvio, surgindo logo à cabeça, a possibilidade de poupar na despesa do camião da Veolia que alegadamente lá vai de vez em quando proceder ao esvaziamento das mesmas.
(É claro que as más línguas dizem que apenas atenuará o impacto provocado pela solução do costume que é a descarga directa para o Rio Leça).
Para aqueles que o desconheciam - e nós incluímo-nos nesse lote - a mistura entre os efluentes biológicos de origem humana e os resultantes da lavagem das viaturas e outras operações de manutenção técnica dos equipamentos instalados naquela empresa, assegurará um crescimento acelerado das árvores plantadas. Admite-se portanto, ainda a tempo de darem à área uma aparência próxima da original - evitando-se assim qualquer processo de contra-ordenação, para além de se prevenir ainda uma eventual tomada de posição da CCDR-N que possa pôr em causa a excepção pontual ao PDM e por tabela, o mega projecto do grupo Jerónimo Martins.
Mas há mais:
Parece que terão recorrido a um sistema de plantação, este sim ainda secreto, importado de um dos países abrangidos pelo deserto do Saara e que permite em tempo record - estaremos a falar de um ou dois dias - voltar a remover as referidas árvores de forma completamente manual, repondo o "deserto" logo que o investimento esteja definitivamente aprovado e a hipótese de reprovação afastada de vez.
Bem...
Qualquer relação entre aquilo que acabo de escrever e a realidade é evidentemente, pura ficção.
Qualquer hipótese de que tal "operação" venha a ser possível num futuro próximo, também não passa de miragem.
Resta portanto, nua e crua a única realidade que todos os alfenenses, sobtetudo os mais atentos, bem conhecem - e essa perfeitamente incontornável: O tal deserto "construído" com técnicas e mão de obra completamente portuguesas e que não poderá ser escondido "debaixo de nenhum tapete verde", quando o SEPNA da GNR por lá passar.