VALONGO DO NOSSO DESCONTENTAMENTO - "INVESTIMENTOS AMIGOS..."
Conforme prometido, volto à "vaca fria", que é como quem diz, ao requentado mas grave atentado ambiental cometido na zona onde actualmente se encontra instalada a CHRONOPOST mas que alastrou muito para além do perímetro desta empresa - tanto para além, que por graça, lhe costumo chamar a "zona do novo aeroporto internacional de Alfena".
Quem se der ao trabalho de "dar corda à botas" e palmilhar as léguas abrangidas por aquela vasta área, nem levando as características "palas" de couro em vez de óculos, conseguirá evitar o contacto visual com a malfeitoria: O espaço é de tal forma amplo, que ainda que se "olhe apenas para a frente", não nos conseguiremos abstrair da mesma. Só restam por isso duas razões para não terem ocorrido processos de contra-ordenação com as consequentes e seguramente avultadas coimas. A saber:
a) Ninguém passou por lá, ou se passou, foi apenas para "receber prendas" dos infractores - mas para isso nem sequer precisava de ir sujar os sapatos: bastaria dirigir-se à sede da "Corporação".
b) Se passou e fez o seu trabalho, o mesmo acabou por cair no fundo da gaveta do chefe, onde "jaz" estrategicamente até à saída do PDM revisto, não vá o diabo tecê-las"...
Ontem, na reunião pública de Câmara, coloquei a questão que se segue, para a qual o Sr. Presidente já levava uma resposta dactilografada de duas páginas - a chamada "resposta na hora":
- Informação sobre o "histórico" das visitas dos serviços de fiscalização camarários à área onde se insere a nova Chronopost e número de autos levantados contra incertos ou identificados, nomeadamente:
a) Relativos à imensa área arrasada e desflorestada;
b) Informação sobre o tipo de solução encontrada para os efluentes da referida empresa."
A "resposta redonda" de Fernando Melo, obviamente preparada e assinada por uma das pessoas que seguramente mais tem "sujado os sapatos e tudo o resto", calcorreando os terrenos inóspitos de Valongo e que nem por isso - por esse inexcedível "espírito de sacrifício" - deixa de estar a contas com a justiça, que alegadamente suspeita que este "sacrifício" de calcorrear terrenos inóspitos, não tenha passado de viagens virtuais através da cartografia apresentada pelos promotores imobiliários, nos ambientes mais acolhedores dos gabinetes: O Arquitecto Vitor Sá.
Obviamente, que tratando-se de um empreendimento "amigo", nunca esperaríamos que tivessem sido aplicadas coimas. Mesmo assim, quizemos obter a informação escrita, porque será sempre útil essa forma, nas acções que se seguirão.
Seria impensável que numa autarquia onde a corrupção não fosse a regra, cidadãos iguais em direitos, fossem tratados de forma desigual. E neste caso, teriam sido aplicadas pesadas coimas e ordenada a reconstituição das linhas de água, a reposição da cobertura vegetal, quiçá mesmo, o accionamento de procedimentos criminais.
Em Valongo porém, não é assim que as coisas funcionam e por isso, é que desde há cerca de 18 anos que a atmosfera que respiramos nos remete inevitavelmente para um imparável processo de decomposição que a curto prazo, ameaça fazer "ruir" todo o "edifício" de Vallis Longus espalhando sujidade em todas as direcções. Como é óbvio - e seria seguramente expectável por quem me preparou esta "resposta redonda" - remeti já o assunto para a ARHNorte e para o SEPNA da GNR - para que "a culpa não morra solteira"
publicado às 14:02