E pronto! Ele é "cada cavadela sua minhoca": primeiro, Pedro Passos Coelho, depois Miguel Relvas, que tentando "ajeitar a bola" ainda piorou mais as coisas e agora vem Paulo Rangel - o homem da oposição interna - que aparentemente com a intenção de apagar o fogo, mas talvez porque se tenha esquecido de tomar os comprimidos, em vez do balde da água, pegou no da gasolina:
Paulo Rangel sugere agência nacional para ajudar os portugueses a emigrar
Vale a pena ver o vídeo da SIC!
Criar uma agência para ajudar os portugueses a emigrar é uma ideia do caraças!
E eu que pensava que já havia por aí muitas, até demais, a fazer esse trabalho e cobrando por ele obviamente! - não incluo como é bom de ver aquelas que levam os portugueses ao engano e que mesmo depois de denunciadas, valendo-se do clima de impunidade que reina e da inacção da nossa Justiça, continuam por aí a desenvolver a sua actividade criminosa de angariação e colocação de escravos um pouco por todo o mundo.
Portanto, o que Paulo Rangel propõe, não sendo o mesmo que estes últimos fazem, é o mesmo que fazem os primeiros e que Salazar sem propor, Pedro Passos Coelho sugerindo e Miguel Relvas achando bem fizeram:
"Emigrem, vão por aí fora, porque ainda há Países com terrenos livres para montar à pressa e unindo esforços um pequeno, médio, ou quem sabe, grande "bidonville" onde possam assentar arraiais à espera de uma oportunidade de entrar na indústria da construção civil ou na sua vertente próxima, a construção de redes de saneamento básico".
Se os médicos, professores e engenheiro ucranianos o fizeram vindo para cá - provavelmente porque um sósia de Pedro Passo Coelho ou de Paulo Rangel de lá lhes deu conselho semelhante não vejo porque não devamos fazer o mesmo...
A única novidade que Paulo Rangel propõe, é a criação de uma agência, presumimos que sem fins lucrativos e que dispense os "interessados", daquela maçada que os grupos nómadas que por aí vemos enfrentam, que é a de sempre que mudam de sítio, passarem horas e horas, às vezes dias, à procura do melhor terreno para montar o acampamento.
Portanto, nada de inovador, tudo coisas que alguns dos nossos familiares - pais, tios, avós - já fizeram, primeiro no Brasil, depois em terras de França e por aí fora em muitos outros sítios do mundo. E temos que compreender: o País é pequeno e com tantos deputados, governantes - do País e da República - com tantos secretários de Estado e secretários dos secretários de Estado, com tantos gestores públicos e respectivos staff's, com o custo a que estão os carros topo de gama para toda esta gente se deslocar em serviço e fora dele, com tudo isto e mais uns quantos de fora que agora vêm cá de vez em quando para ver se a velocidade com que caminhamos em direcção ao abismo é suficiente ou é preciso meter mais gás, o "rectângulo" tornou-se demasiado exíguo para todos.
Um amigo meu dizia há dias: "volta Salazar, estás perdoado". Eu, felizmente para mim, ainda não cheguei a tal grau de desânimo, mas que há coisas que são ditas, sugeridas e feitas por esta corja que nos desgoverna que nem Salazar se atreveu a dizer, sugerir ou fazer, isso é um facto.
E como sempre acontece nestas situações, há sempre quem se aproveite disso, para tentar canalizar o descontentamento generalizado no sentido menos apropriado.
Valha-nos um santo qualquer! E para eu que não sou de acreditar em santos dizer isto, é porque a coisa está feia!
