VALONGO E ALFENA - CASOS DE POLÍCIA...
Abre já no próximo dia 9, certamente com a pompa e circunstância do costume, o novo Hospital Privado de Alfena, do grupo Trofa Saúde.
É óbvio, que os nossos autarcas - Câmara e sobretudo, Junta de freguesia de Alfena, vão certamente embandeirar em arco, como se isto fosse a taluda que tivesse saído aos alfenenses. Vão por isso, e para que a "fotografia" não saia ensombrada, evitar falar em assuntos desagradáveis, nomeadamente:
UM:
Como é que foi "legalizado" o piso construído ilegalmente.
DOIS:
Quantos alfenenses (em igualdade de circunstâncias) terão sido preferidos na criação de emprego. Aquando do lançamento da obra e para que fosse mais fácil a classificação do empreendimento como Projecto de Interesse Municipal (PIM), essa havia sido uma das garantias avançadas pelo então administrador do grupo - naquela célebre sessão pública no Centro Cultural de Alfena.
TRÊS:
Qual o papel (activo) da Junta de Freguesia, nomeadamente através do GIP e do IEFP, para acompanhar e promover a aplicação do compromisso anterior.
É óbvio, que ainda muita coisa vai ter de ser esclarecida e o âmbito das queixas que já foram apresentadas por Paulo Morais (antigo vice presidente da Câmara do Porto) e pela CDU de Valongo em relação ao enriquecimento ilícito envolvendo a Novimovest e a designada Zona Industrial de Alfena II, vai ter de ser alargado por forma a abranger também o Hospital Privado de Alfena, a Quinta do Bandeirinha (onde iam ser construídas pelo grupo Eusébios as nova Unidade de Saúde e a Sede da Junta, à custa de uma monstruosa burla contra os legítimos proprietários da dita Quinta) bem como a área onde se insere o actual empreendimento da Quinta das Telheiras e onde a Câmara pretende desclassificar mais uma "área de favorecimento" (já prevista na nova Carta REN de Valongo).
Aliás, a Nova Carta REN, tem ela própria, todos os ingredientes - pelo que vamos vendo através da documentação que nos foi remetida pela Comissão Nacional REN, mas sobretudo, por aquela que nos foi escamoteada no referido envio - para se transformar também num caso de polícia e portanto, a merecer aprofundada investigação do Ministério Público.
O ano de 2012, terá pois de ser, em relação a estas questões, o ano de todas as verdades.
Daí que os visados - e obviamente envolvidos nestes processos nebulosos, com destaque para o grupo Trofa Saúde - aquilo que fariam melhor era no próximo dia 9, moderarem o entusiasmo e pouparem nas bandeiras. Além de economizarem nos gastos, evitariam desagradáveis "reformulações" de discursos.