PORTUGAL E OS PASTÉIS DE NATA...
Portugal tem de facto muita sorte! Num momento como este de dolorosa e profunda crise que afecta uma parte significativa dos Países da Europa, ter um ministro como Álvaro Santos Pereira que carregando o pesado fardo da Economia, continua diariamente a puxar pela imaginação para promover a "marca Portugal", é um enorme privilégio!
Enquanto outros colegas menos imaginativos se ficam pelas viagens de vespa para atrair atenções, ele supera-os a todos, melhor, mete-os a todos num bolso, com esta do "cluster" do Pastel de Nata a sair-lhe daquela cachola cheia de imaginação.
Boa, caro Álvaro! "vender" Portugal em caixinhas de meia dúzia - certamente embelezadas com as cores e a esfera armilar do nosso orgulho - é coisa que nem a mim, que me gabo de ter uma imaginação fértil, me ocorreria!
Valor acrescentado, processo de fabrico altamente automatizado - a mão de obra intensiva já deu o que tinha a dar - receita perfeitamente preservada. Isto, apesar dos inúmeros "espiões" que com o pretexto de virem apenas pelo "consumo" dos nossos produtos tradicionais - sol, praia e cozido à portuguesa - diz quem lhes segue de perto os passos, que mesmo quando degustam a morcela, o naco de toucinho ou a penca bem cozida, não tiram o rabo do olho da doce tentação que se destaca entre os seus parceiros na vitrina dos doces.
Aquela coisinha redonda com ar de tigelinha, cremosa e ligeiramente queimada, generosa em calorias e tão injustamente tratada pelos nutricionistas - uns invejosos, quase sempre com figura de "pau de virar tripas" - aquele doce pecado, é obviamente e desde o seu primeiro minuto de voo rumo ao "cu do mundo" onde Afonso Henriques achou por bem que acampássemos, o grande, o principal, quiçá o único motivo da sua viagem.
Bem haja pois caro Álvaro, pelo "ovo de Colombo" com que acaba de nos brindar, uma ideia que só consigo comparar à do Paulo Futre sobre o jogador chinês para o Sporting e que iria dar lugar a hotéis a abarrotar, paletes de voos charter e dinheiro a rodos a inundar os cofres de Alvalade.
Só espero, é que nós portugueses possamos estar à altura da ajuda que acaba de nos prestar - ao contrário do bando de lagartos - acho que bando não se aplica a estes animaizinhos - que preferiram escolher um outro projecto, obviamente perdedor em vez do "cluster" do chinês defendido por Futre.