TALVEZ A IGREJA CATÓLICA AINDA TENHA FUTURO - COM HOMENS DESTES...
D. JANUÁRIO TORGAL FERREIRA: “Tenho vergonha do meu País”
O bispo das Forças Armadas acusa o governo de falta de sensibilidade e de incompetência diante da multidão de pessoas que já foram desapossadas da sua dignidade e do respeito por elas próprias. E diz que não quer ser cúmplice.
Numa entrevista ao jornalista Manuel Vilas Boas, da TSF, o bispo, diz não querer ser cúmplice com “esta multidão de pessoas que já foram desapossadas da sua dignidade, do respeito por elas próprias”, elogia a esquerda e acusa o governo de falta de sensibilidade e de incompetência.
E afirma que hoje em dia, uma pessoa que toca em aspectos sociais é alguém que é de esquerda. “Mas então honra seja feita à esquerda”, afirma, apontando que há muitos comunistas que são mais católicos que muitos católicos”. E questiona: “porque é que só em momentos eleitorais se vai para as feiras? Se vai para os banhos de multidão e se dá beijinhos em gente mais simples?”
Não está ainda tudo perdido, enquanto existirem Homens como D. Januário, Bispo das Forças Armadas, D. Manuel Martins, antigo Bispo de Setúbal e mais uns quantos Homens com H Grande, com voz no seio da Igreja Católica portuguesa.
De facto, a Igreja dos pobres, dos desfavorecidos, dos despojados de quase tudo e agora até da própria dignidade como seres humanos, é a única herdeira dos valores, que nos diz a história, eram defendidos por Cristo.
A Igreja da opulência, da corrupção, do alinhamento com os homens pequenos da pequena política, essa enveredou desde há muito por um comportamento autofágico que a não conseguir reverter, a fará caminhar a passos largos rumo à vala comum da qual a história nada contará daqui a umas quantas dezenas de anos.
Pureza de princípios, voz descomprometida capaz de proferir as verdades mais incómodas, é o único caminho de salvação possível para a nova Igreja de Cristo. Não nos esqueçamos que ele próprio escolheu ser homem entre os mais humildes e viver as suas próprias dificuldades - mas nunca de forma passiva ou subserviente!
Portugal é inegavelmente um País de maioria católica e por isso tem necessidade como do pão para a boca, do contributo desta nova Igreja e que da sua linha sucessória livre de pecado - em termos de princípios - se destaquem muitos Homens como estes, que com a sua legítima e bem-vinda voz influente, sigam o exemplo do Mestre e ajudem a correr com os "vendilhões do templo".