O VERDADEIRO PODER...
No princípio, isto é, logo após a negociação do PEC 1 (e de todos os que se lhe seguiram) e da governação da Troika, os mais ingénuos passaram a acreditar que tudo o que de mau nos caía em cima, era culpa dessa governação externa e os que sabiam que isso não era inteiramente verdade não estavam muito interessados - antes pelo contrário - em desmenti-lo.
Essa visão maléfica da Troika, não sendo inteiramente injusta, também não era totalmente verdadeira e a prova disso - uma entre muitas - está recorte colocado ao lado, retirado do Económico, cuja versão integral pode ser lida AQUI
Os grandes grupos económicos e financeiros, as grandes empresas monopolistas ainda têm nas mãos uma parte substancial da governação e do poder legislativo nacional e vão usá-los da melhor forma que sabem enquanto a governação externa os deixar.
Já sabíamos que era assim e por isso esta notícia da demissão do secretário de Estado da Energia não nos espantou por aí além - sobretudo depois de ter tido a coragem de dizer o óbvio e que um estudo credível e independente confirmou: que andávamos a pagar a factura da energia que consumíamos acrescida das alcavalas e dos roubos transformados em lei que lhe vêem acoplados.
E também sabíamos que os governos são apenas a parte formal e visível do submundo dos negócios e da exploração desenfreada dos grandes grupos.
Aliás, por isso é que quando fazem eleger os políticos graças ao corrupto financiamento dos Partidos, lhes atam os atilhos às parte móveis para os poderem manipular à vontade e lhes garantem ao mesmo tempo, que quando deixarem de ser úteis no palco das marionetas, têm lugar reservado num qualquer conselho de administração, num qualquer gabinete de estudos ou qualquer outro tacho equivalente.