O "REINADO" DE FERNANDO MELO - #9
Nota comum à resenha histórica iniciada em 6 de Março:
Esta série de episódios genericamente intitulados "o reinado de Fernando Melo", são o meu contributo para ajudar Sua Excelência a acelerar a velocidade de processamento dos seus pensamentos (na última reunião de Câmara ele prometeu aos Vereadores da Coragem de Mudar que o convidaram a deixar com dignidade, o cargo que já não gosta de exercer, que "ia pensar no assunto") e baseiam-se numa recolha perfeitamente aleatória feita na Internet, sobre a corrupção e comportamentos conexos em Valongo.
Limitar-me-ei a reproduzir os referidos conteúdos, sem acrescentar - por desnecessários - quaisquer comentários.
REVISITANDO A HISTÓRIA DA CORRUPÇÃO EM VALONGO - "TAKE NINE"
PJ investiga vigilantes ilegais da Câmara de Valongo
Autor : Pedro Sales Dias E-mail : pedro.salesdias@grandeportoonline.pt Data : 18-09-2009 Foto : António Rilo
A Polícia Judiciária está a investigar alguns vigilantes da Câmara de Valongo suspeitos de envolvimento em esquemas de cobranças difíceis a empresários e empreiteiros.
Segundo apurou o GP, a investigação, que começou com um processo na PSP por alegada prática de segurança ilegal, passou para alçada da PJ, uma vez que em causa estão crimes da sua exclusiva competência como tráfico de armas, coacção, segurança ilegal e ofensa à integridade física.
O caso passa formalmente para a PJ uma semana depois de o GP noticiar que 22 vigilantes da Câmara de Valongo faziam segurança ilegal. Não estão credenciados pelo Ministério da Administração Interna.
Trabalham fardados, identificados como vigilantes municipais, sem cartão do MAI e fazem segurança ao presidente, em vários eventos festivos organizados pela autarquia, em edifícios municipais e nas escolas. A actividade ilegal de segurança privada é considerada crime desde Março de 2008 e punida com pena até dois anos de prisão. Dois agentes da equipas da PSP que fiscalizam a actividade de segurança privada foram ontem à Câmara recolher informações. A equipa de vigilantes é chefiada por um antigo pugilista, agora coordenador de segurança da câmara.
Na reunião da edilidade, a situação foi um dos pontos fortes. O presidente Fernando Melo explicou aos vereadores da oposição que um subcomissário da PSP ter-lhe-á assegurado que os vigilantes podem continuar a trabalhar e que a sua situação é legal.
Um parecer jurídico feito a pedido da autarquia dá também conta dessa legalidade. “A câmara pode realmente ter vigilantes. A questão é que eles não cumprem apenas a função de vigilância. Desempenham outras tarefas. Controlar entradas de pessoas em festas ultrapassa as suas competências, assim como usar a força em certas situações”, disse ao GP fonte policial.
A certeza não descansa os funcionários visados. Ao GP, alguns admitiram ter praticado cobranças difíceis. Entre os funcionários reina um clima de receio pelo que poderá acontecer no âmbito da investigação policial. “Dizer que apenas zelamos pelo património municipal é mentira”, disse um dos vigilantes ao GP.
“A câmara não comenta alegadas investigações a funcionários por crimes que terão alegadamente cometido foram das suas funções profissionais”, disse fonte do gabinete de comunicação da autarquia. A equipa funciona por turnos. Faz rondas durante a noite pelo concelho e controlam entradas e saídas nas festas, vigiam jardins, escolas, feiras e parques. “Somos uma verdadeira polícia municipal”, disse outro vigilante.
Nota de rodapé:
A justifiça dos prémios de excelência autárquica que Fernando Melo tanto gosta de referir, também se afere por estes pequenos episódios lastimáveis que a comunicação social não deixa escapar