OS "TALIBANS" DO FUTEBOL
O árbitro Bruno Paixão e a família estavam a ser alvo de ameaças, sendo obrigados a abandonar a residência, escreve hoje o "Diário de Notícias".
Segundo a PSP, era fundamental a família deixar o domicílio, uma vez que as ameaças faziam clara alusão à rotina da filha, colocando em causa a sua segurança.
As ameaças surgem na sequência da divulgação dos dados de 25 árbitros das ligas profissionais de futebol, que deixaram os próprios alarmados, após receberem chamadas anónimas e e-mails. Em causa deverá estar a violação do sistema informático da APAF (Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol).
Tal como o "Expresso" noticiou esta semana os investigadores da Polícia Judiciária (PJ) já pediram "informalmente" ajuda ao FBI neste caso.
Recorde-se que na derrota do Sporting frente ao Gil Vicente, na passada segunda-feira, o árbitro foi fortemente criticado pelo presidente dos 'leões' e pelos adeptos, que de acordo com o jornal, pediram em fóruns os contactos de Bruno Paixão.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/bruno-paixao-sai-de-casa-apos-ameacas=f714351#ixzz1q7jF9ifg
Normalmente não utilizo este espaço nem gasto o meu tempo para falar sobre futebol.
Que me desculpem os adeptos mentalmente saudáveis, que eu acredito que, em maior ou menor número conforme a dimensão dos respectivos clubes, (ainda) existem, tenho para mim que em abstracto, o "fenómeno" futebol é uma doença, um mal silencioso que se vai desenvolvendo e que em muitos casos, atingida a fase terminal, transforma seres aparentemente normais em verdadeiros monstros em autênticas máquinas de destruição maciça.
Mas o que mais me revolta, é que ao contrário das drogas que também o fazem, esta transformação das pessoas noutra coisa que não são, conduzindo-as de forma inexorável ao estado terminal de decadência moral e física que inúmeras vezes constatamos, o futebol é apoiado, recebe dinheiro dos impostos, recebe benesses várias do poder político e consegue ser uma ilha de favorecimentos dentro do Estado de direito - dos vários Estados de direito, que o fenómeno não é apenas português.
O que li AQUI, devia fazer-nos pensar melhor no assunto e colocarmos a nós próprios a questão de saber se não terá chegado o momento de impor às SAD's e aos clubes em geral a Lei que vigora para todos os cidadãos - e da mesma maneira, aos jogadores de futebol os sacrifícios que são exigidos aos outros cidadãos - falo aqui obviamente no caso português.
Permitir que estes "talibans" dos novos tempos se passeiem por aí promovendo a violência e o ódio à custa dos meus impostos, mesmo que me digam que são a excepção dentro de uma regra que é diferente, não me convence. É que são uma excepção demasiado volumosa para passar despercebida e pior do que isso, são uma excepção multicolor e transversal às várias classes, o que a torna ainda mais preocupante.