EM VALONGO OS ROBALOS MARCAM AS HORAS...
Na Câmara de Valongo, ao contrário do que andam para aí alguns a propalar, não existe corrupção, não há favorecimento ilícito de alguns amigos nem desfavorecimento igualmente ilícito de muitos outros menos amigos.
Na área do Urbanismo e ao contrário do que disse Paulo Morais no decurso de um debate promovido pela Direcção da Concelhia do PS de Valongo no passado dia 7 de Janeiro e reproduzido na Voz de Ermesinde AQUI, em Valongo tudo é transparência, todos são iguais à entrada e à saída, embora como é natural(?), uns mais iguais que outros e por isso haja quem diga que as palavras de Paulo Morais - de que reproduzo a seguir apenas uma pequena parte a seguir - encaixam que nem uma luva no que ali se passa:
(...)
"E em terceiro lugar, e talvez o ponto mais sensível desta questão, deverá haver uma reformulação profunda dos departamentos de Urbanismo das autarquias, criar uma maior transparência nos planeamentos urbanos, criar Planos Directores Municipais mais simples, generalizados e livres de burocracia, sendo que neste ponto Paulo Morais não se conteve em classificar os pelouros do Urbanismo da esmagadora maioria das câmaras municipais do país como verdadeiras máfias, departamentos com altos níveis de corrupção, movidos pelas influências. Paulo Morais equiparou mesmo o “negócio” do urbanismo no seio das câmaras ao do tráfico de droga, no sentido em que as margens de lucro de ambos são semelhantes, acrescentando que 90 por cento dos casos de corrupção verificados nas câmaras municipais tem a ver com o urbanismo, com o uso de poderes delegados em prol dos “amigos”, sustentando ainda que o fim da corrupção passa por uma estratégia global que terá de começar a ser executado pelo".
(...)
Más línguas seguramente, porque aqueles técnicos superiores que estão a ser julgados por corrupção passiva (arquitecto Vítor Sá e outro), foram seguramente acusados por alguém de má fé e como disse o Dr. Fernando Horácio numa das últimas reuniões em que esteve presente - ele agora participa em tão poucas... - "o processo está a correr muito bem e tudo indica que sejam absolvidos".
É que pelos vistos, não existe nenhuma lei que proíba um funcionário público de coleccionar relógios. E também não se perceberia que assim não fosse, caso contrário, tudo ficaria bem mais difícil para os investidores que se veriam na contingência de irem de vez em quando ao mercado do peixe comprar caixas de robalos, idênticos aos que Armando Vara recebia receberia de Manuel Godinho.
Por falar em robalos, relógios de ouro e "artigos equiparados" - porque é que tenho a vaga sensação de que isto não vem nada a propósito... - como é que terá ficado aquele caso do piso a mais construído pelo grupo Eusébios no edifício que haveria de ser vendido ao grupo Trofa Saúde"? Não não me enganei na sequência do processo:
Compra do terreno, passagem para o grupo Eusébios a quem foi concedida uma excepção pontual ao PDM, construção do edifício (com o tal piso a mais além do que estava licenciado) e só depois, passagem para o grupo Trofa Saúde que ali instalou o Hospital Privado de Alfena, ainda a funcionar ilegalmente e sem licença para o exercício de actividade.
Há quem diga que o Dr. Fernando Horácio, apesar de ter sido o convidado de honra no acto inaugural, não saberá nada acerca do nebuloso processo e a terem existido robalos, eles viriam ainda vivos dentro das caixas que se terão rompido e abalado em direcção ao Leça.
Se assim foi, temos pena, por duas ordens de razões:
A primeira, pelo desconsolo daqueles a quem se destinavam e a segunda, porque se vinham vivos, não terão resistido por muito tempo nas águas do nosso Leça, agora - dizem por aí alguns - com um intenso sabor a CHRONOPOST.