FERNANDO HORÁCIO - DESAPARECIDO EM COMBATE...
É assim que tem andado Fernando Horácio, o presidente que já não gosta de o ser, de uma Câmara que ajudou a destruir - financeiramente falando, se assim posso dizer.
Também todos já nos apercebemos de que a falta que ele faz para compor o ramalhete da "comissão liquidatária" que se reúne semanalmente para decidir coisa nenhuma - digna de relevo pelo menos - é idêntica à falta que faz uma viola num enterro.
Por isso, até é desejável que continue a não gostar de ser presidente a privilegiar-nos com a sua agradável ausência: pelo menos não corro o risco de que me arremesse de repente com uma nova acusação que lhe ocorra no momento, quem sabe, "de lhe ter chamado bebedor compulsivo de água do Luso na reunião anterior". Essa sim, seria uma ofensa digna de ser levada ao Ministério Público e até tremo só de pensar que possa vir a acontecer!
Só que depois de eu ter descoberto que ele me lê os pensamentos, já não caio noutra: a partir da acusação que me fez na reunião de 1 de Março - de lhe ter chamado vigarista na reunião anterior - passo o tempo a pensar no almoço que a minha cara metade me terá preparado quando chegar a casa no final da reunião. É uma forma de enganar a mente libertando-a de maus pensamentos que possam ser adivinhados pelo senhor doutor, que pelos vistos tem o dom da adivinhação criativa.
Este estado de abstracção em relação aos trabalhos da "comissão liquidatária" só tem um inconveniente: provoca-me uma salivação excessiva e um desagradável roncar na zona abdominal que me obriga a tossicar esporadicamente para disfarçar.
Mas por outro lado - não que eu tenha grande coisa a ver com isso e mesmo que tivesse ninguém mo diria - não se dará o caso de sua excelência andar a tratar daquela ideia peregrina da junção de freguesias do nosso Concelho, que lhe ocorreu soltar na entrevista concedida ao JN?
Ou pensando melhor, talvez a preparar um regresso ao passado que já tivemos:
("O concelho foi criado em 1836, por desmembramento do concelho da Maia e após ter sido transferida a Câmara Municipal, que estava em Alfena naquela que é hoje a zona antiga da cidade de Alfena. Localidade muito importante para os Romanos,que aqui estabeleceram minas de extracção de ouro. Aqui chegaram muitos escravos trabalhadores,que depois de libertos se misturaram ao povo local. Vallis Longus chamava-se esta zona. Hoje constitui o parque natural de Valongo - http://pt.wikipedia.org/wiki/Valongo).
Sempre seria uma forma habilidosa de enterrar em terras da Maia a astronómica divida que "amealhou" ao longo dos seus mandatos sucessivos, tendo em conta que no Concelho vizinho, os terrenos têm uma consistência menos xistosa, logo mais fáceis de escavar para abrir um buraco suficientemente grande capaz de esconder o regabofe.
Claro que com isso ganharia ao mesmo tempo a gratidão do amigo Relvas, ultimamente tão desamparado no seio do governo na sua "patriótica" causa de aniquilar freguesias, para poupar migalhas, mantendo intocáveis os verdadeiros comedores de Orçamentos: as Câmaras, o poder central, as Fundações, os Institutos Públicos, as Agências mais diversas e teria além do mais, a vantagem da distinção que sempre é concedida aos pioneiros:
Erguer-lhe-iam talvez uma estátua ao lado da de Gonçalo Mendes da Maia, por ser o primeiro a iniciar a agregação de dois Municípios...