VALONGO (TAMBÉM) É VULNERÁVEL À CORRUPÇÃO!
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'E Valongo Senhor, porque lhe dais tanta dor?'
Aqui nesta terra de que tanto gostamos, há tantos casos pendentes, tanta investigação que não teve consequências, outra ainda à espera de as ter, mas como já quase nos habituamos a considerar 'normal', quem tem escritórios de advogados privativos, mesmo quando circula a pé em dia de chuva miudinha, mesmo assim, consegue alcançar a proeza de passar por entre os pingos da mesma sem se molhar.
Cidadãos iguais tratados de forma desigual, decisões dos tribunais que não são executadas e passam anos na gaveta de quem decide ou pelo menos de quem instrui os processos de decisão, sem um único acto, simplesmente 'à espera' que chegue a desculpa - este é apenas um exemplo e situa-se em Alfena - de que tendo embora o Tribunal dado razão ao reclamante anos atrás e tenha mandado executar a demolição de uma construção industrial ilegal, 'agora talvez não se justifique, porque à luz do novo PDM a construção já será legalizável' - (João Paulo Baltazar dixit...).
Por isso a gaveta (e o processo) se mantiveram hermeticamente fechados e sem sinal de vida este tempo todo!
(Mas já agora, PDM para quando?).
Em Valongo, há dirigentes arguidos, ou com processos disciplinares pendentes, mas que se mantêm nos respectivos cargos, executando actos relevantes para a vida dos cidadãos, como se nada de especialmente relevante os limitasse na sua capacidade de decisão e na forma como a mesma passa a ser escrutinada por aqueles relativamente a quem se aplicarão as decisões por eles tomadas.
Valongo tem um Presidente de Câmara que embora não presidindo de facto durante a maior parte do tempo em que deveria estar disponível, que é acusado pela oposição e por muitos cidadãos individuais, de praticar uma gestão danosa da coisa pública, se mantém apesar de tudo isso, no lugar e a usufruir de todas as mordomias inerentes ao cargo e mais algumas - excepto nas competências delegadas que essas, lhe foram retiradas pela Câmara há alguns meses atrás.
Mas em Valongo, este Presidente que 'já não gosta de o ser' e até já o declarou numa entrevista ao JN, continua apesar disso e tal como seria de supor, a gostar do que a função de que deixou de gostar lhe proporciona!
Até quando vão ter os valonguenses de conviver com este estado de completa degradação da vida pública na nossa autarquia? Os investimentos pararam, as dividas congelaram o Orçamento não existe, e até a modesta mas relevante actividade das Instituições de utilidade pública, das Associações, das Juntas de Freguesia, de pequenas empresas do Concelho, que têm visto os seus créditos igualmente congelados desde há longos meses, se encontra ameaçada de paralizar, sendo que no caso de muitas delas, se coloca mesmo em causa a sua continuidade futura.
Portugal (Valongo incluído) é vulnerável à corrupção?
Não nos dando nenhuma novidade - já o sabíamos - mas mesmo assim agradecemos, por ajudarem a dar mais visibilidade ao fenómeno.