E O VENCEDOR É... O POVO DE VALONGO!
Vencido pelo cansaço de não fazer nada, ou pior, de fazer tudo errado, ameaçado pela oposição com processos por gestão danosa, detentor de um palmarés invejável de gafes e situações embaraçosas para os valonguenses, mas (ainda) com um ego do tamanho do mundo, foi difícil convencê-lo a partir para o remanso do lar. Valongo ficará seguramente a ganhar com a sua partida, mas mais importante que isso é saber se ganhará com quem lhe sucede.
Inegavelmente mais assertivo, tem no entanto deixado transparecer episodicamente algum pendor para um autoritarismo de tipo idêntico ao do 'futuro antecessor': é dele uma frase que cito de memória a propósito das intervenções do público - na circunstância visava-me a mim próprio:
"Se gosta tanto de falar, de intervir em todas as reuniões, tem um bom remédio: candidate-se, ganhe eleições e depois já pode falar à vontade"...
Uma boa(?) definição para um certo entendimento sobre o conceito de 'democracia representativa' que tem medrado a olhos vistos naqueles corredores, mas que esperemos não venha a fazer escola para bem de Valongo!
Preocupante a dita frase? eu também acho, mas é hábito nestas circunstâncias, concedermos sempre o benefício da dúvida a quem chega de novo e ainda por cima numa altura difícil e julgo que neste caso não deve haver excepção...