O BOMBO DA FESTA...
Sócrates disse em Bruxelas que o Executivo "falou pela boca de quem devia", designadamente o ministro da Administração Interna, Rui Pereira...
Ora bem... Eu desta vez até acho que o nosso Primeiro agiu de forma acertada ao impôr contenção verbal aos seus subordinados - sim porque ninguém duvide de que foi isso que ele fez: pôr ordem no rebanho!
É que os ministros, salvaguardando as devidas diferenças a nível do estatuto social, são um pouco como os nossos últimos atletas Olímpicos: quando abriam a boca, ou entrava mosca ou saía asneira! E se os atletas ainda são capazes de a seguir nos compensarem com trabalho e resultados positivos fazendo-nos esquecer a incómoda incontinência, os ministros nem isso conseguem...
Além do mais, Sócrates não fez nada de diferente daquilo que fazem todos os Primeiros por essa Europa fora (e não só): Têm sempre de reserva o chamado bombo da festa para oferecer à populaça e onde ela possa descarregar à vontade a sua irritação - os romanos recorriam aos cristãos e aos leões e a ditadura (não a actual, mas aquela que durou 40 anos...) recorreu ao estratagema dos "três f"- Fátima Fados e Futebol para obterem resultados idênticos...
E não é que até eu me deixei cair no engodo? É que tenho andado a desancar o ministro Rui Pereira em relação ao aumento da criminalidade e à sua inaptidão para encontrar as respostas adequadas e quase me ia esquecendo que o primeiro - o único - responsável por todas as asneiras é o primeiro ministro?!
Aqui fica para que conste, o meu mea culpa em relação a vossência senhor ministro das polícias (vénia) pela injustiça cometida
Ah! E aposto com quem quiser que se a pele do bombo se romper de tanto lhe baterem, o chefe da orquestra já tem outro de reserva!